20.5.13

Trilhos pedestres , turismo e touradas



TRILHOS PEDESTRES, TURISMO E TOURADAS

A 27 de Agosto de 2003, o Secretário Regional da Economia, Duarte Ponte, para justificar o facto dos seis trilhos pedestres da ilha Terceira estarem fechados, disse “os trilhos nem sempre são terrenos exclusivamente da região, muitos são privados ou locais que têm acesso ao gado bravo, que pode constituir uma ameaça à integridade física dos turistas” (Diário Insular, 27 de Agosto de 2003).

A 28 de Agosto de 2003, o Público trazia uma reportagem sobre as ilhas Terceira, Faial e Pico onde a dado passo se podia ler: “só a mania dos touros e das touradas, que aqui resiste em forma de “corrida à corda” pode causar repulsa aos defensores dos direitos dos animais” (DI, 30 Agosto de 2003).

A Comissão de Acompanhamento dos Percursos Pedestres da Região Autónoma dos Açores reuniu pela primeira vez a 26 de Julho de 2004, tendo o Eng. Paulo Barcelos, da associação Os Montanheiros, denunciado a apropriação ilícita, por particulares, de terrenos públicos da Secretaria Regional do Ambiente para “criação de touros, o que representa um sério risco para a vida ou integridade física dos utentes de dois trilhos que passam pelo Algar do Carvão”.

Nesta primeira reunião, o percurso Pico da Bagacina - Rocha do Chambre – Algar do Carvão, na Terceira, foi aceite, mas suspenso “até que termine a presente situação de invasão do trilho por gado bravo, à solta, com risco assinalável para a vida ou integridade física dos utentes”. Por seu lado, o percurso Alagadiços – Terra Brava – Algar do Carvão também foi aceite, “na condição de serem afixados avisos de perigo, devido a gado bravo nas imediações do percurso”.

A 7 de Dezembro de 2004, em reunião da Comissão de Acompanhamento dos Percursos Pedestres da Região Autónoma dos Açores deliberou “manter a suspensão dos trilhos PR1 TER [Pico da Bagacina - Rocha do Chambre – Algar do Carvão] e PR2 TER [Alagadiços – Terra Brava – Algar do Carvão] até se encontrar resolvida a situação que envolve gado bravo à solta em terrenos públicos. Paulo Barcelos informou que os procedimentos para a retirada dos animais já foram iniciados, com a colocação de editais, mas que na prática tudo se mantém. A Diretora Regional do Turismo comunicou que vai insistir junto da Secretaria Regional do Ambiente, para que seja dado seguimento à ação de desocupação das áreas em questão, de forma a poderem ser reabertos os referidos percursos.

Hoje, como é reconhecido por alguns serviços oficiais, a situação mantém-se de tal modo que considero não aconselhada a prática do pedestrianismo em alguns locais da ilha Terceira.

Em jeito de conclusão, e face ao exposto acima, facilmente se conclui que a tauromaquia contribui negativamente para o desenvolvimento do turismo de natureza que se tenta implementar nos Açores.

JS

11.5.13

Apelo ao papa




Assine o apelo ao papa aqui:

http://www.avaaz.org/es/petition/Que_se_ponga_fin_al_vinculo_existente_entre_la_Iglesia_Catolica_y_las_corridas_de_toros/?kVVRGab

Por qué es importante

En todo el mundo se celebra durante la primera semana de octubre la semana en honor a San Francisco de Asis, durante esta semana se realiza la bendición a los animales, a quienes Francisco llamaba Hermanos Menores, ya que todos somos hijos del mismo Padre Creador; en el Perú, en menos de 30 días la Iglesia Católica da un inexplicable giro de 180º y termina dando la bendición a quienes torturarán hasta la muerte a un grupo de toros durante la feria taurina, en "homenaje" al Señor de los Milagros.
Otro hecho insólito es que se premie al mejor matador con el Escapulario de Oro del Señor de los Milagros.
Esta petición la hacemos para terminar con esta penosa y profunda contradicción, ya que las enseñanzas en el Catesismo de la Iglesia Católica en el numeral 2418 nos indica que el maltrato a los animales es contrario a la dignidad humana.
Además en el compendio del Catesismo podemos leer que el trato correcto a los animales es de benevolencia.
Reflexionemos en lo siguiente: cómo es posible que alguien en su sano juicio se le ocurra que a Dios, a nuestra madre, La Virgen María o a los Santos les agraden estos homenajes sangrientos en donde un hombre, mujer o niño torero arriesgue su vida torturando hasta la muerte a un animal para el disfrute de un grupo de personas insensibles y que la Iglesia lo avale dándole la bendición.
Súmate a esta petición, alejemos a la Iglesia Católica de las corridas de toros, defendamos la dignidad del hombre y la benevolencia hacia los animales.

6.5.13

Touradas



Desde a pré-história até aos dias de hoje, homem e touro partilham um espaço onde deveriam coabitar de uma forma saudável e respeitosa. O touro foi símbolo mitológico na Grécia antiga, e actor principal, em espectáculos repletos de tortura e sofrimento, os quais perduram ainda nos dias de hoje nuns quantos países do mundo, onde a dita evolução social e mental mais parece pertencer aqueles tempos retrógrados.

A Península Ibérica durante a idade média, foi palco de batalhas que careciam de milhares de homens. Exigia-se portanto, treino intensivo a homens e cavalos, cujas funções careciam de destreza, técnica e coragem. Essa filosofia foi aproveitada naquela época pelos toureiros, baseando-se na luta entre o homem e o touro, e sempre com o objectivo principal, o de matar o touro sem que o toureiro ficasse ferido nessa cruel lide. O touro encarnava na perfeição um suposto inimigo, que de forma enérgica e espontânea, dava luta a toureiros e peões que auxiliavam a lide do cavaleiro. Entretanto, o que começou como um mero exercício defensivo e preparativo para batalhas corpo a corpo, foi-se encarnando no que se entende por "sortes" (cada um dos actos que o toureiro executa na lide de um touro com o intuito de o matar). Imposta esta arte de matar na ordem, cada uma das sortes foi transformada, de simples e rudimentar até à progressiva perfeição das formas com que esta crueldade era levada a cabo. A lide deixou de se basear na preparação do touro para a morte e foi dando passos para que a crueldade fosse feita com outra classe, á medida que se ia aplicando mais estética em cada um dos seus actos, até convertê-los em criações pré-concebidas, sem nunca renunciar á sua mais primitiva e última razão: o domínio e a morte do touro a pé ou a cavalo.

Defender as touradas como tradição cultural e matar um animal aos poucos como prova de valentia ou diversão requer uma boa dose de cinismo. No entanto, acreditar que a sociedade actual precisa desse tipo de entretenimento é sinal de atraso, digno de quem ainda vive na idade média.

por Cândido Coelho

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