16.9.15

Apontamentos para a história da Sociedade Micaelense Protetora dos Animais (4)



Apontamentos para a história da Sociedade Micaelense Protetora dos Animais (4)

Em janeiro de 1934, realizou-se uma Assembleia Geral da SMPA- Sociedade Micaelense Protetora dos Animais onde foram eleitos os corpos sociais, tendo a sua composição sido a seguinte:
Direção- Presidente, D. Alice Moderno; tesoureiro, João Leocádio Oliveira; secretário, Gil Afonso de Andrade Botelho; vogais, Amâncio Joaquim da Rocha, Dr. Aires S. d’Albergaria Tavares Silva, Cícero de Medeiros, Dr. José Jacinto Pereira da Câmara, José Rebelo Bettencourt e Dr. Manuel da Silva Carreiro.
Direção (substitutos) – Presidente, D. Maria Evelina de Sousa; tesoureiro, Dr. Victor Machado Faria e Maia, secretário, Dr. Alberto Paula de Oliveira; vogais, Francisco Carlos da Silveira Martins, João Bento S. Silva, José da Câmara Velho Melo Cabral, Manuel Ferreira de Almeida, Dra. D. Maria Macedo e D. Olga Amélia Lima.
Assembleia Geral – Presidente, Aires Jácome Correia; vice-presidente, Ruy Tavares do Canto; 1º secretário, Horácio Teves; 2º secretário, Luís Quintino Berquó de Aguiar; 1º vice-secretário, José Joaquim do Couto Santiago; 2º vice-secretário, Francisco de Araújo.
Conselho Fiscal- Presidente, Urbano Carreiro; secretário, José da Silva Alves; vogais, Artur Frederico Silva, Dinis José da Silva e João da Costa Benevides.
Júri- Presidente, Eduardo Soares de Albergaria; Secretário, João Cândido Borges; Relatores, Alfredo da Câmara, Eugénio Botelho da Câmara, Dr. Fernando Marques Moreira, José Peres Maldonado Jr., João Maria Sequeira e Manuel Joaquim de Matos.
Na mesma reunião foram aprovados votos de louvor a Alice Moderno, a Gil Afonso Botelho e ao Marquês de Jácome Correia.
A 25 de agosto de 1934, o Correio dos Açores regista “a justíssima homenagem prestada à sra. D. Alice Moderno” por parte da Direção da Sociedade Protetora dos Animais, de Lisboa, ao conferir-lhe a medalha de prata daquela instituição. Tal facto deveu-se “não só à sua exemplaríssima dedicação pelos animais, mas também pela propaganda jornalística” a favor da causa zoófila.
No dia 22 de outubro de 1934, faleceu João Cândido Borges, agricultor e “negociante honesto e perfeito homem de bem”. Segundo Alice Moderno foi “sócio fundador da Sociedade Micaelense Protetora dos Animais, a cujas sessões ordinariamente assistia”.
No final de 1934, o senhor Agostinho Machado Bicudo Correia legou à SMPA 758$02 que foram depositados na Caixa de Crédito Micaelense. Com aquele legado o saldo da associação passou a ser de 2458$02, destinando-se à manutenção de um posto veterinário “quando o permitirem os respetivos juros”.
Em 31 de dezembro de 1934, de acordo com Alice Moderno, as contas da SMPA apresentavam um saldo positivo de 3055$79. Num texto publicado no Correio dos Açores de 15 de Maio de 1935, Alice Moderno explica que os principais contribuintes naquele ano foram “a menina D. Margarida da Cunha Álvares Cabral e o sr. Dr. Guilherme Poças Falcão que entregaram 100$00 cada um, a primeira para o fundo da Sociedade e o segundo como quota anual”.
Em 1935, a SMPA tinha 43 sócios contribuintes, variando o valor das quotas entre os 5$00 e os 200$. No ano mencionado, foram os seguintes os sócios que contribuíram com quotas superiores ou iguais a 50$00: Alice Moderno, Guilherme Berquó Poças Falcão, Marquês de Jácome Correia, Engº. E. Smith e Maria Luísa Leite de Ataíde.
A 5 de maio de 1935 reuniu a Assembleia Geral da SMPA sob a presidência do Marquês de Jácome Correia, sendo secretários Gil Afonso Botelho e Breno Dias de Vasconcelos.
Na reunião referida foi debatida a necessidade da implementação de uma “larga” campanha, na imprensa, em defesa dos animais, bem como aventada a necessidade da angariação de fundos com vista à criação de um posto de socorros.
(Continua)
Teófilo Braga
(Correio dos Açores, 30733, 16 de setembro de 2015, p12)

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