23.3.16
CONTRA ESCOLA QUE DESEDUCA
Solicita-se a colaboração de tod@s para o ENVIO e PARTILHA do seguinte texto para:
ebi.angraheroismo@azores.gov.pt, dre.info@azores.gov.pt, srec.gabinete@azores.gov.pt, diredacao@diarioinsular.com, acores@lusa.pt
Exma. Senhora Presidente do Conselho Executivo da EBI de Angra do Heroísmo
Exmo. Senhor Secretário Regional da Educação e Cultura
Foi com indiganção e surpresa que tomamos conhecimento, através do programa da XIV Semana da Ciência, promovida pelo Departamento de Ciências da EBI de Angra do Heroísmo, da conferência “A importância da festa Brava na ilha Terceira” integrar o elenco das temáticas.
Não é compreensível que na promoção da ciência - uma área que leva à importância de questionar, de comprovar, da experenciação, da reflexão - tenha sido subtilmente aproveitada para incutir a prática da tauromaquia, em crianças, pré adolescentes e adolescentes.
É pública, no vídeo registado no momento da conferência, a forma como o tema é abordado, incutindo aquela como uma verdade inquestionável, por parte da Dra. Fátima Ferreira, docente do 1º ciclo e ganadera.
Como tal, ressalva-se a indignação pelo lugar e o momento escolhidos para esta acção que, vinda de uma docente, proprietária de uma ganaderia, parece legítimo considerar eivada de intuitos comerciais - a saber uma Escola Pública, onde terá sido forçosamente autorizada pelos respectivos órgãos de gestão, e no âmbito de uma Semana da Ciência, no qual não se compreende a pertinência deste tema integrar um programa no qual o objectivo é despertar e sensibilizar para a ciência.
Desta forma, e tendo em conta toda a contestação aos niveis regional, nacional e internacional de que tem sido alvo a prática da tauromaquia por questões de natureza ética; face aos estudos cientificos que comprovam a senciencia animal; face às recomendações feitas a Portugal pela ONU, através do seu Comité dos Direitos da Criança, no sentido de tomar medidas para proteger os jovens portugueses da violência ligada à actividade tauromáquica, violência da qual não está isenta a tourada à corda; considera-se que o tema supra referido é despropositado, desquenquadrado, abusivo, deseducativo e consequentemente, em todos os sentidos, anti pedagógico.
Vimos pois pedir a Vª Exas, perante o exposto, que sejam tomadas medidas para que esta situação não se repita em nenhuma instituição de ensino, na região.
Com os melhores cumprimentos,
FONTE da IMAGEM: https://www.youtube.com/watch?v=ZsEf2I7WlC4&feature=em-uploademail
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