Sorte de Varas
José Manuel Bolieiro
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O touro é elemento destacado na heráldica da Região Autónoma dos Açores, designadamente no Brasão. Faz parte da nossa história e cultura. É parte da nossa idiossincrasia. Em várias das suas manifestações, a cultura taurina tem, nos Açores, a sua expressão máxima na ilha Terceira. A festa brava é vivida com paixão e conhecimento.Não sou um aficionado e sou Micaelense. Sinto, por isso, alguma independência na afirmação da convicção que aqui declaro.A sorte de varas ou a reintrodução das corridas picadas na festa taurina terceirense justifica-se e tem enquadramento civilizacional, cultural, político e jurídico.Afinal, a terceira revisão do Estatuto Político-Administrativo tem importância e dirá muito às pessoas, aos seus interesses de cidadania em geral, e em coisas concretas de ordem recreativo-cultural.Não me convencem os que pautam as suas posições por fundamentalismo, e, nesta situação, por acusações de barbárie no trato do touro. Não é este o caso e não podem proceder argumentos contra as corridas picadas por impróprias razões de ordem civilizacional e de defesa dos direitos dos animais. A qualidade do toureio que a sorte de varas expõe assegura, de facto, o respeito pela bravura do animal e pela sua dignidade, sem barbárie. É certo que não se acaricia o animal, mas há razoabilidade no sofrimento que se impõe ao animal. O toureio a pé é de grande qualidade e a reintrodução cultural da sorte de varas pode colocar a ilha Terceira, e com ela os Açores, num centro de excelência de uma específica manifestação tauromáquica.Venha o projecto legislativo e por iniciativa cívica e sem cores partidárias.
Fonte do texto: Página Web do PSD-Açores
Imagem extraída do Blog Mercearia César
Comentário-Leiam os argumentos do deputado do PSD-Açores e em próximas eleições votem noutro para nosso "representante".
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