29.4.16

Liga Portuguesa Contra o Cancro promove tourada


No dia 29 de Maio terá lugar na Ilha Terceira, Açores um espectáculo tauromáquico de beneficência organizado pelo Núcleo Regional da Liga Portuguesa Contra o Cancro em parceria com a Tertúlia Tauromáquica Terceirense e os forcados da TTT.

A receita deste bárbaro espectáculo que foi apresentado na sede do Núcleo Regional da LPCC reverte para a criação de uma bolsa de investigação em oncologia.

Tenham vergonha meus senhores se necessitam de dinheiro para investigação existem muitas formas de o angariar sem recorrer à tortura de seres sencientes ou será que o sofrimento dos animais humanos que padecem desta terrível doença não vos basta?

A vossa falta de sensibilidade é repugnante portanto, não se admirem, que de ora em diante, muita gente se recuse a dar donativos a uma instituição que não tem qualquer escrúpulo em aceitar dinheiro manchado de sangue.

Prótouro
Pelos touros em liberdade

Fonte: https://protouro.wordpress.com/2016/04/29/liga-portuguesa-contra-o-cancro-organiza-tourada/

27.4.16

Gonçalves Correia


O sonho de Gonçalves Correia

O escritor Raul Brandão, muito conhecido entre nós pelo seu livro “As ilhas desconhecidas”, quando morreu, em 1930, deixou uma obra incompleta “Os operários” que, embora anunciada durante a sua vida, só foi publicada, em 1984, pela Biblioteca Nacional, com fixação do texto, notas, prefácio e introdução da responsabilidade de Túlio Ramires Ferro.

Para a sua obra Raul Brandão entrevistou o caixeiro viajante António Gonçalves Correia, que, em 1910, passou pela ilha de São Miguel e que segundo ele era “um revolucionário que quer levar a humanidade a uma vida mais perfeita e mais bela pela bondade”.

Gonçalves Correia foi um homem coerente com os seus ideais tolstoianos, tendo estendido o amor e a compaixão a todos os seres vivos, de tal maneira que na Comuna da Luz, que fundou, suprimiu da alimentação o consumo de animais e defendeu como primeiro passo o vegetarianismo para atingir a meta que era o crudivorismo.

Ainda em relação aos animais, um autor anónimo que escrevia para um jornal anarquista resolveu surpreender Gonçalves Correia em casa e ficou atónito ao “encontrá-lo com um jarro de água na mão, aguardando que algumas formigas saíssem do lavatório onde se queria lavar.

Outro episódio contado no mesmo jornal está relacionado com o facto de, perante a crise de trabalho, alguns trabalhadores rurais irem apanhar pássaros para depois os vender no mercado. Para que os animais não sofressem “Gonçalves Correia, quando se encontrava em Beja, ia ao mercado e, no centro da cidade, às portas de Mértola, comprava a passarada e, abrindo as gaiolas, punha os pássaros a voar em liberdade. Este ato era para ele uma grande alegria, ver os passaritos sair do cativeiro. Cofiando a barba, ria; ria até sair o último prisioneiro”.

Na Comuna da Luz, as crianças, também, eram ensinadas a “respeitar a vida dos animais e não os fazer sofrer”.

Para Gonçalves Correia o objetivo dos seus projetos, Comuna da Luz e Comuna Clarão era tolstoiano. O que pretendia era salvar as crianças das ruas e fazer delas pessoas honradas.

Sobre Gonçalves Correia, escreveu Raúl Brandão: “De maneira que Gonçalves Correia dá-me vontade de rir pela sua ingenuidade, pelo seu tolstoianismo – mas acaba por se me impor. Este homem, que pretende realizar um sonho, dá a esse sonho tudo o que ganha, e, apesar da guedelha, das considerações ingénuas, faz-me pensar”.

Teófilo Braga
(Correio dos Açores, 30920, 27 de abril de 2016, p 15)
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi76-Ga8Uma2WyVj8vH8OsGCyGeICzjqWeBkEUw7GuTYcgRhn68ZDl_QwDPjT_j3PCDkkBwsSF9BJrnhTRP0XpjtKPL9EupazXyRy9h43xbz8nIawICbocX941NeRCEiFjyGIAp2Je7XGg/s1600/retrato_goncalves_correia.jpg

19.4.16

Uma ministra amiga dos animais


Uma ministra amiga dos animais

Numa conferência realizada recentemente, em Lisboa, na Assembleia da República, por iniciativa do PAN – Pessoas, Animais, Natureza, a Ministra da Justiça, Francisca Van Dunem, defendeu que devia haver uma mudança no Código Civil de modo a que os animais deixassem de ser uma coisa e passassem a ser classificados como algo “entre uma coisa e um ser humano”.

Esta posição da ministra foi muito bem acolhida quer pelo partido promotor da iniciativa, quer pela esmagadora maioria das associações de proteção dos animais a nível nacional, desconhecendo-se qualquer reação por parte das organizações afins a nível regional.

Se se vier a concretizar a alteração referida, Portugal seguirá as pisadas de outros países europeus, como a Suíça, a Alemanha, a Áustria ou a França.

No caso da Áustria, de acordo com o advogado brasileiro Roberto Macedo, o Código Civil “dispõe expressamente que os animais não são objetos, são protegidos por leis especiais e as leis que dispuserem sobre objetos não se aplicam aos animais exceto se houver disposição em contrário”.

No caso da França, o Código Civil, alterado em Janeiro de 2015, segundo a mesma fonte afirma “que os animais são seres vivos dotados de sensibilidade”.

A posição da ministra portuguesa será similar ao que consta no Código Civil francês pois, segundo o Diário de Notícias, ela terá afirmado o seguinte: "É comum reconhecermos que muitos animais são dotados de uma vida mental consciente. Sentem prazer e sentem dor. Têm diversos tipos de experiências sensoriais, são capazes de sentir medo, ter fúria ou alegria, agem segundo memória, desejos e intenções".

Na mesma conferência a ministra reafirmou a sua posição favorável a uma maior proteção aos animais, citando o filósofo e jurista inglês Jeremy Bentham que em relação àqueles dizia que não importava se pensavam ou não, o que importava é que sofriam.

Esperemos que os promotores da iniciativa de alterar o Código Civil tenham sucesso e que mais membros do governo pensem como a ministra que, diga-se em abono da verdade, não está muito bem acompanhada.


Teófilo Braga
(Correio dos Açores, 30914, 19 de abril de 2016, p.15)

12.4.16

José Fontana da Silveira e os gatos


José Fontana da Silveira e os gatos

José Fontana da Silveira (1891-1974) foi um jornalista e escritor que, para além de ser autor de muitas obras de caráter literário, colaborou com diversos jornais, entre os quais os micaelenses “A Folha”, de Alice Moderno, e o Proletário, órgão da Federação Operária e do Operariado em geral, cujo primeiro número foi publicado no dia 1 de maio de 1913, sob a direção de Luís Jacinto de Teves.

José Fontana da Silveira foi, de acordo com informações que recolhemos na página do projeto MOSCA, membro do Grupo “Jovens Libertários” e mais tarde “cerca de 1914 pareceu estar próximo dos Socialistas, mas nunca entrou no PSP (Partido Socialista Português) ”.

Fontana da Silveira foi um grande defensor dos animais, tendo colaborado na revista “O Vegetariano” com textos onde associa a proteção aos animais e o vegetarianismo.

Na revista “O Vegetariano” publicada em julho de 1914, Fontana da Silveira escreve um texto intitulado “Os gatos”, onde começa por denunciar a perseguição de que são vítimas aqueles animais sem razão para tal, “a não ser a falta de critério de certos homens”.

Sobre os gatos, a dado passo do artigo pode ler-se o seguinte:

“Esses animais, como tantos outros, prestam-nos mil serviços, como a devastação dos ratos, e, sobretudo, são uns grandes amigos do lar doméstico que amam, conhecem e respeitam. Sentem prazer em estar na casa de família, e é raro quebrarem qualquer objeto ou danificar seja o que for, pois têm nisso muito cuidado”.

O texto termina com uma citação do Dr. Alberto Bramão que escreveu o seguinte:
“De resto ele foi o amigo íntimo de Baudelaire, o grande poeta e essa amizade é título mais que suficiente para impor ao respeito e admiração de nós todos. Homem que passas, ali tens um gato: tira o chapéu e segue o teu caminho!”

Infelizmente passados mais de cem anos, os gatos continuam a ser maltratados e são abandonados um pouco por todo o lado, como por exemplo em alguns miradouros da ilha de São Miguel.

O abandono de gatos, para além de ser uma crueldade, pode constituir uma ameaça à fauna selvagem pois aqueles são exímios caçadores.

Teófilo Braga
(Correio dos Açores, 30908, 12 de abril de 2016, p.18)

7.4.16

Dinheiros públicos usados na construção da Praça de Touros de Angra do Heroísmo


Dinheiros públicos usados na construção da Praça de Touros de Angra do Heroísmo

Em 1983, começou a construção da atual praça de touros da ilha Terceira, cujo projeto foi da autoria do Eng.º Fernando Ávila e a primeira fase foi adjudicada por 25 mil contos à firma Matos & Santos.

No ano seguinte, em 1984, o centro de tortura de Angra do Heroísmo, foi inaugurado no dia 21 de junho, tendo assistido à cerimónia pessoas sem coração, como o ministro da República, general Conceição e Silva; o presidente do Governo Regional dos Açores, Dr. Mota Amaral e Manuel de Sousa Mancebo, o maior acionista da Praça, emigrante nos Estados Unidos.

Com a “mania” das grandezas, os promotores fizeram uma praça maior do que a do Campo Pequeno, mais dois metros de diâmetro, com 28 camarotes e com uma lotação de 5.028 lugares, destes 4720 destinam-se a venda e 308 destinados às autoridades. Mas a cereja no topo do bolo ou o cúmulo da hipocrisia está na presença de uma capela que tinha como orago Nossa Senhora do Pilar.

A praça da tortura era (é) pertença da Sociedade Tauromáquica Progresso Angrense- promotora de espetáculos taurinos, SARL, sendo a Tertúlia Tauromáquica Terceirense um dos sócios fundadores.

De acordo com o historiador Pedro de Merelim, “o redondel custou 50 milhões de escudos. O Executivo Regional comparticipou com 17.500 contos e o industrial Manuel de Sousa Mancebo, radicado em Tulare desde 1922, comprou ações no valor de 16.500.000$” e como se não bastasse o dinheiro de todos nós dado pelo governo “a Camara Municipal, por si, cedeu o terreno necessário a construção”.

De acordo com a ata nº 5/2015, da Reunião da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo, realizada no dia 6 de março de 2015, ficou decidido, por unanimidade, “Doar à Sociedade Progresso Tauromáquica Terceirense, com o NIPC 512009481 e sede na Avenida Jácome de Bruges, o direito de propriedade plena relativamente ao prédio onde se encontra edificada a Praça de Toiros da Ilha Terceira, correspondente ao lote n.º 1, inscrito na matriz sob o artigo 1381 provisório, sito na Avenida Jácome de Bruges, referente ao loteamento titulado pela Certidão emitida pelos serviços municipais, no dia 1 de outubro de 2014, atribuindo para efeitos do mesmo contrato o valor de € 200.000,00 (duzentos mil euros).

Para além da deliberação anterior a Câmara “exige” que o fim principal seja a tortura de animais, como se poderá ver pelo ponto dois da referida deliberação: “ Incluir no contrato de doação uma cláusula que limite o fim de utilização do mesmo lote à manutenção e funcionamento em pleno da Praça de Toiros da Ilha Terceira para o exercício de atividades taurinas, sem prejuízo de outras atividades que visem a respetiva sustentabilidade económico financeira, sob pena da respetiva resolução caso se verifique o incumprimento desta obrigação, tendo por consequência a reversão do prédio objeto de doação para a esfera jurídica do Município, nos termos do artigo 960.º do Código Civil”.

5 de abril de 2016

José Ormonde

4.4.16

Luís Leitão



Luís Leitão e o Correio dos Açores

Desde sempre o jornal Correio dos Açores teve entre os seus colaboradores pessoas que deram o seu contributo à causa da proteção dos animais.

De entre os colaboradores, de que se destacou Alice Moderno, um deles foi Luís Leitão que também colaborou com aquela no jornal “A Folha” e com Maria Evelina de Sousa, na “Revista Pedagógica”, no “Autonómico”, de Vila Franca do Campo e no “Correio Micaelense”.

Luís Albino da Silva Leitão (1866-1940) foi um escritor e jornalista que colaborou com centenas de jornais e revistas em todo o território nacional e no Brasil, tendo dirigido a “Revista do Bem”.

De entre os temas que mais abordava destacam-se a luta contra a guerra, o alcoolismo, o tabagismo e a caça e a defesa dos direitos da criança, dos animais e do vegetarianismo, tendo nesse sentido colaborado com a revista “O Vegetariano”, órgão da Sociedade Vegetariana de Portugal.

No que diz respeito à defesa dos animais Luís Leitão foi membro da direção da Sociedade Protetora dos Animais de Lisboa e sócio benemérito de várias outras.

Através das pesquisas efetuadas até ao momento no Correio dos Açores, apenas temos conhecimento de um texto da sua autoria intitulado Sagacidade Canina, publicado em outubro de 1934.

Numa nota da responsabilidade da redação do jornal, Luís Leitão é apresentado como “o autor cuja obra tão volumosa quanto notável, representa uma verdadeira cruzada em prol dos animais, tem sido por diferentes vezes galardoado pelo seu aturado esforço em favor do aperfeiçoamento moral da raça”.

No seu texto, Luís Leitão faz a referência a dois cães, um que salvou o seu dono de ser assassinado e o outro que denunciou o matador do seu dono.

Sobre o segundo caso podemos ler o seguinte:

“Viajando Pirro, que foi rei do Epiro, encontrou um dia certo cão faminto junto ao cadáver do dono.
Acariciou-o, fez enterrar o morto, e ordenou por último que se levasse o animal para o palácio, onde o sustentariam. Um dia, passando o monarca revista às suas tropas, o cão, que parecia dormitar, lançou-se a um soldado que pretendeu morder. O monarca, admirado, mandou abrir um inquérito e verificou-se que o soldado fora o assassino do antigo dono do animal.”
Teófilo Braga
(Correio dos Açores, 30902, 5 de abril de 2016, p.11)

2.4.16

Apontamentos sobre a tauromaquia em São Jorge




Apontamentos sobre a tauromaquia em São Jorge

Como é sabido a Ilha Terceira tem sido ao longo dos tempos o bastião da vil prática de torturar bovinos e o centro irradiador da tauromaquia para outras ilhas do arquipélago, com destaque para as ilhas da Graciosa e São Jorge.

De acordo com o historiador Pedro de Merelim, a primeira tourada à corda, em São Jorge, realizou-se a 7 de setembro de 1934, durante as festas de São Mateus da Calheta. Segundo o autor citado: “Os rapazes de S. Jorge apesar de a tal, não estarem habituados, demonstraram arrojo e entusiasmo. José Veríssimo, o Prosa, natural da ilha Terceira, dirigiu a corrida. Gente das freguesias circunvizinhas acorreu, dando ao acontecimento esfusiante alegria. Outras touradas a corda se perspetivaram, para a mesma vila e freguesia da Urzelina”.

Com touros vindos da ilha Terceira, em São Jorge começou a prática de desrespeitar animais, de assocair as touradas às festas religiosas, sem que a igreja se manifestasse contra aquela prática viciante e que, inclusive, desvia dinheiro dos paroquianos que poderiam reverter para a própria paróquia para os bolsos dos ganadeiros.

Depois da introdução da chamada tauromaquia popular, a indústria tauromáquica, que é insaciável em sangue e em dinheiro sem esforço, partiu para a introdução das touradas mais sangrentas para os animais, as de praça. Assim, de acordo com o autor citado, em 1948, “Alfredo Ovelha deslocou-se a S. Jorge, onde foi estudar, sem êxito, a possibilidade de realizar naquela ilha uma tourada de praça.”

Mais tarde, em 2005, o Governo Regional dos Açores, presidido por Carlos César, deu uma ajudinha à prática da tortura, através da “cedência, a título definitivo e oneroso, à Tertúlia Tauromáquica Jorgense – Amigos da Festa Brava Jorgense, de dois prédios rústicos sitos ao Pico da Caldeira de São Jorge, freguesia e concelho de Velas, inscritos na matriz predial rústica sob os artigos 2432.º e 1458.º e descritos na competente Conservatória do Registo Predial, respetivamente sob os n.ºs 804 e 608/Velas, ao abrigo do artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 97/70, de 13 de Março, conjugado com o n.º 3 do artigo 5.º do Decreto Legislativo Regional n.º 3/2004/A, de 28 de Janeiro”

De acordo com a Resolução do Conselho do Governo n.º 74/2005 de 19 de Maio de 2005, os terrenos que custaram a quantia irrisória de 6 000 euros e destinavam-se à” construção de uma Escola de Equitação e parque de estacionamento de apoio à Praça de Touros”. Ainda de acordo com a mesma resolução “, os terrenos ora cedidos regressam ao património da Região Autónoma dos Açores se lhes for dado fim diferente do assinalado ou em caso de incumprimento das condições da cedência”.

A justificação para a cedência dos terrenos é uma autêntica afronta a todas as pessoas que têm e usam o cérebro para pensar. Com efeito, entre as diversas cabeças existentes no Governo Regional dos Açores de então, ninguém viu que era um disparate o seguinte:

“Considerando que a Câmara Municipal das Velas classifica a Tertúlia Tauromáquica Jorgense como uma instituição de grande valor no concelho, quer do ponto de vista turístico quer cultural, e que a construção de uma Escola de Equitação se apresenta como um projeto de grande importância.”

Quando é que uma instituição que fomenta os maus tratos a animais tem valor cultural? Que turistas vão a São Jorge para assistir à tortura de um animal numa praça de touros? Onde anda a Escola de Equitação? Porque não exige o Governo a devolução dos terrenos ao património da região?

O ano de 2014 foi um ano negro para São Jorge, que se traduziu na morte, perfeitamente evitável, do senhor Horácio Borges numa tourada à corda e num número de feridos que nunca entra nas estatísticas porque há hospitais e centros de saúde e corporações de bombeiros que os escondem.

Foi, também, em 2014 que, depois de um interregno, regressaram as touradas de praça, com o ferimento de pelo menos um forcado. Para além do referido, regista-se a falta de vergonha por parte da Tertúlia Tauromáquica Jorgense que pediu o apoio no valor de 35 000 (trinta e cinco mil euros) para a realização de uma tourada de praça no âmbito da Semana Cultural (?) das Velas. Vergonhosa foi, também, a ação da Câmara Municipal das Velas que atribuiu 3500 € à referida Tertúlia contra a cedência de 50 bilhetes para a tourada a distribuir por Instituições de Solidariedade Social do Concelho.


José Ormonde
2 de abril de 2016