31.7.09

Junta de Freguesia de Capelas- Pioneira nas Touradas em São Miguel


A moda pegou. Quem financia esta tourada, sabendo-se que as verbas que uma Junta de Freguesia recebe pouco mais dão do que para pagar aos seus membros e aos da Assembleia?

As Capelas não têm um património cultural que precisa de ser respeitado e acarinhado? Não tem grupos culturais que precisam de ser apoiados? Não tem uma juventude que necessita de ocupar os seus tempos livre de forma sadia?

Por que razão, em vez de se apoiar a cultura popular se financiam pseudo-espectáculos que fomentam a insensibilidade para com o bem-estar animal e promovem as dependências, entre elas a do álcool, e colocam em risco a vida das pessoas?

Quanto vai custar esta tourada?

- Para além do preço base que de acordo com o Correio dos Açores de 21 de Julho de 2009, varia entre 750 e 3.500 euros, acrescida das licenças que atingem os quinhentos/seiscentos euros, quanto custa o transporte dos animais e dos seus acompanhantes?

- Quem paga a ambulância que é destcada para acompanhar o triste espectáculo?

- Quem paga o tratamento hospitalar dos feridos?

- Quem paga os dias de trabalho das pessoas que são forçadas a não trabalhar em caso de ferimentos mais ou menos graves?

Pelos vistos, neste caso os lucros são apenas de alguns e as despesas são de todos nós.

E quando houver um acidente mortal, quem será o culpado? O Sr. André Viveiros ou o touro?

Haja vergonha na cara e respeito pela maioria da população que não é tida nem achada sobre o assunto e cujos impostos são indevidamente usados por juntas de freguesia ou outras entidades públicas que têm promovido touradas.

Não se esqueça o presidente da Junta das Capelas que o que ele pensa ganhar (ou ganha) em número de votos com a sua atitude populista perde em respeito e em consideração por todos os que lutam por uns Açores mais justos, pacíficos e ecologicamente equilibrados.

José Soares

23.7.09

Tourada à Corda na Lagoa



Fisco "ataca" touradas à corda



O presidente da câmara da Lagoa, João Ponte, negou ontem ter dado instruções a funcionários da autarquia para arrancar das mãos de populares cartazes manifestando-se contra a tourada à corda que estava a decorrer no Porto dos Carneiros. Entretanto, alguns dos manifestantes pediram a agentes da PSP para identificaram estas pessoas e ainda ontem procuraram apresentar uma queixa formal acusando-as de agressões verbais e tentativa de agressões físicas.
Tem havido uma onda de protestos a partir de associações ecológicas e cidadãos em nome individual contra a prática de touradas à corda em São Miguel. Alguns populares, que não estão ainda organizados em associação, concentraram-se no recinto da tourada com cartazes a criticar a iniciativa que juntou no Porto dos Carneiros (onde existe uma das maiores densidades de tabernas por metro quadrado) alguns milhares de pessoas, principalmente jovens.
De um momento para o outro, indivíduos que a PSP conhece, aproximaram-se dos manifestantes e retiraram à força os cartazes que estavam expostos.
Com a tourada que não é tradição na ilha de São Miguel a Câmara Municipal da Lagoa está a fomentar o alcoolismo, a indiferença face ao bem-estar animal e a colocar em risco a vida das pessoas, afirma, a propósito, o ambientalista açoriano Teófilo Braga.
O presidente da Câmara, João Ponte, proferiu, a propósito, declarações ao Correio dos Açores em que afirma que vai realizar uma segunda tourada à corda na Lagoa em Agosto.

Correio dos Açores - É acusado por populares de ter dado instruções para que funcionários da Câmara arrancassem os cartazes criticando a tourada e que estavam expostos no recinto público onde decorria a iniciativa
João Ponte (presidente da câmara municipal da Lagoa) Não é verdade. O que é facto é que foram colocadas num dos pontos do espectáculo umas faixas com algumas mensagens até eu não diria ofensivas contra a câmara, mas que se pode até considerar -, e é natural que alguns populares revoltados com esta situação as retiraram mas isso é normal. A única pessoa que estava de serviço era o presidente da Câmara. Não havia mais ninguém de serviço. Portanto, desconheço que tenham sido funcionários da Câmara.

As pessoas identificadas pela PSP podem ser funcionários da Câmara
Isso não sei. Os funcionários da Câmara estão ao serviço das oito da manhã às cinco da tarde. Fora destas horas de semana ou ao fim-de-semana, os funcionários da Câmara têm o direito de assistir às touradas e fazer aquilo que quiserem.
Não entende que as pessoas têm o direito de se manifestarem contra as touradas?
O que eu acho é que estas pessoas, se têm o direito à manifestação, não é isso que está em causa, agora, obviamente que, indo-se manifestar para um espectáculos onde haviam milhares de pessoas que queriam ver a tourada... As pessoas têm o direito a indignarem-se. O direito à indignação está consagrado na nossa recente democracia. Não tenho nada a dizer sobre esta matéria. O que é facto é que havia cartazes que acabaram por ser retirados por populares. Tomei conhecimento desta situação. Lamento é que eles escolham os espectáculos e as zonas que lhes estão consignadas para o fazer.
Admira-me que destas pessoas - que são tão protectoras dos animais -, nunca tenha visto uma mensagem delas em relação aos cães vadios que atacam os vitelos que são mortos nas pastagens. Não acha estranho também que esta sociedade protectora dos animais não tenha uma palavra sobre isso? Gostava de deixar esta questão no ar.

A liberdade de expressão é um direito que está consagrado na Constituição
Sim e ninguém foi impedido pela Câmara de o fazer. Aliás, houve uma senhora, que não consegui identificar, toda vestida de branco (pensava que fosse uma enfermeira de óculos escuros) que me entregou um boletim que sempre pensei que fosse da gripe A. Mas, afinal, era sobre as touradas, com afirmações que são perfeitamente fora do contexto num tipo de espectáculos daqueles. Só quem não conhece a tourada à corda é que pode dizer e escrever o que se lê naqueles prospectos. Aplica-se noutros sítios, noutras repúblicas. Não nos espectáculos que se vê em Portugal e nos Açores.
É preciso adequar estes manifestos à nossa realidade e copiar mal nunca faz muito sentido. O manifesto, na minha perspectiva, está fora do contexto. Ninguém trata mal o animal.

Fisco ataca touradas à corda


A GNR de Angra do Heroísmo levantou aos proprietários de touros de aluguer para touradas à corda, cerca de uma dezena de autos por infracção tributária por não passarem facturas.
A confirmação do levantamento dos autos foi confirmada pelo comandante da brigada fiscal de Angra do Heroísmo, capitão Tiago Lopes, que adiantou terem os processos sido elaborados nos termos do código do Imposto de Valor Acrescentado (IVA).
Segundo o oficial da Brigada Fiscal, o código do IVA obriga à emissão de facturas pelo que os processos foram entregues aos serviços de finanças do concelho que vai determinar o valor da coima a aplicar.
Tiago Lopes sustentou que a acção foi efectuada nos termos da legislação em vigor junto de um sector de actividade económica que está abrangido pelo IVA.
Duarte Pires, presidente da Associação Regional de Criadores de Touros de Touradas à Corda, disse à Lusa que era desconhecida a necessidade de passar factura porque se julgava essa actividade inserida nas obrigações fiscais das suas explorações agrícolas.
Para os proprietários dos touros para as touradas à corda esta exigência é uma novidade surpreendente pelo facto de ser uma actividade com quase cinco séculos na ilha e nunca ninguém tinha levantado o problema, acrescentou o dirigente associativo.
Duarte Pires revelou que os serviços de finanças já foram contactados pelos proprietários dos touros que informaram não saber como pode ser facturado o aluguer de touros. Por isso aconselharam os produtores a abrirem uma actividade denominada espectáculos taurinos com base na qual deverão começar a facturar o aluguer dos animais.
Segundo Duarte Pires os custos vão, quase de certeza, inflacionar o preço do aluguer dos touros que vão ser debitados às comissões de festas, ignorando, acrescentou, se estas entidades não terão também de ter personalidade jurídica.
Uma tourada à corda pode custar entre 750 e 3.500 euros, acrescida das licenças que atingem os quinhentos/seiscentos euros nas tradicionais e mil nas não tradicionais.

Autor: João Paz
Fonte: Correio dos Açores, 21 Julho 2009

Los toros de lidia se divierten en la plaza

Esto es lo que, dado su entusiasta teoría sobre el asunto, viene a decir el veterinario y catedrático de la Universidad Complutense de Madrid, Juan Carlos Illera del Campo…

Jaime Richart | Para Kaos en la Red |

www.kaosenlared.net/noticia/toros-lidia-divierten-plaza

Según él, los toros de lidia son como un guijarro, como una piedra: ni sienten ni padecen… Illera sostiene que “después del primer pu­yazo, con un arma de nueve centímetros, el toro regresa al picador porque es capaz de bloquear tan rápidamente los neuroreceptores que para cuando recibe el segundo puyazo, ya no siente ningún tipo de dolor”.

El tal Illera también hubiera sido capaz de sostener también la pe­regrina teoría, si hubiera sido contemporáneo de la antigua Grecia donde los ilotas no eran “persona”, o en tiempos de Roma donde los gladiado­res eran fruto de mercado, o en los del esclavismo que du­ran hasta hoy en que los esclavos son “cosas”.

Cuando alguien se ha propuesto creer algo, lo consigue. Cualquiercosa le sirve como punto de apoyo. La Ciencia generalmente acaba siendo el último refugio de creyentes y descreídos. Los antiguos griegos vivían “como si los dioses existieran y los mitos fueran “ver­dad”, pero sabían que todo era pura invención. Como los niños de antes creían en las fábulas y en los cuentos aunque sabían que lo eran. La credulidad de los áticos les servía para construir el entra­mado psicomoral que a su vez configuraba “racionalmente” el edifi­cio social. A nuestros ojos eso de saber y sugestionarse, les hace parecer honestos. El profesor Illera no. Este sabio se lo cree y anda desde hace años revolviendo Roma con Santiago para demostrar urbi et orbe que el toro de lidia (y se supone que también por exten­sión el animal- no sufre. Lo que queda por saber si el tal Illera sabe qué es sufrimiento y cómo lo distingue del dolor. Para los ignorantes que somos, el sufrimiento es exclusivamente cosa de los que tienen con­ciencia, y el dolor de los que tienen además consciencia.

Bush y su conmilitón Aznar, por ejemplo, ni sufrieron ni sufren ni sabe qué es el dolor colectivo y aun individual. La primera matanza de cente­nares de miles de seres humanos en Irak anestesió a los millones que no “sufrieron” porque murieron, y vieron caer sobre ellos los siguientes bombardeos sin pena ni gloria, porque la aneste­sia de las primeras bombas les impidió morir del todo…

Pero la culpa de este tipo de controversias es de quienes dan can­cha a estos humanoides de la “fiesta” empeñados en tener razón. Lo peor de quienes carecen de sensibilidad es que encima quieren tenerla. Afirmando y “demos­trando” con chips que los escla­vos, los siervos, los gladiadores, los boxeado­res y los toros de lidia no tienen alma ni sistema nervioso, se demuestra que no pue­den sufrir, que se les puede inferir tor­turas que ya no serían tales si no sienten, porque a estas gentes les divierte, además de la lidia en sí, imaginar que no sienten dolor aunque lo sientan. El típico autoen­gaño, la treta del avestruz, la tesis de los canallas sin conciencia ni consciencia. La con­di­ción y la misión en esta vida de los toros y de los animales en ge­neral –nos enseñan los negacionistas- es someterse a las vile­zas del ser superior de la Creación que es el hombre…

Personillas como el veterinario Illera y sus teorías traen a primer término una vez más el debate “nacional” por excelencia fuera de la política; la tesis -que debe tranquilizarles- de que el toro no sufre. Y a eso se responde que sí sufre. Y así se per­petúa la trifulca de la que salen ganando los negacionistas. Pero si el centro de este de­bate no fuese “el toro sufre”/“el toro no sufre” si no si las gentes con un mínima sensibilidad son capaces de re­unirse para pre­senciar la tortura y la muerte, el debate se zanjaría.

Porque para muchos otros que no son el profesor Illera y sus epígo­nos, el asunto nuclear está en si las multitudes del siglo XXI tienen derecho, según el grado de civilización y de inteligencia que se atribuyen, a pre­senciar la tortura y muerte rituales de un ser vivo, sea cual fuere.

Todos estos rifirrafes hispanos son así. La Ciencia, ni es defi­nitiva ni es resolutiva ni es la base de la cultura, ni de la sensibilidad ni de la vida. Hay verdades inefables, es decir, que no se pueden expre­sar en las que la Ciencia nada tiene qué hacer ni qué decir. La Cien­cia ni es más certera, ni más garante, ni más elocuente, ni más per­suasiva que la teología, el sentido común o la delicadeza a la que a menudo se contrapone. Infinidad de cuestio­nes ca­recen de solu­ción final y jamás ten­dremos la explicación que los ansiosos pretenden; nunca conseguiremos prue­bas materiales. Na­die vendrá del más allá a decir en la plaza pública que el más allá es efectivamente esto o lo otro, o que después de la vida hay o no vida. Todo de­pende de la imaginación, de la epidermis de cada cual y del deseo, no de la tangibilidad.

El marco de la creencia, de la pura sensibili­dad, de la intuición pura (instinto más conocimiento), de la delicadeza, de la promoción del carácter y del entendimiento “superior” no necesitan de­mos­tración. Es más, el intento de algo o de todo eso debilita la suprarrealidad. Los toros sufren no porque Illera y su ciencia lo niegue, sino no por­que sufrimos nosotros viendo e intuyendo que sufren. Pero es que si Illera nos con­vence de que no sufre el toro, la fiesta se acaba, la fiesta pierde todo su sentido porque el supuesto arte de la lidia no está en el arte de mover los trastos ni en el arte de evitar el torero ser cogido, sino en el peligro de ser cogido el torero y en la certeza de que mientras tanto el toro sufre. Sien lugar de ser un toro fuese un robot programado para cornear, nadie haría “fiesta” por ello ni nadie iría a la plaza.

La infamia de Illera, pues, no está en afirmar que el toro no sufre. La infamia, con independencia de lo que diga o deje de decir este veterinario está en re­unirse en un coliseo miles de personas para la tortura y la muerte lenta de un ser vivo aunque viva aneste­siado porque ha nacido así o porque alguien lo haya anestesiado antes. Pues…¿quién nos dice, además de todo lo alegado, que el profesor Illera no ha anestesiado al toro de lidia y no ha puesto los chips a esos 3.200 toros a lo largo de 15 años, como se nos informa, para salirse con la suya?

No es el sufrimiento del toro lo que humilla a los espectadores, que también. Los espectadores de las corridas de toros se denigran a sí mismos por el mero hecho de presenciar la tortura y muerte de un ser vivo. Lo mismo que, a los ojos de los huma­nos del siglo XXI, se denigraba la turbamulta que acudía al anfiteatro romano para ver sufrir y morir los gladiadores. Lo mismo que se denigran los que presen­cian las peleas de gallos y de perros independientemente de que sufran o no, según Illera, por el mero hecho de presenciarlas.

Para disculpar o justificar a los cafres que van a las plazas de to­ros es mil veces mejor invocar restos de tradición tardía y de primiti­vismo sin más. Porque de esta manera tenemos la esperanza de avanzar. Mientras que la teoría de Illera nos reingresa, con mala baba y peor conciencia, en la barbarie.

TOURADA PROVOCA FERIDO GRAVE

NO PORTO JUDEU Tourada à corda provoca um ferido em estado grave

Publicado na Quinta-Feira, dia 23 de Julho de 2009, em Actualidade


Dois feridos, um dos quais em estado grave, é o resultado de um acidente que ocorreu durante a tourada à corda, no Refugo, freguesia do Porto Judeu, concelho de Angra do Heroísmo.
Trata-se de um indivíduo do sexo masculino, de nacionalidade espanhola, que foi evacuado de helicóptero para o Hospital do Divino Espírito Santo de Ponta Delgada (HDESPD), de acordo com o Comissário da PSP de Angra do Heroísmo, Pedro Almeida, em declarações ao nosso jornal.
Contactada pela “a União”, a administração do HDESPD, através do seu Gabinete de Comunicação, revela que, até à hora do nosso contacto, a vítima, internada no serviço de Medicina Intensiva, encontra-se em “estado estacionário”, sem adiantar pormenores clínicos.
Sobre as causas do acidente, segundo testemunhas oculares, o toiro terá saltado um muro com cerca de dois metros de altura, dentro do percurso da tourada à corda, onde estariam várias pessoas a assistir ao evento.
A tourada à corda realizou-se na passada segunda-feira, 21 de Julho, no âmbito das Festas de Santo António do Porto Judeu.

13.7.09

Ecologistas querem São Miguel 'ilha livre de touradas'



A associação ecologista Amigos dos Açores apelou esta segunda-feira aos residentes nos seis concelhos de S. Miguel a pronunciarem-se contra os espectáculos tauromáquicos, para que a ilha possa ser declarada “livre de touradas”.
“Dado que as touradas nunca foram uma tradição na ilha de S. Miguel, incitamos a população a mostrar aos seus representantes autárquicos que é contra a introdução deste tipo de entretenimento desrespeitador dos direitos dos animais no seu território”, refere a associação, num comunicado enviado à Lusa.

Nesse sentido, propõe que o envio de mensagens aos presidentes das câmaras de Ponta Delgada, Ribeira Grande, Lagoa, Vila Franca do Campo, Povoação e Nordeste.

A mensagem proposta, apela aos autarcas para que adoptem “uma posição exemplar e pioneira de condenação e rejeição oficiais das touradas”.


O apelo dos Amigos dos Açores surge numa altura em que, depois da realização de duas touradas na Ribeira Grande, se anunciam espectáculos tauromáquicos para os municípios da Lagoa e Ponta Delgada.


“Depois do insucesso da introdução da sorte de varas nos Açores, têm sido fortes as pressões para a expansão das touradas à corda em S. Miguel”, alertam os ecologistas, para quem esta situação se deve “ao crescimento do negócio tauromáquico na Terceira, que começa a ter necessidade de se expandir para outros locais para se tornar sustentável financeiramente”.

Para os Amigos dos Açores, a ilha de S. Miguel, “por ser a maior e mais populosa, é, aos olhos dos operadores deste sector, um território de potencialidade”, denunciando a “conivência de representantes políticos” nesta “tentativa de proliferação” dos espectáculos tauromáquicos no arquipélago.


O movimento internacional de municípios livres de touradas abrange actualmente países como a Colômbia, Equador, França, Espanha e Venezuela, além de Portugal, onde já declararam esse estatuto os municípios de Viana do Castelo, Braga, Cascais e Sintra.

Lusa / AO Online

Bolívia o primeiro país no mundo a abolir animais selvagens ou domésticos de circos ambulantes

A Animal Defenders International (Associação Internacional de Defensores dos Animais) ficou feliz por saber que o Presidente Evo Morales, da Bolívia, acabou de aprovar uma lei que acaba com o uso de animais domésticos ou selvagens em circos ambulantes.

Depois de ter sido aprovada em Congresso, a proposta passou o último teste, no qual se esperava a assinatura do Presidente, e aguarda agora publicação oficial, que será feita dentro das próximas semanas.

Bolivia first country in the world to ban wild and domestic animals from travelling circuses

Animal Defenders International (ADI) is delighted that Bolivia’s President Evo Morales has signed a new law to end the use of wild and domestic animals in travelling circuses.
After a successful passage through the Congress, the Bill passed the final hurdle, awaiting the President’s signature, and the new Act is expected to be published in the following weeks.
The law, tabled by Congresswoman Ximena Flores of Potosi, arose as a result of evidence gathered during a disturbing undercover investigation by ADI that included: lions confined in a tiny cage on the back of a truck (two were pregnant but continued to perform); a mandrill confined in a tiny cage; three brown bears kept in tiny compartments measuring just 2.5x3m, inside a cage on the back of a truck ¬– their only exercise was the walk to and from the ring for their short performance. Lack of safety barriers were noted, as the animals were made to dance, play dead and ride a bicycle. The findings of the investigation were presented to the Congress together with ADI’s report on the scientific evidence of suffering of animals in travelling circuses, ‘The Science on Suffering’.
The new law bans the use of wild and domestic animals in circuses in the Bolivia, as their conditions and confinement it is considered an act of cruelty. The circuses will be allowed one year to adapt their shows to a humans-only programme and during this time, the government will issue regulations on confiscation and pecuniary sanctions for any breaches of the law.
This is the first national law to ban the use of both domestic and wild animals in circuses. So far, similar bans on animal use in travelling circuses in Austria, Costa Rica, Finland and Denmark only prohibit the use of wild animals or certain species.
In recognition of President Morales’ stand on the issue and his government’s prompt action, ADI has presented the Bolivian government with the Toto Award on animal protection and conservation.
ADI Chief Executive Jan Creamer, “This is a truly historic day for circus animals. The undercover investigations, the scientific research and the hard work of our supporters in Bolivia has made a difference for animals that will reach around the world. Bolivia is the first country to ban animal circuses in South America and the first worldwide to ban both domestic and wild animals in circuses. We applaud the President Evo Morales for setting the highest standard for animal protection for South America, which the rest of the world now needs to follow. We also salute the efforts of Congresswoman Flores and all the local organizations and who along with ADI worked tirelessly to ensure that the bill became a law."

NOTES FOR EDITORS
For further information, contact: ADI Press Office
Press mobile: 07785 552548
Switchboard: +44 (0)20 7630 3344
prdesk@ad-international.org

Fontes:
http://www.centrovegetariano.org/index.php?id=46226
http://www.ad-international.org/media_centre/go.php?id=1569&si=12

11.7.09

São Miguel, ilha livre de touradas

Se é defensor dos direitos dos animais e se é contra o uso indevido de animais nos divertimentos populares como as touradas, zele pelo que o seu município seja livre de touradas.

Não compactue com este espectáculo que não tem qualquer tradição na ilha de São Miguel.

Para tal, se pretende que o seu município seja livre destas actividades que não têm qualquer tradição local, envie a mensagem sugerida abaixo (ou uma mensagem sua, se preferir) com destino à/ao Presidente da Câmara Municipal da sua área de residência, utilizando os contactos abaixo referidos:

Sua Excelência Presidente da Câmara Municipal:

Peço a V. Ex.ª que tome uma posição exemplar e pioneira de condenação e rejeição oficiais das touradas e da crueldade animal que estes espectáculos implicam, colocando o nosso Município na linha da frente dos Municípios mundiais que têm como princípio institucional promover o respeito pelos animais e não admitir actos de violência contra estes.

Poderia ser assim, o nosso Município o primeiro dos Açores a ser declarado Anti-Touradas, estabelecendo um exemplo que será certamente louvado e apreciado pelos seus habitantes, pela população de outros concelhos da Região, e, certamente, pela maioria da população portuguesa.

Os Açores necessitam, urgentemente, de dar passos positivos e sólidos na protecção dos animais e peço a V. Ex.ª que faça com que seja o nosso Município a dar o primeiro passo, que definirá uma nova era mais ética para com os animais nos Açores e em Portugal, através da declaração oficial de "Município Livre de Touradas", tendo como base a oficialização municipal de um compromisso público e permanente de não-autorização de touradas.
Esta medida promoveria o nosso Município internacionalmente como uma cidade institucionalmente comprometida com a protecção dos animais, o que certamente lhe traria grandes benefícios promocionais e económicos, uma vez que só que a identificação deste com turismo de natureza deve passar também pela defesa do direito dos animais.

Agradecendo antecipadamente a atenção de V. Ex.ª e ficando na expectativa de uma resposta,

Com os meus respeitosos cumprimentos,

Nome:

Número de BI:

Morada:

E-mail:


Contactos

Câmara Municipal de Ponta Delgada bertacabral@mpdelgada.pt

Câmara Municipal da Lagoa gabpres-cml@mail.telepac.pt

Câmara Municipal da Ribeira Grande ricardosilva@cm-ribeiragrande.pt

Câmara Municipal de Vila Franca do Campo pres@cmvfc.pt

Câmara Municipal da Povoação presidente@cm-povoacao.pt

Câmara Municipal do Nordeste presidente@cmnordeste.pt


Contribua para que São Miguel seja uma ilha livre de touradas!

9.7.09

TOURADA DO PORTO DOS CARNEIROS 2009


Abaixo tornamos públicos alguns textos já enviados e que são do nosso conhecimento


Endereços para enviar protestos: gabpres-cml@mail.telepac.pt, cmlagoa.az@mail.telepac.pt, eml.lagoa@gmail.com


Exmo. Sr. Presidente da Câmara Municipal de Lagoa,

Venho pelo presente e-mail manifestar o meu total desagrado e reprovação à realização da III corrida de touros à corda organizada pela Câmara Municipal de Lagoa.
Em pleno séc. XXI estamos todos sensibilizados para respeitar os direitos básicos dos animais. Julgo que o Homem consegue arranjar outros meios de diversão que não incluam os maus-tratos e o uso de animais para entretenimento. A V. Exa. como Presidente de um organismo público caberia dar o exemplo, mas pelo que é público, vejo que é um dos principais promotores desta actividade, o que é de lamentar.
Sem outro assunto de momento, despeço-me atenciosamente,

Rui Gomes

É lamentável que o Presidente da Câmara Municipal de Lagoa justifique a organização de um espectáculo de brutalidade como é o da corrida à corda com o facto de que a “deslocação de milhares de pessoas ao Porto dos Carneiros é sinónimo de um contributo ao desenvolvimento do sector turístico do Concelho”. Esquece o Senhor Presidente que não é incentivando o retorno à barbárie que se projecta o futuro de uma região ou de um país. É lamentável que a Câmara Municipal de Lagoa manifeste desta forma a sua completa indiferença a valores da civilização que deviam norteá-la. É lamentável que, enquanto avança em toda a Europa um salutar movimento de repúdio por exibições abomináveis de sofrimento e dor dos animais, uma autarquia com reconhecido défices nas áreas da cultura e da educação avance, em contramão, com uma iniciativa deste jaez.
É com profunda indignação que apresento o meu protesto por mais este ataque injustificável aos já limitados direitos dos animais.
Em completo repúdio,
Miguel Santos




Exmo Senhor
Presidente da Câmara Municipal da Lagoa
Embora não me tenha surpreendido, tomei conhecimento que VEXA vai repetir o erro de promover uma tourada à corda no concelho da Lagoa. Assim, venho exercer o meu direito à indignação.
Ao apoiar a indústria tauromáquica, a Câmara Municipal da Lagoa ao contrário do que apregoa não está a promover o turismo, nem a cultura e muito menos o mundo rural.
Com a tourada que não é tradição na ilha de São Miguel a Câmara Municipal da Lagoa está a fomentar o alcoolismo, a indiferença face ao bem-estar animal e a colocar em risco a vida das pessoas.
Faço votos que os lagoenses conscientes e civilizados o penalizem nas eleições que se avizinham e se tal não vier a acontecer de uma coisa não se livra, o de ficar na história como uma pessoa insensível e agente da deseducação da população.

Com os melhores cumprimentos
Teófilo Braga


Exmos Senhores,

Em causa está a promoção de uma tourada no Porto dos Carneiros, no
próximo dia18.

As sociedades evoluem repensando os códigos éticos pelos quais se
regem. Algumas regiões avançam mais rápido que outras, por razões de
ordem vária e, quando o resto da sociedade acorda e decide acabar com
determinadas práticas, essas regiões já não precisam de fazer o
esforço da reconversão.

Assim se passa relativamente às touradas. O movimento que se opõe a
este espectáculo sangrento é imparável e historicamente
incontornável; felizmente algumas populações nunca o adoptaram ou, em
determinada altura, abandonaram a sua prática. Vendo decrescer as
audiências, a indústria tauromáquica - não se pode escamotear que é
duma indústria que se trata, mascarada de defesa da tradição cultural
- tenta desesperadamente ganhar novos públicos, levando a tourada a
locais
onde esta nunca teve expressão. S. Miguel, entre muitas outras ilhas
ou cidades, tem a sorte de estar no sítio certo na altura certa. Ou
seja, quando a sociedade civil inicia o movimento de abolição, alguns
municípios têm o privilégio de se encontrar fora dessa polémica,
podendo concentrar os seus esforços noutras questões mais prementes
para as populações que servem.

O argumento invocado para repetir esta escolha foi a da elevada
audiência, mas os poderes públicos têm que sair dessa lógica e
promover actividades que elevem e unam, não aquelas que fracturam,
incitam a comportamentos violentos e ao desrespeito. Por esta lógica,
poderíamos promover o martírio de condenados nos pelourinhos públicos,
pois era um espectáculo com enorme audiência, mas não o fazemos; e não
o fazemos porque é errado e significa um retrocesso civilizacional.

Nesta caso concreto, parece-me até desrespeitoso para os agricultores
que se debatem com inúmeros problemas - mormente o da actual escassez
de água - que se promova a criação de touros de lide que é
paradigmática do desperdício de recursos (cerca de 22.500 litros de
água por cada kg de um animal adulto, usado para efeitos de
espectáculo). A agricultura é um bem essencial, a tourada é um
divertimento para alguns; temos que pensar muito bem nas
consequências reais das nossas acções.

Obrigada pelo vosso tempo



Cristina Soares Vieira

8.7.09

Férias, significado de Abandono de Animais?



Esta tartaruga veio parar-me às mãos hoje. Encontrada num caminho,na Freguesia do Pico da Pedra, terá sido abandonada?

1.7.09

BRUTALIDADE- TOURADA PROVOCA 7 FERIDOS



Touradas nas Sanjoaninas
provocam sete feridos

Sete feridos é o balanço das touradas de rua que se realizaram durante as Sanjoaninas 2009.
A fuga de um dos touros da Espera de Gado, realizada na quarta-feira, esteve na origem dos ferimentos em seis pessoas.
O touro derrubou uma estrutura de madeira colocada no Alto das Covas e conseguiu passar para a rua do Rego, onde colheu seis pessoas que foram apanhadas desprevenidas quando julgavam estar em lugar seguro.
As vítimas, algumas das quais turistas, sofreram traumatismos de diversa ordem tendo sido assistidas no Hospital de Santo Espírito de Angra do Heroísmo, de onde já tiveram alta.
O presidente da comissão das Sanjoaninas 2009, Miguel Costa, disse ontem ao DI que apesar de terem sido tomadas todas as medidas de segurança, o touro conseguiu passar por ser “descornado”.
Depois de ter conseguido entrar na rua do Rego, o touro regressou algum tempo depois ao Alto das Covas onde provou alguns estragos nas tascas.
No passado sábado, dia 20, um homem foi colhido durante a tourada realizada no Porto das Pipas, tendo sofrido diversos traumatismos.Após ter sido assistido no Hospital de Angra, o sinistrado teve alta.

in D.I de 26 de Junho

Petição "Ribeira Grande: Cidade anti-tourada e anti-espectáculos com animais"





"A grandeza de um povo, vê-se pela forma como trata os seus animais"
Mahatma Gandhi

“A defesa dos direitos dos animais não é compatível com a realização de espectáculos de tortura, que provocam sofrimento injustificado”
Defensor Moura, Presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo

Nenhum animal deve ser usado para divertimento do homem. A exibição dos animais e os espectáculos que utilizem animais são incompatíveis com a dignidade do animal.
Artigo 10º, Declaração Universal dos Direitos dos Animais


Ex.mo Senhor Presidente da Câmara Municipal da Ribeira Grande
Ex.mo Senhor Presidente da Assembleia Municipal da Ribeira Grande

Pedimos a Vossas Excelências que tornem a Ribeira Grande uma cidade pioneira, na Região, na condenação e rejeição do sofrimento gratuito imposto aos animais em touradas e espectáculos.

Seguindo o exemplo de outras cidades de Portugal, iniciado pelo socialista Defensor Moura, autarca de Viana do Castelo, a Ribeira Grande ao tornar-se a primeira cidade açoriana a promover o respeito pelos Animais e condenar a violência gratuita contra os mesmos, estabelecerá um exemplo para a Região e País, que será certamente louvado e acarinhado pela população local, regional, nacional e internacional.

A Ribeira Grande, ao declarar-se oficialmente uma cidade anti-tourada e anti-espectáculos com animais estará grandiosamente a contribuir para que se ponha em prática a Declaração Universal dos Direitos dos Animais, tantas vezes violada.
Uma cidade livre de sofrimento injustificado, respeitadora dos animais, sem violência gratuita, é sem dúvida uma cidade mais saudável.

Deste modo, pedimos a Vossas Excelências que tornem a Ribeira Grande uma cidade digna, adquirindo o estatuto de anti-tourada e anti-espectáculos com animais.
Uma cidade digna que não promova a crueldade, a violência, livre de sofrimento sem violações à Declaração Universal dos Direitos dos Animais.
Um cidade digna que respeita os animais e condena os actos de violência contra os mesmos, empenhada no progresso civilizacional.

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