19.8.09

Pescadores contra tourada na Caloura


A tourada promovida pela Câmara Municipal da Lagoa, no passado dia 17, no porto da Caloura (São Miguel, Açores) foi responsável pelo albalroamento e afundamento de um barco de pesca, tendo três pescadores sofrido ferimentos ligeiros.

Maria Lopes, proprietária do barco manifestou-se contra as touradas naquela localidade e de acordo com a reportagem da RTP-A os pescadores exigem o pagamento dos prejuizos porque não gostam nem querem touradas à corda no porto da Caloura.


A reportagem pode ser vista aqui: http://ww1.rtp.pt/multimedia/index.php?tvprog=1505&idpod=28633&formato=wmv&pag=recentes&escolha=

17.8.09

Cultura, ambiente e touradas



Tenho notado ultimamente que correm desejos de implementar a tourada à corda em S. Miguel, e até mesmo já se realizaram vários desses espectáculos, ao que parece com o acolhimento da massa acrítica local. Promover touradas à corda em S. Miguel, é o mesmo que colocar uma caprichosa praxe, aonde ela nunca teve existência. É o mesmo que impingir uma cultura ou evento popular, quando este nunca pertenceu ao passado desse local. Cheira a coisa importada, ou por negócio interesseiro ou por aproveitamento, com finalidades de duvidoso eleitoralismo. Porque é sempre mais fácil apelar à ignorância e aos instintos primários, do que motivar nas pessoas o gosto pelos melhores e mais frutuosos horizontes culturais. O curioso e até paradoxal é que são algumas autarquias a validarem estas iniciativas, na intenção óbvia de captar simpatias. Porém e sem que me mova qualquer intenção fundamentalista, respeito a prática desse espectáculo nos lugares ou ilhas onde tem forte raiz cultural e popular e não vejo qualquer utilidade cultural e até civilizacional na sua implantação, em ilhas ou lugares onde tal prática nunca existiu. Teremos que ter ainda em conta que a utilização de animais para espectáculos em que eles possam ser violentados é hoje uma questão civilizacional, a que muitos se opõem, invocando os direitos dos próprios animais. Em suma, creio também que esta questão é também ambiental, pois tem reflexos na qualidade das características dos lugares e no comportamento das pessoas. Não sou dos que entendem o ambiente apenas em relação a certos aspectos evidentes, mas sim que a qualidade ambiental de um lugar abrange tudo o que pode corromper e prejudicar as harmonias próprias e as características locais. Apelo por isso também às várias associações ecológicas de S. Miguel que se pronunciem sem reservas sobre este processo que se está tentando implantar em S. Miguel, de uma forma sub-reptícia, mas que terá apoios onde eles não deviam existir, ou seja em autarquias locais com responsabilidades sociais e educacionais.

Texto de António Eduardo Soares de Sousa

Fonte: Açoriano Oriental, 17 de Agosto de 2009

13.8.09

CARTA ABERTA AO PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DA LAGOA

Exmo. Sr. Presidente da Câmara Municipal de Lagoa,


Embora não nos tenha surpreendido, tomamos conhecimento que a autarquia presidida por V. Ex.ª, não satisfeita com os erros já cometidos, vai voltar a promover mais uma tourada à corda no concelho da Lagoa.
Se já era estranho organizar uma tourada, na ilha de São Miguel, com o objectivo de pretensamente promover o mundo rural mais estranho é integrar uma tourada numa festa de homenagem a uma comunidade piscatória como a da Caloura.
Como pessoa com um grau de instrução de nível superior, julgávamos que teria a criatividade e o bom senso de, em vez de utilizar um pseudo espectáculo que torna as pessoas mais insensíveis ao sofrimento (ao bem estar) dos animais e das próprias pessoas, socorrer-se de outros meios que pudessem aliar o divertimento à formação cultural e cívica da população local
Com a promoção de touradas a Câmara Municipal da Lagoa não está a contribuir para a elevação cultural e espiritual da população concelhia, nem está a promover o turismo. Pelo contrário, está a usar a arma do populismo, pensando conquistar votos, e a colaborar com uma elite da Terceira que pretende levar a tourada a ganhar novos públicos com vista a abrir caminho para a legalização da Sorte de Varas e dos Touros de Morte nos Açores.
Embora com pouca esperança em sermos atendidos, vimos apelar a V. Exa. para que volte atrás na sua intenção e use o dinheiro em causa para apoiar, ainda mais, uma ou várias instituições da freguesia de Água de Pau, como as equipas de formação do Santiago Futebol Clube, a Banda Filarmónica Fraternidade Rural, o Grupo Folclórico Jovem Pauense, o Centro Cultural da Caloura, etc., ou instituir bolsas de estudo destinadas a jovens pauenses.
Terminaríamos, com uma questão: “Será que o concelho da Lagoa e no caso presente a freguesia de Água de Pau é tão pobre culturalmente (ou não tem as suas próprias tradições) que necessita de importar tradições de outras paragens?”
Com os melhores cumprimentos

Afonso Almeida
Alberto Francisco Albertino Monteiro
Alexandra Manes
Ana Catarina Rodrigues
Ana Loura
Ana Taveira
Ana Teresa Fernandes Bahia Simões
Ana Teresa Simões
Andrea Fernandes Simões Ribeiro
António Eduardo Soares de Sousa
Bárbara Bernardino
Bernardo Ribeiro
Carlos Gouveia
Cassilda Pascoal
Catarina Mariz
Celme Tavares
Clara Martins
Clara Patuleia
Constança Quaresma
Cristina Alexandra Raposo Monteiro
Cristina D'Eça Leal Soares Vieira
Débora Cabral
Diogo Gonçalves
Diogo Santos Caetano
Dulcineia Guerra
Eva Almeida Lima
Francisca Catarino
Felipe Sousa Lima
Fernanda Cabral
Filipa Vieira de Pina
Filipe Pereira
Gabriela Mota Vieira
Gabriela Oliveira
Gabriela Ferraz Lúcio de Sales
George Hayes
Gisela Melo
Gonçalo Duarte
Gonçalo de Portugal
João Gonçalves
João Pacheco
Joana D'Eça Leal Soares Vieira
Joana Gonçalves
Joaquim Bernardino
Joaquim Pessoa de Morais
Julia Bentz
Leonor Quaresma
Lúcia Oliveira Ventura
Lúcia Tavares de Sousa
Marco Cabral
Margarida Diniz
Margarida Pereira Benevides
Maria Elvira Almeida
Maria José Lemos Duarte
Maria Lopes
Mário Carvalho
Maria Clementina Prieto
Maria da Lurdes Fontes
Maria do Carmo Franco Fernandes
Maria do Carmo Medeiros Franco Fernandes
Maria Helena D'Eça Leal
Maria Manuela da Mota Âmbar de Melo
Maria Manuela Forjaz Sampaio
Maria Margarida Soares de Sousa
Marta Valente
Miguel Carvalho
Miguel Fontes Cabral
Miguel Wallenstein
Mónica Santos
Nelson Manuel Furtado Correia
Nuno Pascoal
Pedro Pacheco
Pedro Soares Vieira
Raquel Gomes
Raquel Michielsen Ramos
Rita Bernardino
Rita Sousa Melo
Rodrigo Rivera
Rúben Cabral
Rui Alberto da Silva Vaz Teixeira
Rui Moniz
Rui Santos
Sebastião Barreiras
Sílvia Barbosa Melo
Sofia Teixeira
Teófilo Soares de Braga
Teresa Cotta
Tiago Pereira
Vera Borges
Vitor Hugo Soares Carvalho

8.8.09

Carta ao Presidente da Junta de Freguesia de Água de Pau


Exmo Senhor


Presidente da Junta de Freguesia de Água de Pau


R. Ribeira 27, Água de Pau, 9560-217 LAGOA


Pico da Pedra, 5 de Agosto de 2009


Assunto: tourada à corda


Tomei conhecimento que Vossa Ex.ª vai promover uma tourada à corda, este mês, na Caloura.
Sabendo-se que as touradas nem são tradição na ilha de São Miguel e tendo em conta que a sua realização em nada contribui para a educação das pessoas no sentido de respeitarem os animais e demais seres vivos;
Tendo em consideração as verbas envolvidas para suportar a tourada, que com certeza terá de desviar das poucas disponibilidades que possui uma junta de freguesia, em detrimento do fomento da cultura local e de melhorias que poderia implementar na localidade;


Venho, manifestar o meu desapontamento e apelar ao seu bom-senso para evitar a concretização do referido pseudo espectáculo que em nada contribui para a elevação cultural e espiritual da população da Vila de Água de Pau.


Com os melhores cumprimentos


T.B.

5.8.09

Cavalo abandonado na Rocha da Relva



Dois cidadãos denunciaram ao Açoriano Oriental (AO) que, há pelo menos três semanas, encontra-se um cavalo, aparentemente, abandonado num pasto na Rocha da Relva, no concelho de Ponta Delgada. Segundo as testemunhas, o cavalo está a ser mal-tratado, pois há pelo menos três meses que este se encontra na mesma zona. Mas alegam que nessa altura aparentava ser “minimamente” tratado, porque era trocado de sítio para poder comer erva fresca. De acordo com a mesma fonte, o cavalo encontra-se há cerca de três semanas preso no mesmo local, não tendo já à sua volta erva do pasto para comer. Os cidadãos também alegaram que nunca foi visto no local qualquer balde com água para o cavalo beber, deduzindo assim que a única água que o animal tem acesso é a da chuva. Pondo de parte a alimentação e, conforme se pode ver na fotografia, o cavalo tem variadas feridas na zona da cabeça, que são provocadas pela cabeçada. Estas feridas atingem uma maior gravidade porque algumas delas já têm, para além de moscas, larvas à sua volta. As testemunhas salientam ainda que apesar do animal se encontrar tão mal-tratado, ainda tem hipóteses de recuperar e voltar a ser saudável. “Ainda é possível fazer alguma coisa”, afirmaram, acrescentando que, caso o dono queira, eles ficam com o animal. Os mesmos revelaram que nos últimos dois dias levaram comida ao cavalo, mas que não podem continuar a fazê-lo, enquanto não se souber quem é o dono do animal. Até mesmo porque, embora o dono dê a entender que não está preocupado com o cavalo, pode não gostar que “estranhos” estejam a alimentar o seu animal. Além disso, as testemunhas demonstraram grande preocupação com os ferimentos que o cavalo tem na cabeça, afirmando que “há zonas que estão podres”. Ainda de acordo com esta fonte, tanto um veterinário de Ponta Delgada, como a Guarda Nacional Republicana (GNR) nos Açores estão a par do caso. Contactado pelo AO, o veterinário confirmou a ocorrência, afirmando tratar-se de uma situação de maus tratos. No entanto, este não quis prestar mais declarações, indicando que as autoridades policiais do concelho já estão a tratar da ocorrência. Quanto à GNR, esta também confirmou a situação, acrescentando que “estamos a averiguar o caso”. De acordo com o comandante do Comando Territorial dos Açores da GNR, major Noé Fernandes, há já um indivíduo suspeito de ser o dono do cavalo, mas “ainda não há certezas”. Ainda segundo o comandante, o animal deveria ser retirado do local onde se encontra para que pudesse ser alimentado e as suas feridas tratadas. No entanto, a GNRafirma não possuir as condições necessárias para guardar o cavalo, visto tratar-se de um animal de grande porte.||

Fonte do texto e foto: Açoriano Oriental, 5 de Agosto de 2009

3.8.09

Carta a los taurinos




Pídeme respeto aficionado taurino, exígemelo una vez más que ya estoy acostumbrado a esa demanda en tu boca, tanto como a ver reflejada en tus ojos la agonía de un animal y a sentir cómo tu corazón, embriagado de placer, se acelera a medida que se va apagando el del toro. Y es que su muerte alienta tu vida, por difícil que resulte de aceptar, tu espíritu se alimenta de los cadáveres que siembra tu crueldad.
Me dices que si no me agrada lo que a ti tanto te apasiona, que me limite a no participar de ello, pero que en modo alguno se me ocurra criticar tu conducta o clamar por el fin de lo que a mí me aterra y a ti te fascina: que un animal sea torturado y asesinado por un hombre. Y lo hace porque tú disfrutas y pagas por ello.
Si yo me callo, taurino enojado, tú te sientes más a gusto; si no denuncio, tu sensación de impunidad es mayor; si me olvido de lo que haces, te libro de un incómodo problema. Es cierto, pero mi silencio, con ser tu bienestar, también constituye la seguridad de que miles de animales van a continuar sufriendo y muriendo por ti, para ti y gracias a ti. Y eso no me lo pidas, que tu ferocidad no es, no puede ser, la medida de los valores humanos. Representas la degradación y yo, como hombre, he de luchar contra eso y jamas otorgar con mi mutismo una conformidad que consolida la permanencia de tu depravación.

Si enmudecen los detractores de la tauromaquia, nada se interpone entre los taurinos y sus víctimas, lo que supone condenarlas al padecimiento extremo generación tras generación, la suyas y las nuestras, unas las de los verdugos, otras las de los ejecutados, en una representación sangrienta, vergonzosa y que tú, taurófilo molesto con mi intromisión, pretendes eterna. ¿Cómo encubrir tu impiedad callando ante ella?.
Tú no quieres respeto, de hecho desconoces el significado de este término y en todo caso, eres el primero en despreciar tal valor; tú lo que necesitas y me exiges es que sea cómplice de tu crimen. Acáso también quisieras que si paso junto a una mujer que está siendo violada en un portal, no me detenga y siga mi camino en señal de respeto al criminal.

Claro, forzar sexualmente es un delito y ensartar con el acero una vez tras otra a un toro es arte. Pues tal vez me lo hubieras reclamado igual en la Norteamérica esclavista si la víctima fuese un negro apaleado por su amo, ya que allí y entonces era legal hacerlo, como aquí y ahora lo es la tauromaquia.

No sé si para ti la dignidad de una acción queda determinada por su legalidad, pero desde luego que en mi caso, ni tu defensa de la tortura, ni tu absoluto desprecio por el sufrimiento de un ser vivo y ni tan siquiera la protección que la ley concede a tus miserables inclinaciones, van a lograr convencerme del silencio, y ya que insistes, tampoco de lo que tú llamas respeto, aunque yo prefiero denominarlo egoísmo y complicidad ante la vesanía humana. Qué degenerado está tu sentido de la justicia taurino, que te atreves a requerir tolerancia en nombre de la libertad mientras no te apiadas de aquel de cuya muerte eres partícipe.

No me pidas que recubra mi conciencia con el mismo callo que envuelve tu sensibilidad. No me basta con no mirar para olvidarme del dolor infinito de esos toros, ese que tú ignoras y que no te conmueve; ni para no saber de su tremendo miedo, el mismo que tú les provocas. No me exijas, en fin, que sea como tú, llamando arte a la crueldad, honor a la ruindad, valentía a la cobardía y cultura al sadismo. Ni tampoco confundas el respeto con la aquiescencia ante el crimen que apeteces.
Cuando tú respetes a los animales, yo dejaré de inmiscuirme en lo que haces. Mientras tanto, me tendrás enfrente. No lo dudes. Sé que te resulto muy molesto y la verdad, esa es una de mis pretensiones: entorpecer en lo posible tu repugnante forma de entretenerte. Porque entre tu "diversión" y mi rechazo, no olvides que hay un ser vivo al que no le has dicho como a mí: "Si no te gusta morir en la plaza no te quedes en ella, vete". Él no puede escoger, ¿verdad?, pues mientras el toro no tenga la oportunidad de hacerlo, tú tampoco gozarás de la libertad de matarlo sin que yo, y millones como yo, tratemos de evitarlo.

Julio Ortega Fraile

www.findelmaltratoanimal.blogspot.com

2.8.09

Contra a Vontade dos Micaelenses



Quem terá pago a tourada promovida, hoje, pela Junta de Freguesia das Capelas? A verba gerada pela gestão do cemitério local?

Não é Arte nem Cultura. É Tortura


“No es arte ni cultura. Es tortura”

Óscar Chaves
Diagonal


Un verano más, los pueblos y ciudades de nuestra geografía se preparan para acoger sus fiestas populares. En muchas de ellas, con un escaso control por parte de la Administración, se organizarán espectáculos taurinos. El movimiento contra la tauromaquia, por su parte, muy activo en los últimos tiempos, prepara su réplica en forma de denuncia pública contra el maltrato de los animales. Sus acciones directas en plazas de toros y encierros, más allá de la hostilidad manifiesta de los aficionados a la lidia, cada vez más minoritarios, han conseguido extender la oposición a esta forma de “tortura”.
“El mundo del negocio taurino trata de moverse para aparentar que sigue vivo y con futuro pero lo importante es que sigue aumentando la edad media de los aficionados. Puede parecer que hay más toreo porque hay más información sobre toros y toreros. Pero si preguntas en la calle la respuesta será indudable: a la gente joven no le interesan los toros, salvo excepciones. ¿Por qué sino se oponen los taurinos a que la Administración consulte a la sociedad sobre el tema?”, se pregunta Eneko Pérez, de la organización Equanimal. Según un estudio realizado por Gallup en 2006, el 72,1% de la población del Estado afirma no tener ningún interés en los espectáculos taurinos, un porcentaje que sube al 78,5% en las mujeres y al 81,7% en las personas entre 15 y 24 años. Una pérdida de simpatías que tiene su reflejo en las corridas de toros, que según datos de Interior cayeron un 15,4% en 2008 respecto al año anterior. Por contra, los festejos menores (como becerradas o el toreo cómico) crecieron un 4,6%. A pesar de estos datos, las Comunidades Autónomas siguen dando ayudas millonarias al mundo del toreo y sólo la Junta de Andalucía incrementó la financiación para las escuelas taurinas de 300.000 a 400.000 euros en el último año, lo que permitió la creación de cuatro nuevas escuelas en la región. Al descenso de una actividad que la mayoría considera anacrónica ha contribuido el trabajo de denuncia del pujante y variado movimiento contra la tauromaquia, que con sus acciones muestra la cara menos amable de la “Fiesta nacional”: el sufrimiento de los animales y los intereses empresariales de la lidia y sus conexiones políticas. La mayoría de los grupos antitaurinos, PACMA, Equanimal, Defensa Animal y AnimaNaturalis, entre ellos, enmarcan su denuncia en una lucha más general contra el especismo (discriminación basada en la especie) y por los derechos de los animales. Así, se oponen a que éstos sean usados como comida, entretenimiento, experimentación y vestimenta. El éxito de los desnudos ante las plazas de Pamplona o Madrid de AnimaNaturalis y PETA, la actividad de la Asociación de Veterinarios Abolicionistas de la Tauromaquia o los arriesgados asaltos a los fosos taurinos de Equanimal, una entidad que nace en 2006 de la fusión de dos grupos históricos (Alternativa para la Liberación Animal y Derechos para los Animales), además de proyectar la denuncia más allá de nuestras fronteras, muestran el crecimiento de un movimiento cada vez más profesionalizado, solvente y activo.
________________________________________
Los encierros, tampoco
En un comunicado oficial, PACMA señala al Ayuntamiento de Pamplona como responsable de la muerte de un corredor en los pasados encierros de San Fermín. Además del estrés que, a niveles intolerables, se producen a los animales, se obvia por sistema que son sacrificados tras el encierro en la mayoría de las ocasiones. Todo ello justificado por la importante fuente de ingresos que supone para la ciudad. Son las fiestas populares donde se producen las más altas dosis de crueldad y que menos se ciñen a la “tradición” taurina.
________________________________________
FORTALEZAS
GRAN IMPACTO MEDIÁTICO: Los encierros de personas desnudas en San Fermín o las performances de cientos de activistas ante las plazas de toros consiguen llevar a primera plana la oposición a la lidia.
LA DENUNCIA SE DA EN TERRENO FÉRTIL: Según la última encuesta sobre tauromaquia, realizada por el gobierno de Castilla La Mancha en 2007, la población española valora con un 3,3 (sobre 10) su gusto por los toros.
ELEVADA IMPLICACIÓN DEL ACTIVISMO: Si algo define a los activistas antitaurinos y, en general, a los animalistas es su perseverancia. El respeto por los animales se traslada a todos los ámbitos de sus vidas.
________________________________________
DEBILIDADES:
IMAGEN DE EXTREMISMO: La imagen de “veganos radicales” que a menudo se proyecta de los activistas no ayuda al crecimiento de un movimiento que usa como arma la acción directa noviolenta.
EXCESO DE PASIÓN: Aunque la pasión con la que viven los activistas su trabajo de denuncia es también una virtud, a veces juega en contra de la eficacia de las acciones y hace perder la perspectiva global.
INCAPACIDAD DE VER A LARGO PLAZO: Centrados en conseguir objetivos aquí y ahora, a través de todo tipo de actividades, los grupos antitaurinos muchas veces descuidan la estrategia a largo plazo.
________________________________________
UN PARTIDO ANTITAURINO, NOVENA FUERZA POLÍTICA EN LA ‘PIEL DE TORO’RAFA CALLEJA (REDACCIÓN) Una de las pocas noticias relevantes que arrojaron los datos de las pasadas elecciones al Parlamento Europeo fue que el debutante y especializado Partido Antitaurino Contra el Maltrato Animal (PACMA) se convirtiera, con 45.000 votos, en la novena fuerza política del Estado español. Silvia Barquero, responsable de comunicación del partido, indicó a DIAGONAL que están “contentos con los resultados, pero no son una sorpresa. Partidos especializados como el nuestro ofrecen una alternativa al actual panorama de la política institucional”. PACMA no pretende ser flor de un día y se marca fines a medio y largo plazo: “Nuestro objetivo es alcanzar representación parlamentaria y que se tengan en cuenta todos esos votos que han priorizado la necesidad de la defensa de los derechos de los animales. Queremos dar caña política”. Aunque pueda parecer lo contrario, el respeto a los derechos de los animales no ha empapado aún el programa de muchos partidos. De hecho, el PP defiende abiertamente la celebración de corridas de toros y el PSOE ha vuelto a incumplir sus promesas electorales en esta materia. “Prometieron una leymarco de defensa de los derechos de los animales para esta legislatura. Desde PACMA hemos insistido al Gobierno para que cumpla y la promulgue de una vez”, comenta Barquero. Los datos obtenidos del Ministerio de Interior, que es el organismo encargado de legislar y controlar este tipo de espectáculos, ofrecen cifras inimaginables en cualquier otro Estado que se pretenda “civilizado”: 13.349 toros, novillos y becerros menores de cuatro años, fueron sacrificados, el 80% en los 15.000 festejos populares que se celebran cada año con los animales como tristes protagonistas y el resto en corridas. A esta carnicería hay que añadir la incompetencia del Ministerio en cuestión: “Incumple sistemáticamente el Reglamento de Espectáculos Taurinos al no facilitar los datos por comunidades ni tienen idea de los festejos concretos”, apuntan desde PACMA. En una sociedad con un gran desconocimiento del reino animal, movimientos como el que ha dado voz PACMA en las últimas elecciones tienen mucho trabajo que hacer. “Proponemos un cambio de actitud”, expone Silvia Barquero, a modo de declaración de principios. “Queremos ser una lucha más dentro de los movimientos sociales, para incluir en nuestro círculo de consideración moral a los animales, los más desfavorecidos y olvidados, aunque sienten y sufren como nosotros”.

Fonte: http://www.rebelion.org