12.3.13

Adeus Graciosa



Com a classificação da tauromaquia como Património Cultural Imaterial a Graciosa isola-se do Mundo Civilizado


No dia 26 de Fevereiro de 2013, a Assembleia Municipal da Graciosa aprovou uma proposta no sentido de classificar a tauromaquia como património cultural imaterial.

A tourada já existiu em quase todos os países europeus e terá chegado a Portugal através dos espanhóis, a provar o afirmado basta o exemplo de alguns vocábulos usados: afición, faena, chicuelina, tentadero, templados, derechazos, quiebros, revolera, etc.

Hoje, restam poucos países onde as touradas ainda são permitidas e já não são motivo de orgulho para ninguém.

Em pleno século XXI, não é aceitável uma “cultura” que fomenta a violência e glorifica a barbárie e a tortura de animais, que divide as pessoas e que deseduca e habitua as crianças e jovens.

Mais do que estimular tradições ditas locais (sabe-se que a tourada foi “exportada” da Terceira para a Graciosa), os autarcas da Graciosa deviam apostar em atividades que beneficiassem a ilha em termos culturais , sociais e económicos.

Não tendo tirado o devido partido, em termos de promoção da ilha, da Classificação da Graciosa como Reserva da Bioesfera os autarcas com a sua decisão assumiram uma visão populista que se destinou apenas a servir os interesses da indústria tauromáquica da ilha Terceira.

Isolada no contexto regional, a decisão da Assembleia Municipal de Santa Cruz da Graciosa, colocou a ilha na lista das localidades onde impera a insensibilidade e onde torturar um animal para divertimento é um ato banal que tem a anuência dos políticos locais.

A partir de agora a Graciosa vai ficar mais isolada do Mundo civilizado.

A história não se esquecerá nem perdoará os autarcas da Graciosa que votaram a favor da classificação da tauromaquia como património cultural imaterial

Açores, 11 de Março de 2013

Abrigo- Associação de Protecção à Fauna e à Flora (Azambuja)

APAAC - ASSOCIAÇÃO DE PROTEÇÃO AOS ANIMAIS ABANDONADOS DO CARTAXO

AAT - Algarve pela Abolição da Tauromaquia

Associação Agir pelos Animais (Coimbra)

Associação dos Amigos dos Animais da Graciosa

Associação Projecto Animais de Barcelos

A.P.D.A.A. - Associação Portuguesa de Direitos dos Animais e do Ambiente

ASPA- Associação Scalabitana Proteção de Animais

CAES- Coletivo Açoriano de Ecologia Social

CADEP-CN- Clube dos Amigos e Defensores do Património-Cultural e Natural

CAPT - Campanha Abolicionista da Tauromaquia em Portugal

MATP (A)- Movimento Anti Touradas de Portugal- Açores

MCATA- Movimento Cívico Abolicionista da Tauromaquia nos Açores

Midas - Movimento Internacional em Defesa dos Animais

Movimento Internacional Anti-Touradas


By considering bullfighting its cultural and intangible heritage, Graciosa Island isolates itself from the civilized world.

On February 26, 2013, the town council of Graciosa Island approved a proposal to classify bullfighting as cultural and intangible heritage.

Bullfighting used to exist in almost every European countries and started in Portugal through Spanish influence, and to prove it one just needs to recall some of the used words: afición, faena, chicuelina, tentadero, templados, derechazos, quiebros, revolera, etc.

Today there are very few countries where bullfights are still allowed since they are no longer something to be proud of.

In the 21st century a “culture” which promotes violence and glorifies the barbaric torture of animals is no longer acceptable, misguiding and desensitizing both children and young people, while dividing people’s opinions.

Rather than stimulating supposed local traditions (it is common knowledge that bullfighting was imported from Terceira Island), the local councilors from Graciosa should be fostering cultural, social and economical activities that enrich and praise the land and its people.

Neglecting to fully and truly promote the island as a biosphere reserve, the local councilors embraced through this decision a populist proposal aimed to serve the interests of the bullfighting industry from the Island of Terceira.

Isolated from the regional context, the town council of Santa Cruz, Graciosa Island, placed itself on the list of places where insensitivity rules and where torturing an animal for entertainment is a common act under the consent of local politicians.

From this day forward Graciosa will become even further isolated from the civilized world.

History will not forget nor forgive these local councilors that voted in favor of the classification of bullfighting as Graciosa’s cultural and intangible heritage.

O Princípio do Fim


Uma vitória histórica para os animais pelo fim da tortura em nome da beleza

A partir desta segunda-feira (11), está proibida na União Europeia (UE) a comercialização de qualquer cosmético que tenha sido testado em animais. A proibição vale também para os ingredientes de produtos cosméticos e não apenas para os produtos finais (veja aqui).
A União Europeia é o maior mercado cosmético do mundo, com uma população estimada em mais de 500 milhões de pessoas. A declaração publicada hoje é uma vitória na luta pelos Direitos dos Animais que dura mais de 20 anos.
Formam a União Europeia os seguintes Estados-membros: Áustria, Bélgica, Bulgária, Chipre, República Checa, Dinamarca, Estónia, Finlândia, França, Alemanha, Grécia, Hungria, Irlanda, Itália, Letónia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Países Baixos, Polónia, Portugal, Roménia, Eslováquia, Eslovénia, Espanha, Suécia e Reino Unido.

Veja como vai funcionar na prática


Nenhuma empresa poderá licenciar um novo produto cosmético para comércio em qualquer país que compõe a União Europeia sem declarações oficiais de que o produto não teve sua segurança e eficácia avaliadas em testes com animais. Mais que isso, a empresa deverá esclarecer quais testes alternativos usou para garantir que aquele produto é seguro para os consumidores.
Os produtos que foram testados em animais antes da proibição de 11 de março poderão continuar sendo vendidos, desde que tenham seus certificados de segurança anteriores a esta data e que não precisem de novos testes em animais.

Grandes empresas terão que se adaptar ou simplesmente deixar de vender para 500 milhões de consumidores europeus

Segundo matéria do New York Times, a gigante francesa L’Oréal disse que vai respeitar a proibição da União Europeia e não vai mais vender produtos testados em animais no mercado europeu. Porém, não deixou claro sobre a venda de produtos testados em animais em outros países, o que abre precedente para que a companhia continue testando em animais para vender na China e não lance novos produtos na Europa, por exemplo.
A “Cosmetics Europe”, uma associação de fabricantes de comséticos da Europa, declarou, através de nota em seu site, que não concorda com a decisão da União Europeia. Segundo o texto, a medida vai impedir que novos produtos cosméticos sejam lançados na UE, uma vez que a ciência não está preparada ainda para substituir todos os testes em animais por métodos alternativos.
Já Tonio Borg, Comissário Europeu responsável pela Política da Saúde e dos Consumidores, declarou:
“A entrada em vigor hoje da proibição total de comercialização constitui um sinal importante do valor que a Europa atribui ao bem-estar dos animais. A Comissão está empenhada em continuar a apoiar o desenvolvimento de métodos alternativos e a dialogar com os países terceiros para que sigam a nossa abordagem europeia. Trata-se de uma grande oportunidade para a Europa dar um exemplo de inovação responsável no domínio dos cosméticos, sem que tal afete a segurança dos consumidores.”
As declarações de Tonio soam como música aos ouvidos dos protetores dos animais, que lutam por uma medida como a que foi anunciada hoje há mais de duas décadas.
Fonte: http://vista-se.com.br/redesocial/11-de-marco-de-2013-um-marco-historico-uniao-europeia-proibe-a-venda-e-importacao-de-cosmeticos-testados-em-animais/?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+vista-se+%28Vista-se%29

6.3.13

Pelo fim dos subsídios públicos à tauromaquia nos Açores



O Movimento Cívico Abolicionista da Tauromaquia nos Açores (MCATA) condena a rejeição por parte dos partidos da maioria da petição pública “Pelo fim dos subsídios públicos à tauromaquia nos Açores”, apresentada na Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores (ALRAA) e discutida em sessão plenária no passado dia 22 de fevereiro. O MCATA lamenta igualmente que a maior petição pública apresentada até o momento na região, com quase 2.500 assinaturas, tenha sido ignorada durante meses, discutida em plenário sem conhecimento dos primeiros peticionários, e finalmente rejeitada com base em argumentos falsos e despropositados. Com esta atitude a Assembleia e os partidos mais votados fizeram um fraco serviço à democracia e à tão desejada participação pública da cidadania nos assuntos que lhe dizem respeito.

O MCATA quer manifestar a sua indignação por alguns argumentos e atitudes utilizados no plenário da ALRAA, e assim gostava de salientar que:

A ALRAA não pode agora olhar para o outro lado e ignorar o tema dos subsídios públicos dados à tauromaquia precisamente quando o número de touradas realizadas na região duplicou nas duas últimas décadas devido ao número crescente de apoios públicos dados a esta actividade pelo governo regional e pelas autarquias. Se durante muitos anos sobrou tanto dinheiro público para oferecer à industria tauromáquica, agora, num momento de tantas dificuldades para a região, parece ser de elementar justiça cortar definitivamente com esses apoios.

Não é eticamente aceitável que todos os cidadãos açorianos estejam a pagar através dos seus impostos a manutenção da actividade tauromáquica quando a grande maioria deles mostra uma profunda aversão contra a realização destas práticas cruéis e violentas, proibidas na maioria dos países e que só continuam a estar permitidas em Portugal devido a uma absurda excepção introduzida nas leis vigentes. Nenhuns contribuintes podem estar obrigados a pagar para a realização duma actividade anacrónica, violenta e minoritária, quando ao mesmo tempo estão a passar por tantas dificuldades económicas e estão a lutar diariamente para manter os seus direitos mais básicos, como são a alimentação, a habitação, a saúde ou a educação.

Os deputados da ALRAA têm todas as competências necessárias em matéria de política educativa e cultural para decidir que actividades recebem ou não subsídios regionais. Queremos relembrar que estes subsídios têm-se traduzido nos últimos anos em quantidades muito elevadas, como por exemplo os 69.850 euros atribuídos a fundo perdido por parte da Secretaria Regional da Agricultura e Florestas em 2009 ou os 75.000 euros atribuídos pelo Governo Regional para a realização dum Fórum tauromáquico em 2012. Mas também têm-se traduzido em quantidades pequenas e muito regulares, como demonstra o facto de só nos últimos meses terem sido já atribuídos mais 22.700 euros.

O MCATA quer ainda denunciar as tristes declarações proferidas na ALRAA pelo deputado Luís Rendeiro, do PSD, a propósito desta Petição. Só podemos qualificar como completamente disparatadas, ou mesmo cómicas, afirmações como que os touros são respeitados nas touradas, que as touradas são essenciais para o turismo da região, que têm retorno para o bem-estar social, ou que são um contributo para a manutenção dos ecossistemas naturais. Achamos que todos os peticionários e a sua proposta mereciam mais respeito por parte deste deputado.

O MCATA manifesta que vai continuar a lutar pelo fim dos subsídios públicos à tauromaquia nos Açores, fim que considera justo e legítimo, mediante a realização de novas acções e campanhas (http://iniciativa-de-cidadaos.blogspot.pt).

Açores, 3 de Março de 2013

A Equipa do MCATA

ANEXO

Alguns subsídios atribuídos diretamente pelo Governo Regional à indústria tauromáquica:

(ARCTTC - Associação Regional de Criadores de Toiros da Tourada à Corda; TTT - Tertúlia Tauromáquica Terceirense)


50.000 € - ARCTTC (Portaria nº 30/2004, de 6 de Janeiro de 2004)

35.000 € - ARCTTC, 2004, a fundo perdido pela Secretaria Regional da Agricultura e Pescas (Portaria nº 500/2004, de 7 de Setembro de 2004)

66.000 € - ARCTTC (Portaria n.º 634/2005 de 13 de Dezembro de 2005)

109.448 € - ARCTTC (Portaria n.º 491/2008 de 24 de Julho de 2008)

50.000 € - TTT (2008, Listagem de subsídios atribuídos ao abrigo do DLR nº18/2005/A)

7.500 € - Tertúlia Tauromáquica Picoense (Portaria nº 575/2008, de 19 de Agosto de 2008)

69.850 € - ARCTTC, 2009, a fundo perdido pela Secretaria Regional da Agricultura e Florestas (Portaria nº 394/2009, de 9 de Junho de 2009)

49.000 € - ARCTTC (2009, Subsídio da Secretaria Regional da Agricultura e Florestas)

68.585 € - TTT (2007-2013, Prorural)

3.000 € - Grupo de Forcados Amadores da TTT, 2011, corrida promocional no Campo Pequeno, pela Secretaria Regional de Economia (Despacho de 17 Novembro de 2011)


No último ano, 2012:

75.000 € - TTT (pelo Governo Regional para a realização dum Fórum tauromáquico)

5.000 € - Delegação Açores Casa Pessoal RTP, 5ª tourada à corda


2.000 € - TTT, pela Presidência do Governo Regional (Despacho nº 1451/2012, de 22 de Outubro de 2012)

5.000 € - ARCTTC, pela Secretaria Regional da Agricultura e Florestas (Portaria nº 1700/2012, de 31 de Outubro de 2012)

15.700 € - ARCTTC, pela Secretaria Regional da Agricultura e Florestas (Portaria nº 1771/2012, de 16 de Novembro de 2012)

Animais e crianças autistas

1.3.13

Dinheiros públicos para as touradas? Não!



Caro(a)s amigo(a)s

Está na hora de darmos a cara e exigirmos uma gestão criteriosa dos dinheiros públicos. O MCATA - Movimento Cívico Abolicionista da Tauromaquia dos Açores lançou uma campanha nesse sentido.

Para que a mesma tenha algum impacto necessitamos de muitas fotografias (em anexo envio para exemplificar uma minha) que divulgaremos nas redes sociais, blogues e serão enviadas aos governantes e deputados.

Ajude o MCATA, seguindo os passos a seguir:

- Descarregue o cartaz (em anexo)

- Imprima

- Tire uma fotografia

- Envie-nos a foto para acoresmelhores@gmail.com que nós encaminharemos

(Como alternativa poderá fazer uma montagem com uma foto sua ou enviar-nos uma foto que nós fazemos a montagem)

Bom fim de semana