31.12.12

PERIGOS DOS FOGOS DE ARTIFÍCIO




Problemas mais frequentes:
Fugas: os animais perdem-se, podem ser atropelados ou provocar acidentes
Mortes: enforcando-se na própria coleira quando não conseguem rompê-la para fugir, atirando-se de janelas, atravessando portas de vidro, batendo com a cabeça nas paredes, ficando entalados em grades
Ferimentos Graves: quando são atingidos por foguetes, ou, sem saberem, quando abocanham uma cana por acharem que é um brinquedo
Traumas: mudanças de temperamento, pânico e/ou agressividade
Ataques: investidas contra outros animais e/ou contra humanos, mesmo que estes sejam seus conhecidos
Mutilações: no desespero para fugir, podem mutilar-se, ao tentarem atravessar grades e portões
Convulsões: (ataques epileptiformes)
Afogamento em piscinas, tanques e poços
Quedas de andares ou de alturas superiores
Aprisionamentos indesejados em locais de difícil acesso
Paragens cardio-respiratórias

Recomendações:
Acomodar os animais dentro de casa, onde possam sentir-se em segurança, com iluminação suave, e, se possível, um rádio ligado com música;
Fechar portas e janelas para evitar fugas;
Dar alimentos leves, já que os distúrbios digestivos provocados pelo pânico podem matar (por exemplo, por torção do estômago, especialmente em animais de porte grande);
Cobertores pesados estendidos nas janelas ajudam a abafar o som, bem como cobertores no chão ou um edredão sobre o animal;
Não deixar muitos cães juntos, porque, excitados pelo barulho, podem lutar até a morte. Tente deixá-los em quartos/divisões separados/as, para evitar que na altura dos fogos se mordam uns aos outros por desespero;
Algumas horas antes da meia-noite leve o/os animal/animais para perto da televisão ou de um rádio e aumente aos poucos o volume, para que se distraia/m e se vá/vão habituando ao som alto. Assim, não ficará/ficarão tão assustado/s com o barulho intenso e inesperado dos fogos;
Alguns veterinários aconselham o uso de tampões de algodão nos ouvidos; podem ser colocados alguns minutos antes e tirados logo após os fogos;
Por favor não tome a iniciativa de sedar um animal. Nunca deve recorrer a calmantes e/ou sedativos sem que estes estejam devidamente prescritos pelo médico-veterinário assistente;
Todos os animais se assustam facilmente nas épocas festivas com o barulho dos foguetes. O pânico desorienta-os, e fá-los correr sem destino;
Tente evitar as situações acima descritas, garantindo aos animais condições mínimas de segurança, evitando ambientes conturbados e barulhentos (desde antes da meia-noite; umas 3 horas antes seria o ideal), e transmitindo-lhes, na medida do possível, paz e tranquilidade, dando-lhes a sensação de que tudo está bem e sob controlo.

Com prudência, atenção, e um pouco de boa vontade, podem evitar-se fatalidades.

Fonte: Animal

30.12.12

Terceirense Contra as Touradas





Carta ao sr. Governador Civil, com um pedido particular
Vila Franca de Xira, Outubro de 1925
Exmo. Sr.
Eu sei que V. Ex.ª tem muito que fazer e muito em que pensar. O cargo de Governador Civil de Lisboa é dos que dão água pela barba. É certo que as coisas da política e das eleições se aldrabam pelo Terreiro do Paço; que a ordem pública é com a Polícia e o Carmo - lá as armam lá as desarmam; que dos abastecimentos se encarrega aquela bela rapaziada dos fiscais; e que os passaportes correm pela repartição respectiva; mas tem Vª Ex.ª esse calvário da inspecção dos teatros e a tragédia de dar esmolas com o dinheiro das casas de batota. Só nisto das esmolas V. Ex.ª ganha- queixa do peito! Distraia porém V. Ex.ª alguns momentos desse seu Governo e escute-me.
Há dias realizou-se nesta vila uma tourada, em que foram mortos dois touros. Diziam que era proibido matar. Tolices! O representante da autoridade, representante portanto de Vª Ex.ª, do Dr. Sr. Domingos Pereira e do Sr. Teixeira Gomes, atendeu os justos pedidos da população, que gritava: que se mate, que se mate! E voltou o polegar para baixo…E dois touros rolaram na arena sangrenta, como outrora os cristãos no Coliseu dos Recreios de Nero…
Ouça Vª Ex.ª a descrição do tipo de um dos touros, feita cá por um “colega”: - “Outro bicho! AH! Gente de bom gosto! Que lindo bicho! É um jabonero, novito, mas lindo, tipo de escultura, cabeça nervosa e hastes curtas e aguçadas”.
Repare Vª Ex.ª agora a cena:
“Então o de Triana (matador) aponta e a espada, tocando o osso descaída, salta ao chão. O bicho pensa: ainda não foi desta, e dá duas voltas feliz. Mas Angelito tapa-o com o pano vermelho, perfila-se de lado, aponta e a espada vai, com destino ao coração, até ao meio, ferido de morte, o jabonero não ajoelha. Fica ao centro a olhar o sol, que venceu as nuvens e enche a praça.
Respiração suspensa. Capotes, mais capotes, e o lindo bicho encosta-se às tábuas, à espera, à espera…
Enfim, o de Triana toma outra espada, fina – como uma sentença de morte – e descabella, com felicidade.
Lindo touro! Caiu redondo… Emoção. Voltas. Música. Palmas. Lenços.”
E o cronista conta por último, que depois da corrida o jabonero foi passeado, morto, de trem, pelas ruas desta vila “vencido e orgulhoso”.
A quem ficamos devendo todo este espectáculo extraordinariamente emocionante? Ora a quem… Ao Malta. Vª Exª não conhece?! Nem V.Exª conhece outra coisa! O Malta! O Maltazinho… Um companheirão, um “cara direita” e um “bom republicano!”.

Pois aqui tem Vª Ex.ª porque o venho incomodar. O povo quer recompensar Malta. Pensou-se em oferecer-lhe um banquete na Lezíria, em elegê-lo deputado, em nomeá-lo revolucionário civil. A modéstia de Malta obstinadamente recusa. Há uma coisa porém, a que nenhum Malta resiste… Vª Ex.ª. já me percebeu… É aquilo que Vossas Ex. as todos têm, que, numa palavra, a Malta toda possui!...
É a medalhinha, a venera ou lá o que é e que pelo nome não perca.
A Torre e Espada estava a calhar. O valor, a lealdade e o mérito ali! que nem um homem. Se não puder ser porém – o Cristo. O Cristo, Sr. Governador, com a sua roseta vermelha, até estava a dizer… E mesmo o Santiago, porque não? O mérito científico, artístico e literário, demonstram-se ali. Aquilo tem muita ciência e muita arte e dá lugar a muita boa literatura, como Vª Exª pode verificar pela amostra acima.
Ao menos Sr. Governador Civil se de todo em todo não puder ser qualquer das outras – a Filantropia e a Generosidade. Pois não há filantropia e generosidade em poupar trabalho aos magarefes, dando ao mesmo tempo uma lição de disciplina democrática, de obediência à vontade popular?
Porque foi o Povo, o Povo soberano quem exigiu a morte do touro. Foi o Povo, foi o “Sol” quem gritou: que se mate, que se mate! E a autoridade, verdadeiramente cônscia dos seus deveres – obedeceu. Então porque merece ser premiada a autoridade? Por ter sabido romper com uma ignominiosa tradição secular. É certo que Vª Ex.ª e o Sr. Presidente da República já tinham autorizado os rojões mas, que é isso comparado com aquele estranho ritual de apontar a espada, que toca o osso “descaída” e salta ao chão; com aquela volúpia de “tapar” o touro com o pano vermelho, “perfilar-se” uma pessoa de lado e apontar a espada que vai, com destino ao coração, até ao meio, com aquele delírio de tomar outra espada, fina como uma sentença de morte e de descabellar com felicidade?
Note Vª Exª – com felicidade; e depois passear pelas ruas o touro de tipóia, morto, “vencido e orgulhoso”.
É por estas e por outras que se verifica, Sr. Governador, que esta República é aquela que por nós sonhávamos, nós que não pensamos como esse reaccionário Boto Machado, que apresentou no Parlamento um projecto de lei abolindo as touradas, nós, os “aficionados”, recebemos dinheiro dos “apoderados”, para os touros serem “estoqueados”.
Do que o povo precisa é disto, Sr. Governador, destas lições de valentia e de coragem moral. Dêem-lhe touros de morte e autoridades democráticas, dêem-lhes um pouco de sangue, mesmo de boi, e ele regressará galhardo aos tempos heróicos das Conquistas, das Navegações e dos Descobrimentos.

Vª. Ex.ª, pela sua rica saúde, não vá supor que estou falando por ironia. Isto é a pura da verdade. Temos exemplos de casos bem recentes. Olhe Vª Exª o 19 de Outubro… Vª Exª ainda não tinha autorizado os touros-de-morte, mas só com o cheiro do que ia por Espanha, fez-se aí uma “faena”linda.
Vª Ex.ª lembra-se do homem que matou António Granjo? Era um clarim ou corneteiro da G.N.R. (nunca se apurou bem se era uma coisa ou outra, só se sabe que era da música), que ao sair do Arsenal com o sabre, que embebera no corpo desse politico, a pingar sangue, rugia – já o pinchei, já o pinchei!
Vê Vª Ex.ª! ... Termos técnicos. Linguagem tauromáquica.
Amanhã quando suceder o mesmo ao Sr. Dr. Domingos Pereira ou a Vª Ex.ª (longe vá o agouro!), outro clarim ou outro corneteiro – outra da música- rugirá – já o descabellei, já o descabellei, com felicidade! ...
Não empalideça Vª Exª., que diabo! Somos homens! E os homens são para as ocasiões! Mas é a lógica. Com ensaios como o que o Malta regeu, “eles”, que já têm queda para a música, organizam aí um orfeão de primeiríssima ordem.
E olhe Vª Ex.ª que eu não vejo isto pelo “lado do boi”, vejo pelo lado “deles”, cá pelo meu lado. Conheço -“os”; conhecemo-nos. Quem finge desconhecê -“los”, que não se queixe depois.
Afinal, eu estava a desconversar. Não se esqueça Vª Ex.ª mas é da Legião Vermelha, Legião de Honra, Cruz de Guerra ou Cruz de Cristo lá para o Malta. Bem merece, o rapaz.
Que em boa verdade, este pedido não devia partir de mim, pobre diabo sem influências… Estavam lá na tourada tantos senhores finos. Até estavam jovens Professoras de Universidade; jornalistas de sangue azul e sangue às riscas; asas gloriosas de aviadores; próximos futuros certos deputados, tudo gente de bem e que se rebolou com o espectáculo que o Malta deu mai-lo da Triana.
Eles é que deviam falar, eles é que deviam pedir. Vª Exª a eles atendia-os e com certeza não vai escutar esta
Voz que Clama no deserto/Jaime Brasil
A Batalha, Suplemento Semanal Ilustrado, nº 99, 19/10/1925

4.12.12

Não manchar a imagem dos Açores











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PORTUGUÊS

Caros/as amigos/as,
Pedimos a vossa ajuda no envio desta carta que pede a retirada de videos de touradas dos postos de turismo das ilhas dos Açores.


Agradecemos desde já!





Para: acoresturismo@mail.telepac.pt, info.turismo@azores.gov.pt



cc: presidencia@azores.gov.pt, srtt-Info@azores.gov.pt, pt.de.smg@azores.gov.pt, pt.f.smg@azores.gov.pt, pt.ae.smg@azores.gov.pt, pt.de.ter@azores.gov.pt, pt.ae.ter@azores.gov.pt, pt.fai@azores.gov.pt, pt.pic@azores.gov.pt, pt.sjo@azores.gov.pt, pt.gra@azores.gov.pt, pt.sma@azores.gov.pt, pt.flo@azores.gov.pt, dt.lis@azores.gov.pt, pt.por@azores.gov.pt, associacaoportasdomar@gmail.com, turismoacores@visitazores.com, info@artazores.com



Bcc: mcatacores@gmail.com





Exmo Senhor Diretor Regional do Turismo

c/c Secretário Regional do Turismo e Transportes, ao Presidente do Governo

Regional dos Açores e aos responsáveis pelas Delegações e Postos de  Turismo dos Açores



Temos conhecimento de que em vários estabelecimentos comerciais, sobretudo os especializados em produtos para turistas, são emitidos regularmente vídeos sobre touradas à corda.



Destes estabelecimentos é bom exemplo a Loja Açores situada nas Portas do Mar, em Ponta Delgada, onde é possível encontrar três grandes ecrãs a passar, simultaneamente, vídeos de “Marradas”, que conhecemos bem através da publicidade aos mesmos que é feita no Youtube (http://youtu.be/2h-WhhqFjv4).



Os mencionados vídeos, para além de transmitem imagens de violência contra os animais, mostram a brutalidade duma tradição que provoca sofrimento às pessoas que, participando são voluntariamente ou não, alvo de ferimentos, nalguns casos de elevada gravidade, ou que acabam por morrer, como já aconteceu este ano na Terceira e no Pico.





Como pessoa consciente e compassiva, venho manifestar a minha preocupação pelo facto da transmissão das referidas imagens constituírem um poderoso instrumento de deseducação para insensibilizar, habituar e até viciar crianças e adultos no abuso sobre animais, o que poderá induzir mais violência sobre animais e sobre pessoas.



Para além do referido, as imagens transmitidas constituem uma enorme vergonha para os Açores e poderão dissuadir o turismo de muitas pessoas provenientes de países onde este tipo de eventos é fortemente repudiado e até perseguido criminalmente



Temos conhecimento que a transmissão de marradas nos aeroportos, para além de já terem deixado horrorizados alguns turistas, tem causado perplexidade a algumas pessoas que têm visitado a Região, a convite de empresas ou do próprio governo regional, e embaraço aos seus acompanhantes.



Face ao exposto, venho solicitar a tomada de medidas no sentido de por fim à transmissão de vídeos de marradas e touradas em todos os locais onde os mesmos possam contribuir para a banalização do sofrimento de animais e pessoas e para manchar a imagem dos Açores junto de potenciais visitantes.





Atentamente,

(Nome)





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ESPAÑOL

Compañeros e Compañeras, les pedimos su ayuda en el envío de esta carta solicitando la eliminación de los vídeos de las corridas de toros en las oficinas de turismo de las islas Azores. 

Muchas gracias!







Para: acoresturismo@mail.telepac.pt, info.turismo@azores.gov.pt



cc: presidencia@azores.gov.pt, srtt-Info@azores.gov.pt, pt.de.smg@azores.gov.pt, pt.f.smg@azores.gov.pt, pt.ae.smg@azores.gov.pt, pt.de.ter@azores.gov.pt, pt.ae.ter@azores.gov.pt, pt.fai@azores.gov.pt, pt.pic@azores.gov.pt, pt.sjo@azores.gov.pt, pt.gra@azores.gov.pt, pt.sma@azores.gov.pt, pt.flo@azores.gov.pt, dt.lis@azores.gov.pt, pt.por@azores.gov.pt, associacaoportasdomar@gmail.com, turismoacores@visitazores.com, info@artazores.com



Bcc: mcatacores@gmail.com







Exmo. Sr. Director Regional de Turismo

c/c Secretario Regional de los Transportes e Turismo , Presidente del Gobierno Regional de

Azores, responsables por las Delegaciones y Puestos de Turismo de Azores







Tenemos conocimiento de que en varios establecimientos comerciales, concretamente los especializados en productos regionales para turistas, son emitidos regularmente videos de eventos tauromáquicos con toros ensogados.





De este tipo de establecimientos constituye un buen ejemplo la “Loja Açores” situada en las Puertas del Mar, en Ponta Delgada, donde se encuentran tres grandes pantallas que pasan simultáneamente videos de “embestidas y cornadas” que son bien conocidos por la publicidad existente de ellos en Youtube (http://youtu.be/2h-WhhqFjv4).



Los videos mencionados, además de trasmitir imágenes de violencia contra los animales, muestran la brutalidad de una tradición que provoca sufrimiento a las personas que, participando o no de forma voluntaria, son objeto de daños corporales, en algunos casos de elevada gravedad, y que en ocasiones acaban incluso por fallecer, como ya sucedió este año en las islas de Terceira y Pico.



Como persona consciente y compasiva, quiero manifestar mi preocupación por el hecho de que la trasmisión de estas imágenes constituye sin duda un poderoso instrumento de deseducación que lleva a insensibilizar, habituar y hasta viciar a niños y adultos en el abuso contra animales, lo que podrá inducir en el futuro más violencia sobre animales y sobre personas.





Además, las imágenes trasmitidas constituyen una enorme vergüenza para las Azores y podrán disuadir para el turismo a muchas personas provenientes de países donde este tipo de eventos es fuertemente repudiado y hasta perseguido criminalmente.



Tenemos constancia de que la transmisión de estas “embestidas y cornadas” en los aeropuertos, además de dejar horrorizados a algunos turistas, ha causado una gran perplejidad a algunas personas que visitan la región, invitadas por empresas o por el propio gobierno, y un gran embarazo a sus acompañantes.



Considerando todo lo expuesto, solicito que se tomen medidas para poner fin a la trasmisión de estos videos en todos los lugares donde puedan contribuir para la banalización del sufrimiento de animales y de personas y donde puedan contribuir para manchar la imagen de las Azores frente a potenciales visitantes.





Atentamente

(Nombre)





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FRANÇAIS

Chers camarades
Nous demandons votre aide en envoyant cette lettre demandant le retrait des vidéos de corridas de bureaux de tourisme des îles Açores.
Je vous remercie à l'avance!








Envoyer à: acoresturismo@mail.telepac.pt, info.turismo@azores.gov.pt



cc: presidencia@azores.gov.pt, srtt-Info@azores.gov.pt, pt.de.smg@azores.gov.pt, pt.f.smg@azores.gov.pt, pt.ae.smg@azores.gov.pt, pt.de.ter@azores.gov.pt, pt.ae.ter@azores.gov.pt, pt.fai@azores.gov.pt, pt.pic@azores.gov.pt, pt.sjo@azores.gov.pt, pt.gra@azores.gov.pt, pt.sma@azores.gov.pt, pt.flo@azores.gov.pt, dt.lis@azores.gov.pt, pt.por@azores.gov.pt, associacaoportasdomar@gmail.com, turismoacores@visitazores.com, info@artazores.com



Bcc: mcatacores@gmail.com





Monsieur le Directeur Régional au Tourisme

c/c au Secrétaire Régional de Transport e Tourisme, au Président de la Région des Açores et aux responsables des Délégations et Offices de Tourisme des Açores





Nous avons appris que dans plusieurs établissements commerciaux, spécialement dans ceux spécialisés en produits destinés aux touristes, des vidéos de corridas à la corde sont exhibés régulièrement au public.



Le magasin Açores, situé à Portas do Mar, à Ponta Delgada en est un exemple, où trois grands écrans donnent à voir simultanément des vidéos de marradas , bien connues par la publicité diffusée sur Youtube (http://youtu.be/2h-WhhqFjv4).



Les vidéos mentionnées, en plus de projeter des images de violence contre des animaux, montrent la brutalité d'une « tradition » qui provoque même de la souffrance aux personnes, participantes, volontaires ou non, puisqu'elles sont souvent blessées grièvement ou même tuées, comme cela a été le cas cette année à Terceira et à Pico.



En tant que citoyen doué de conscience et de compassion, je tiens à manifester mon indignation vis à vis la diffusion de ces images, lesquelles constituent un puissant outil anti-pédagogique, ayant pour effet la désensibilisation et la banalisation de la cruauté envers les animaux, tout en incitant à la violence non seulement contre les animaux mais aussi contre les personnes.



Par ailleurs, ces images sont honteuses pour les Açores, pouvant dissuader plutôt qu'attirer les touristes, lesquels dans leur grande majorité, sont originaires de pays où ces pratiques barbares sont condamnées par la population et interdites par la Loi.



C'est un fait avéré que la diffusion de marradas dans les aéroports, en plus d'étonner les touristes, choquent ceux qui visitent la région invités par les entreprises ou par le gouvernement régional lui-même.



Cela étant dit, je sollicite que des mesures soient prises pour qu'on mette fin à cet étalage de violence gratuite dans tous ces lieux où il contribue à la banalisation de la souffrance animale et des personnes et où il porte préjudice à l'image même des Açores.



Cordialement,

(nome)





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ENGLISH

Dear Friends,
We ask your help in sending this letter requesting the removal of videos of bullfights of tourism offices of the Azores islands.
Thank you in advance! 






To: acoresturismo@mail.telepac.pt, info.turismo@azores.gov.pt



cc: presidencia@azores.gov.pt, srtt-Info@azores.gov.pt, pt.de.smg@azores.gov.pt, pt.f.smg@azores.gov.pt, pt.ae.smg@azores.gov.pt, pt.de.ter@azores.gov.pt, pt.ae.ter@azores.gov.pt, pt.fai@azores.gov.pt, pt.pic@azores.gov.pt, pt.sjo@azores.gov.pt, pt.gra@azores.gov.pt, pt.sma@azores.gov.pt, pt.flo@azores.gov.pt, dt.lis@azores.gov.pt, pt.por@azores.gov.pt, associacaoportasdomar@gmail.com, turismoacores@visitazores.com, info@artazores.com



Bcc: mcatacores@gmail.com









Mr. Regional Director for Tourism

c/c Regional Secretary of the Transportation and Tourism, the President of the Region of the Azores and leaders of delegations and the Azores Tourist



I have learned that in many commercial establishments, especially those specializing in products for tourists, videos of bullfighting are regularly exhibited to the public.



For example, the store Azores, located at Portas do Mar, Ponta Delgada contains three large screens that are used to show videos of marradas, which can be found on Youtube (http://youtu.be/2h-WhhqFjv4 )



The videos mentioned, in addition to projecting images of violence against animals, show the brutality of a "tradition" that causes suffering to both participants and observers who are often seriously injured or even killed, as was the case this year in Terceira and Pico.



As a citizen endowed with conscience and compassion, I wish to express my opposition towards the dissemination of these images, which have the effect of desensitizing and normalizing cruelty to animals, while inciting violence against both animals and people.



Moreover, these images are shameful for the Azores and deter tourists, the vast majority of whom are from countries where these barbaric practices are condemned by the public and prohibited by law.



In addition, the showing of marradas in airports shocks tourists who visit the region at the invitation of companies or by the regional government itself.



That being said, I ask that measures be taken to end this display of gratuitous violence in all those places where it contributes to the trivialization of the suffering of animals and people, and where it is detrimental to the image of Azores.



Sincerely,

(Name)