22.9.15

Mais feridos em tourada à corda realizada na Ribeira Grande


Mais feridos em tourada à corda realizada na Ribeira Grande

O Movimento Cívico Abolicionista da Tauromaquia nos Açores (MCATA) condena as novas autorizações dadas pela Câmara Municipal da Ribeira Grande para a realização de touradas à corda no seu município. Não se percebe a insistência, nem sequer a oportunidade, de querer importar para a ilha de São Miguel a realização desta prática de maltrato animal, associada a uma grave degradação dos costumes.

De entre as touradas realizadas, O MCATA destaca pela negativa a tourada à corda realizada na freguesia da Ribeira Seca no passado mês de agosto que teve como consequência o ferimento de duas pessoas, uma delas com gravidade. O MCATA responsabiliza o presidente da Câmara Municipal da Ribeira Grande, Dr. Alexandre Gaudêncio, por este infeliz resultado, pois foi decisão dele autorizar esta e outras touradas, indo contra opinião das numerosas vozes que se têm levantado nos últimos tempos e que repudiam a realização destas práticas no concelho.

Relembra-se que a Assembleia Municipal da Ribeira Grande no ano passado aprovou uma recomendação para o não licenciamento de atividades com touros, contando com o apoio de deputados municipais do PSD, PS e BE, e que no mesmo ano inúmeros munícipes da Ribeira Grande assinaram uma petição apoiando a decisão da Assembleia, petição que conseguiu reunir rapidamente mais de um milhar de assinaturas (http://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=anti-tourada).

Já este mesmo ano, vários munícipes denunciaram também publicamente a realização destas touradas, que oportunisticamente e com a cumplicidade das comissões de festas são integradas em festividades das paróquias para melhor sacar dinheiro aos incautos crentes.

Face ao exposto, o que leva o presidente da Câmara Municipal da Ribeira Grande a ignorar todas estas vozes, e mesmo órgãos de soberania, e insiste em autorizar mais touradas?

Será por achar que a melhor forma dos ribeiragrandenses se divertirem é importar uma atividade violenta que cada ano provoca nas ilhas, em média, mais de 300 feridos e mata uma pessoa? É porque acha que o desrespeito pelos animais deve ser ensinado aos munícipes mais novos para que eles achem normal maltratar os animais e, mais tarde, também as pessoas? É porque pretende associar os cidadãos da Ribeira Grande à vergonha de ver o seu município retroceder a tempos e costumes da Idade Média, acabando com os seus ansiados desejos de modernidade e de ter uma cidade que se projete finalmente para o futuro?

O MCATA entende que os animais não merecem ser maltratados, que os munícipes não merecem acabar desnecessariamente no hospital com o corpo perfurado, e que a maioria dos cidadãos da Ribeira Grande não merecem ser por mais tempo ignorados pela Câmara Municipal.

Comunicado do Movimento Cívico Abolicionista da Tauromaquia nos Açores (MCATA) http://iniciativa-de-cidadaos.blogspot.pt/
22/09/2015

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