30.4.09

Carlos César e as Corridas Picadas

César dá liberdade de voto a deputados PS sobre corrida de touros
Regional | 2009-04-30 11:33

O presidente do PS/Açores, Carlos César, deu instruções ao grupo parlamentar na Assembleia Legislativa para conceder liberdade de voto aos deputados na questão das corridas de touros picadas, apesar de ser pessoalmente contra a denominada sorte de varas.
“Apesar de ir com alguma frequência a touradas nos Açores e fora das ilhas, (Carlos César) é contra a introdução da sorte de varas”, assegurou esta quinta-feira à Lusa fonte próxima do líder socialista açoriano, que tem evitado pronunciar-se sobre esta questão.

A única declaração pública do presidente do Governo Regional dos Açores sobre este assunto foi dada anteriormente à Lusa, quando remeteu a questão para o domínio do parlamento açoriano.

“É um assunto que está a ser tratado no parlamento”, afirmou, na altura, Carlos César, assegurando que “o governo não teve, nem terá, a iniciativa de alterar nesse particular o regime das touradas vigente nos Açores”.

A questão da legalização das corridas de touros picadas adquiriu importância acrescida depois de um grupo de deputados açorianos ter apresentado, a 23 de Abril, um projecto de decreto legislativo regional que, na prática, permitirá a realização da sorte de varas no arquipélago.

O projecto legislativo, com apenas quatro artigos, é subscrito por 26 deputados, do PS, PSD, CDS/PP e PPM, necessitando apenas de mais três votos para garantir a sua aprovação em plenário.

O parlamento açoriano tem 57 deputados, sendo 30 do PS, 18 do PSD, cinco do CDS/PP, dois do Bloco de Esquerda, um do PCP e um do PPM.

O diploma baixou à Comissão Parlamentar de Assuntos Sociais, que terá que emitir um parecer até 22 de Maio, após o que subirá ao plenário do parlamento açoriano para discussão e votação.

A iniciativa legislativa surgiu na sequência das novas competências atribuídas pela revisão do Estatuto Político-Administrativo dos Açores, defendendo a legalização da sorte de varas, alegando a “especial tradição e cultura tauromáquica que se vive de forma intensa em algumas ilhas do arquipélago”, especialmente na Terceira, S. Jorge e Graciosa.

O novo Estatuto Político-Administrativo dos Açores atribui competência legislativa ao parlamento regional em matéria de espectáculos e divertimentos públicos na região, onde se incluem as touradas e tradições tauromáquicas nas suas diversas manifestações.

Nas últimas semanas, o tema das corridas picadas tem gerado polémica e divisões na sociedade açoriana, com uma troca de argumentos entre os que apoiam esta medida e os que a rejeitam.

A última corrida picada na Praça de Touros da ilha Terceira realizou-se a 29 de Junho de 2002, no quadro das Festas Sanjoaninas.

Lusa/AO Online

29.4.09

Sintra proíbe touradas e espectáculos de circo com animais

Decisão tomada na Assembleia Municipal
Sintra proíbe touradas e espectáculos de circo com animais
27.04.2009 - 16h58 Romana Borja-Santos
Se for a Sintra e assistir a uma tourada ou a um espectáculo de circo onde entrem animais é porque a lei está a ser violada. A Assembleia Municipal decidiu proibir, na última reunião, este tipo de espectáculos, na sequência da aprovação do Regulamento de Animais de Sintra.

A medida, tomada na última quinta-feira, contou com os votos favoráveis do Bloco de Esquerda e da maioria do PS e da coligação “Mais Sintra”. Já a CDU e alguns deputados do PS e da coligação votaram contra.

Para Miguel Moutinho, Presidente da Animal, “o ano de 2009 está a ser absolutamente histórico para o progresso político da protecção dos animais em Portugal. Ao fim de muitos anos de luta com importantes consequências sociais mas sem consequências políticas a favor dos animais, a Animal está finalmente a testemunhar a concretização de medidas importantíssimas para os animais de Portugal, nomeadamente as tomadas em Viana do Castelo, Braga, Cascais e, agora, Sintra”.

E acrescenta, em comunicado: “Com a continuação do trabalho até aqui desenvolvido, reforça-se a convicção da Animal de que não tardará muito até que Portugal seja um país livre da tortura de animais em touradas e da brutalização e subjugação de animais em circos”.

Recorde-se que, no início do ano, Viana do Castelo foi a primeira a dar um passo no sentido de se declarar uma “cidade anti-touradas”. Depois, os presidentes da Câmara de Braga e de Cascais anunciaram a proibição de touradas nos seus concelhos, sendo que este último também não permitirá espectáculos de circo com animais em estruturas desmontáveis.

De acordo com uma sondagem citada pela Animal, feita em Março de 2007, 61,1 por cento dos habitantes do norte do país declaram querer que as touradas sejam proibidas por lei em todo o país e 64,5 por cento que declaram querer que as cidades e vilas em que residem sejam declaradas cidades e vilas anti-touradas.

(Notícia recebida por mail de fonte não indicada)

28.4.09

Posições Contra a Sorte de Varas

Oiça aqui as posições de Diogo Caetano (Amigos dos Açores), Paulo Casaca (Deputado Europeu- Partido Socialista) e Humberta Medeiros (Associação dos Amigos dos Animais da Ilha Terceira)

25.4.09

Touradas vão Perder Adeptos



(Video do Debate "Direitos dos animais em debate")

A maioria dos deputados ouvidos pela SIC Online considera que não há necessidade de legislar a nível nacional contra as touradas, porque é uma actividade que irá terminar por falta de público. A decisão do autarca de Viana do Castelo em declarar a cidade antitouradas é aplaudida.

"Aplaudo o autarca de Viana do Castelo porque dá um sinal de como as sociedades civilizadas devem evoluir. Há tradições que foram desaparecendo como o circo romano e as touradas devem seguir esse caminho", considera Rosa Albernaz.

A deputada diz ficar "mal disposta" quando se associa sofrimento de animais a negócio. "Não sou fundamentalista e é óbvio que precisamos dos animais para a nossa alimentação, mas a tourada é um espectáculo de violência e sofrimento, em qualquer ética".

Francisco Madeira Lopes, do "Partido os Verdes" considera que Defensor de Moura "teve uma posição corajosa, inédita e que fará história face à tradição que existe, embora esta esteja cada vez a ter menos força".

O deputado ecologista diz que as questões ligadas à forma como são tratados os animais para consumo dos humanos, os maus tratos a animais domésticos ou o tráfico de animais selvagens são áreas onde é necessários fazer mais trabalho legislativo.

Partilha a opinião de que as touradas vão perder tradição e público: "Tenho esperança que a haja uma evolução no nível de consciência sobre como viver a festa brava e a ruralidade que não passe tanto pela via legislativa, repressiva mas que seja um gradual afastamento dessas tradições. Admito que é uma questão de limiar difícil por ter a ver com a identidade cultural".

O deputado do CDS-PP também não aprecia a Festa Brava e considera que Defensor de Moura "agiu na defesa dos desejos da maioria da população da sua cidade, por isso está de parabéns".

João Rebelo acredita que "será uma actividade cada vez com menos público e que acabará por si, já que actualmente só uma ou duas corridas, que têm apoio de canais de televisão, conseguem algum sucesso".

Código civil vê animais como coisas

Os maus tratos a animais domésticos, as lutas entre animais e o uso de animais para vários fins que não protegem a sua dignidade são áreas onde os deputados dizem ser necessária mais legislação, mas sobretudo meios de fiscalização e aplicação da mesma.

"É uma área onde há carência legislativa porque parte do problema original do nosso código civil é que os animais têm condição de coisas sobre as quais as pessoas detêm propriedade. Isso abre espaço para o abuso que é visto com benevolência", considera a deputada bloquista.

Alda Macedo diz que "o espaço político para debate e produção de nova legislação é uma banda muito estreita" devido aos problemas socio-económicos prioritários como educação, saúde e habitação.

A deputada socialista também considera que "o nosso código civil ainda trata os animais como coisas que têm um dono, mas já vai havendo muita legislação comunitária a ser aplicada".

Para Rosa Albernaz, o mais urgente é "investir em meios para aplicar e fiscalizar o cumprimento dessa legislação, por exemplo nos casos de lutas de animais, que é muito mais violenta que as touradas, e de utilização de animais selvagens no circo".

Ler o texto completo aqui.

Nota- Nos Açores o desespero é tanto que se pretende andar para trás, legalizando a sorte de varas.

Touradas em crise em Espanha e por cá?


Em 2008, os apoios à tauromaquia em Espanha ascenderam a 600 milhões de euros, pelos vistos a crise financeira está a fechar a torneira (ver texto abaixo).

Por cá sabemos que a tauromaquia é apoiada, directamente pelo governo com dinheiros públicos. Falta-nos saber em quanto.

Pelas notícias que temos recebido, a crise também está a afectar os "negócios". A proposta do PSD da Praia da Vitório de isentar as touradas das respectivas licenças é um dos sinais.

Já que estamos com a mão na massa, era bom lembrar a alguns pseudo- intelectuais da nossa terra que, ao contrário da tauromaquia, a única manifestação cultural comum a todos os açorianos (crentes ou menos crentes) é a do culto do Espírito Santo.

O resto são negócios que só servem os do costume.



http://www.lemonde.fr/archives/article/2009/04/20/les-toreros-vont-faire-vaches-maigres-par-jean-jacques-bozonnet_1182977_0.html



Les toreros vont faire vaches maigres, par Jean-Jacques Bozonnet
LE MONDE | 20.04.09 | 13h56
José Tomas est l'icône actuelle de la tauromachie. On casse volontiers sa tirelire pour voir toréer le nouveau Manolete. Même à 109 euros pour les moins chères - coup de soleil garanti -, les 19 000 places des arènes de Barcelone ont été vendues en moins d'une heure, mercredi 15 avril, pour ce qui sera, le 5 juillet, le clou de la temporada ("saison"). Ce jour-là, l'enceinte de La Monumental affichera complet pour frissonner à l'encerrona promise par le torero prodige, à savoir ses face-à-face avec six taureaux d'affilée.
L'affiche est exceptionnelle, à plus d'un titre. Le reste du temps, en effet, l'exploitant des arènes barcelonaises a bien du mal à remplir le quart de ses gradins. La Catalogne, on le sait, n'est plus une terre de toros, malgré quatre siècles de tradition. Selon une enquête de l'institut Investiga, 22,5 % des Catalans s'y intéressent, quand les aficionados sont plus de 40 % du côté de Valence et de Murcie. C'est même une terre de plus en plus hostile. A Barcelone, la Plaza de toros fait figure d'îlot de résistance dans une ville qui s'est proclamée anti-taurine en 2006, s'ajoutant à la liste des soixante et une communes de Catalogne ayant aboli la corrida sur leur territoire depuis vingt ans.

Tossa del Mar, petite localité près de Gérone, a été la première à bannir les corridas, transformant en 1989 ses arènes municipales en centre culturel. "Dans un futur pas si lointain, notre décision servira d'exemple pour la prise de conscience de l'ensemble de la population espagnole", disait le maire de l'époque.

On n'en est pas encore là, mais les ligues de défense des droits des animaux gagnent du terrain. La plate-forme Prou ! ("Assez !", en catalan) demande l'interdiction dans toute la Catalogne des courses de taureaux comportant une mise à mort, par le biais d'une pétition d'initiative populaire qui a déjà recueilli plus de 120 000 signatures. Le Parlement catalan, où la majorité serait plutôt abolitionniste, va en débattre prochainement.

C'est pour "défendre la liberté menacée des aficionados" catalans que José Tomas a décidé de se produire à Barcelone. Et en grand seigneur : gratuitement. En revanche, la star n'est pas à l'affiche de la Feria d'avril, à Séville (du 24 avril au 3 mai). On ne la verra pas non plus à Madrid pour la San Isidro (à partir du 7 mai). Est-ce pour compenser le manque à gagner de son geste militant ?

Le torero se serait montré trop gourmand, selon les organisateurs des deux événements tauromachiques majeurs du printemps. Pour fouler le sable de Las Ventas à Madrid, par exemple, il aurait exigé 420 000 euros, une somme jugée irréaliste dans un monde taurin que la crise économique n'épargne pas.

Hors de Catalogne - et des Canaries où la corrida est interdite depuis 1991 -, seules trois communes espagnoles étaient jusque-là anti-corrida pour des raisons idéologiques. Ces derniers jours, plusieurs s'y sont ajoutées, mais pour des motifs budgétaires. Rivas Vaciamadrid, dans la banlieue sud de la capitale, a décidé cette semaine d'annuler les événements taurins de sa fête patronale en mai. Les 96 000 euros nécessaires, notamment pour la location et le montage d'une arène provisoire, auraient mangé la quasi-totalité du budget (98 500 euros) des réjouissances prévues pour le 50eanniversaire de cette jeune commune administrée par la gauche.

Partout, le robinet des subventions publiques à la tauromachie (au total 600 millions d'euros en 2008) se tarit. A Manzanarès el Real, au nord de Madrid, les habitants se sont prononcés, fin mars par référendum, contre la fête taurine annuelle. Ceux de Paterna, près de Valence, l'avaient fait en janvier, refusant la reprise des courses de taureaux suspendues en 2003. En période de vaches maigres, tous les organisateurs peinent à boucler leurs budgets sans la manne publique. Déjà l'an dernier, plus de 300 événements ont été annulés pour manque de financement.

L'Espagne constate l'éclatement d'une "bulle taurine" que la croissance économique a gonflé anormalement ces dernières années. Organiser de simples novilladas ne suffisait plus à l'orgueil des élus locaux. Pas un pueblo ("village") qui ne revendique sa corrida, une vraie, avec tout le décorum des mises à mort. Leur nombre a doublé, de 500 à plus de 1 000, entre 1985 et 2006. Tant pis si le spectacle donné par des toreros et des bêtes de second ordre se révèle souvent médiocre.

Fin 2007, le ministère de l'intérieur recensait 7 370 professionnels taurins officiellement inscrits, dont près de 700 matadors, 1 200 banderilleros et 600 picadors. Beaucoup d'observateurs pensent que la crise aura pour vertu d'assainir la situation. La diminution du nombre des dates dans le calendrier devrait apporter, disent-ils, plus de qualité dans les arènes. Sera-ce suffisant pour enrayer le désintérêt des jeunes Espagnols pour le spectacle taurin, boudé parce qu'il véhiculerait "des valeurs du passé", selon le président du conseil andalou de la jeunesse, Francisco Jésus Perez ?

L'érosion était déjà nette au premier semestre 2008, alors que la crise économique commençait seulement à planter ses banderilles. A Rivas Vaciamadrid, banlieue de 69 000 habitants dont la moyenne d'âge n'excède pas 30 ans, la corrida de l'an dernier n'a attiré que 300 spectateurs, dont une centaine seulement ont payé l'entrée. Sa mise à mort, cette année, n'émouvra personne.

24.4.09

25 de Abril de 2009



Apesar de Abril a Declaração Universal dos Direitos dos Animais é letra morta nos Açores. Hoje, assiste-se a uma grande ofensiva contra os direitos dos animais e o seu bem estar que se traduz na tentativa de legalizar a sorte de varas e no uso de dinheiros públicos na promoção de touradas onde estas nem são tradição.

As últimas notícias são preocupantes: o PSD da Praia da Vitória pretende que as touradas sejam isentas de licenças e o PS de Angra do Heroísmo vai propor na Assembleia uma declaração a considerar as touradas património cultural.

Os Açores, e em particular a ilha Terceira, não têm mais problemas, como os de abastecimento de água,gestão de resíduos, exploração racional dos recursos naturais, etc., para serem tratados e uma crise que precisa de medidas para evitar o sofrimento dos mais pobres e desamparados!?

23.4.09

Viana do Castelo - Cidade Antitouradas

Viva Viana do Castelo


A associação Animal distingue hoje autarca de Viana
Andrea Cruz

Activistas da associação Animal entregam esta tarde, em mãos, a Defensor Moura o primeiro prémio António Maria Pereira pelo facto de o autarca ter proclamado Viana do Castelo como a primeira cidade portuguesa antitouradas. A distinção, uma estátua em porcelana com a imagem de um touro, foi recentemente instituída pela organização para homenagear o político e deputado do PSD, que se notabilizou pela defesa dos direitos dos animais.
Para Miguel Moutinho, presidente da Animal, Defensor Moura merece estrear este prémio, "pela coragem e sentido de ética e de justiça que demonstrou ao ser o primeiro decisor político do país a declarar a cidade antitouradas". Segundo Miguel Moutinho, a decisão "histórica" do autarca socialista de Viana poderá abrir caminho para que outros municípios sigam o exemplo. Nesse sentido, sublinhou os "sinais positivos" demonstrados pelas autarquias de Braga e Cascais, que recentemente não autorizaram a realização de espectáculos tauromáquicos, apesar de não ter havido uma decisão formal quanto à declaração antitouradas.A homenagem da Animal tinha inicialmente previsto uma manifestação de apoio, entretanto desconvocada. Uma decisão a que não serão alheias as reservas levantadas por Defensor Moura quanto à "exuberância" da iniciativa.
Mas a decisão da autarquia não é unanimemente aceite. A proibição aprovada pela maioria socialista em Fevereiro passado é, para a Tertúlia Taurina e Equestre de Viana, uma medida radical que põe em causa a importância cultural e socioeconómica do espectáculo tauromáquico. Nesse sentido, esta entidade vai promover este sábado uma concentração equestre, seguida de um passeio pela cidade, para sensibilizar os vianenses para uma tradição que perdura desde o século XIX.Ainda em processo de legalização, a nova associação, constituída na sequência da decisão da autarquia, considera que deveria ter existido uma discussão prévia e promete encetar todas as diligências para que seja levantada a proibição.
Em declarações ao PÚBLICO, Carlos Durães adiantou que não está em causa o encerramento da Praça de Touros da cidade mas a possibilidade de realização de touradas em praças desmontáveis.O fim destes espectáculos foi justificado pela autarquia com o perfil de cidade saudável que Viana ostenta há cerca de uma década. Imagem que a autarquia garante que se deve traduzir no respeito pelos animais. Moura considera que as touradas desrespeitam os animais e contrariam a imagem de Viana como cidade saudável.

Fonte: Público, 23 de Abril de 2009

21.4.09

Sorte de Varas, Não Obrigado!




Está a decorrer um inquérito, sobre a votação na ALRA sobre a sorte de varas, touradas picadas, no site da RTP. Este é o endereço do site: http://ww1.rtp.pt/acores/?headline=3&visual=2 O inquérito está ao fim da página à direita. Vamos votar em massa pela não aprovação da barbárie, pela vida, pela civilidade pela boa imagem dos Açores.




Na imagem apresenta-se o resultado às 12h e 57 minutos de hoje, 21 de Abril. Agora, os defensores da sorte de varas já reconhecem que tal não é tradição, que são uma minoria e que se o povo da terceira não gosta é porque não percebe o que aquilo é, isto é, em suma é ignorante.


11.4.09

A UNESCO E AS TOURADAS PICADAS

Ex.mo. Sr. Koïchiro Matsuura, Director Geral da UNESCO

Ex.mo. Sr. Embaixador Manuel Maria Carrilho, Representante Permanente de Portugal junto da UNESCO

Ex.mo. Sr. Embaixador Fernando Andresen Guimarães, Presidente da Comissão Nacional da UNESCO

Ex.ma. Sra. Manuela Galhardo, Secretária Executiva da Comissão Nacional da UNESCO

Ex.ma. Sra. Gabriela Canavilhas, Directora Regional da Cultura dos Açores, Representante da Região Autónoma dos Açores na da Comissão Nacional da UNESCO

Angra do Heroísmo é, desde 1983, cidade Património Mundial classificada pela UNESCO. Esta é uma classificação que muito honra os terceirenses e os açorianos, dado o reconhecimento efectuado pela vossa instituição ao seu património, à sua cultura e à sua identidade.

A UNESCO proclamou a 15 de Outubro de 1978 a Declaração Universal dos Direitos dos Animais que prevê, entre outras normas, que nenhum animal possa ser submetido a maus tratos nem a actos cruéis (alínea a do artigo 3º), que nenhum animal deva ser explorado para entretenimento do homem (alínea a do artigo 10º) e que exibições de animais e os espectáculos que se sirvam de animais sejam incompatíveis com a dignidade do animal (alínea b do artigo 10º).

Com a aprovação do novo Estatuto Político-Administrativo dos Açores, em 2009, os “espectáculos e os divertimentos públicos na Região, incluindo touradas e tradições tauromáquicas nas suas diversas manifestações” são considerados “matérias de cultura e comunicação social”, as quais compete à Assembleia Legislativa Regional dos Açores legislar (Artigo 63º da Lei n.º 2/2009, de 12 de Janeiro).Com a referida aprovação, um grupo minoritário de aficionados começou a exercer pressões sobre os deputados da Assembleia Legislativa Regional dos Açores no sentido da legalização da sorte de varas nesta região autónoma. Essas pressões são mais fortes na ilha Terceira, onde os seus defensores projectam touradas picadas na praça de touros da cidade Património Mundial.

De acordo com informações obtidas através da comunicação social, por iniciativa de deputados de vários partidos políticos com representação parlamentar na Assembleia Legislativa Regional dos Açores está em preparação, neste momento, um projecto legislativo que visa a legalização daquela prática cruel, baseada no sofrimento e exploração de animais para entretenimento do homem.

Escrevemos para vos alertar para a incongruência que poderá ser a manutenção da classificação de Património Mundial da UNESCO a uma cidade que promoverá a tortura animal enquanto espectáculo de entretenimento, que nada tem a haver com a cultura e tradições locais.

Aguardamos vossa posição pública acerca deste assunto, esperando que prevaleçam os valores do património cultural e dos direitos dos animais.

Com os nossos cumprimentos,

Diogo Caetano

Presidente da Direcção

(extraído da página Web dos Amigos dos Açores)

Medievalismo ou Pré- História


Há muita mobilização, por temas, que muitas vezes se julgam secundários, como as regras de sanidade e as regras no domínio do bem-estar animal.
Paulo Casaca, Açoriano Oriental,10.04.2009

"Uma nota final para o bem-estar animal que tem sido tão tratado no PE e por cá, na ALRA, ainda estamos no medievalismo que é a possibilidade de regulamentar a sorte de varas, para satisfação dos aficionados e de meia dúzia de políticos.”

In Planisfério das Ilhas

Veterinário contesta estudo dito científico que diz que touros se divertem quando são torturados


Entrevista concedida a Maltrato Animal: Un Crimen Legal por el Sr. D. José Enrique Zaldívar, perteneciente al Ilustre Colegio de veterinarios de Madrid, Vicepresidente de AVAT (Asociación de Veterinarios Abolicionistas de la Tauromaquia), autor de Blogs, estudios y artículos sobre cuestiones veterinarias y de maltrato animal, así como participante en numerosas Conferencias dentro y fuera de nuestro País y en programas de televisión centrados principalmente en la tortura y muerte de toros en corridas y en diferentes festejos populares.

¿Cuál es a su juicio, como profesional de la veterinaria, la validez de las teorías del D., Illera, según las cuales el toro apenas sufre y que están sirviendo de base para rebatir el hecho de su dolor físico por parte de los taurinos?.

Para mí y tras estudiar en profundidad su estudio, no tiene ninguna validez científica. Como te he comentado antes, lo que me impulsó a tomar parte activa en este movimiento que cada día cobra más fuerza, fue la lectura de sus conclusiones. El profesor Illera fue compañero mío de promoción y su padre fue el catedrático de Fisiología del que recibí una excelente formación en dicha asignatura. Era un magnífico orador y comunicador de conocimientos y sumamente justo a la hora de juzgar el saber de sus alumnos. Creo recordar que además era en aquella época, veterinario titular de la plaza de Las Ventas en Madrid.
Yo no puedo negar que las determinaciones hormonales de dicho estudio sean falsas. Tengo que aceptar que son las que se han publicado pero, el estudio tiene grandes lagunas en la metodología científica seguida y especialmente en las conclusiones que son totalmente irreales.
Me explico: cuándo se dice que el toro trasportado en un camión o que el toro que sale a la plaza y es devuelto a los corrales sin lidiar porque no vale para eso, sufre más que el toro que es sacrificado en el ruedo tras pasar por todas las suertes de la lidia, se están ocultando datos que están demostrados científicamente. Cuando me refiero a sufrimiento psíquico estoy hablando del estrés. El estrés se mide en muchas especies animales a través de una hormona que se llama cortisol. Cuando el profesor Illera dice que los toros transportados o los que son devueltos a los corrales sin lidiar, tienen más cortisol que los que van pasando por las suertes de la lidia, (unos por los picadores, otros por las varas y las banderillas y otros por los picadores, las banderillas, el estoque y el descabello), se está olvidando de algo sumamente importante y vital para sacar esas conclusiones. ¿De qué se olvida?, pues de la integridad del sistema nervioso. El toro transportado o el toro que no es lidiado tienen su sistema nervioso íntegro y los que pasaron por las diferentes suertes de la lidia no. Éstos últimos han sufrido lesiones en sus transmisiones nerviosas y precisamente son esas lesiones las que impiden que sus niveles de cortisol sean los esperados. Para que el eje hipotálamo-hipófisis-adrenales, es decir el sistema glandular que se ocupa de la respuesta al estrés pueda ser valorado, es necesaria la integridad del sistema nervioso. ¿Qué integridad de dicho sistema hay en un toro al que se le ha seccionado la médula espinal mediante el descabello o la puntilla? Evidentemente ninguna.
Tenemos que hablar también aquí del conocido como Síndrome de Adaptación que fue ampliamente estudiado por una eminencia como Selye. Cualquier organismo superior ante una situación de estrés, pasa por una fase de alarma, en la que descarga adrenalina, noradrenalina y cortisol en grandes cantidades. El fin de estas descargas es pasar a la fase siguiente que es la adaptarse al estímulo que le provoca estrés. Si lo consigue, los niveles de cortisol se normalizan, lo que significaría que nos hemos adaptado a la situación que nos estresa. Lo que pretende el estudio es hacernos creer que el toro de lidia se queda en esta fase y que por tanto se adapta a la novedosa situación que está viviendo, pero no es así. El organismo del toro o fracasa y pasa a la fase de agotamiento en la que es incapaz de responder, o bien sigue luchando para intentar adaptarse sin conseguirlo. Si el sistema nervioso del toro estuviera íntegro veríamos unas cifras de cortisol mucho más altas de las que se publican en el estudio. Los toros que han sido analizados después de seccionar su médula espinal tienen niveles de cortisol casi normales. Pues bien, una persona con la médula espinal seccionada no tiene respuesta al cortisol, es decir su valor no es que sea normal, es que es muy próximo a 0. Resulta sumamente interesante saber que conforme avanza la lidia, el toro va teniendo menos cortisol en su sangre. Resulta curioso saber que cuanto más avanza la lidia, los daños provocados en el sistema nervioso son cada vez mayores. No es que haya menos estrés, lo que hay es más estrés que no puede ser manifestado en forma de descargas de altas cantidades de cortisol porque los mecanismos nerviosos que hacen que esa respuesta se produzca están minimizados. Y evidentemente el agotamiento orgánico del animal influye también de manera considerable.
El otro gran error del estudio es dotar a unas hormonas llamadas betaendorfinas de unas propiedades que no tienen. Me explico: en el estudio se nos dice que el toro, en el momento de las puyas descarga ingentes cantidades de estas hormonas que serán capaces de neutralizar el dolor que se le está provocando. Pues bien, te puedo decir que, en ningún estudio científico de los que he consultado y en cuya recopilación he contado con la inestimable ayuda de algunos médicos españoles y franceses, en ninguno, se atribuye a las betaendorfinas la capacidad de neutralizar el dolor. En el 90% de ellos se las atribuye la capacidad contraria. Quiero decir que a mayor cantidad de betaendorfinas detectadas en personas que sufrían dolor, mayor era la cantidad de estas hormonas en su sangre. Las mujeres que manifestaron mayor dolor durante sus partos eran las que más betaendorfinas descargaban. Los niños que habían nacido de partos complicados, es decir, que habían sufrido más en ellos, eran los que más betaendorfinas tenían en su sangre. Los enfermos que más dolor manifestaron antes y después de cirugías de tipo traumático, eran los que más betaendorfinas produjeron en su organismo. No podemos por tanto creer que en el toro de lidia, estas sustancias cumplan con cometidos que nunca se han aceptado en ningún estudio científico. A lo sumo, en alguno de ellos, se habla de que son capaces de paliar el dolor, pero en la inmensa mayoría se dice que son hormonas que median y que miden la intensidad de él.
Actualmente existe la sospecha de que algunos toros salen dopados con analgésicos, tranquilizantes y antiinflamatorios. De hecho, en la última Feria de San Isidro, se ha instaurado por orden de la Comunidad de Madrid el control antidoping, si el Presidente de la corrida tenía la sospecha de que algún toro estuviera dopado. Sería absurdo dopar a toros que son capaces de controlar el dolor con estas mágicas sustancias que su propio organismo genera. ¿Para que le vamos a poner a un toro Fynadine o Feldene si queremos ocultar una cojera, si en cuanto le apliquen las puyas van a desaparecer todos sus dolores?. Debo decir que además estas sustancias que he nombrado, a determinadas dosis, son capaces de disminuir las sensaciones de estrés. Lo que no sé es si en el estudio se ha tenido en cuenta esta circunstancia y a los toros analizados se les ha hecho un control de estas sustancias. Lo dudo.
Otra cosa que me ha llamado mucho la atención según iba recopilando información para rebatir el estudio del profesor Illera es que, en el año 2002, él mismo, dirigió una tesis doctoral en que se afirmaba que la lidia suponía para el toro un gran estrés en un muy corto periodo de tiempo, con altas descargas de cortisol y de ACTH. No sé lo que habrán cambiado los toros de lidia en los últimos seis años para que ahora sea al revés. Lo tendrán que aclarar en su momento y seguramente desde AVAT se lo vamos a pedir. De ser ciertos los datos que figuran en esta tesis, estoy seguro que los valores de cortisol serían todavía más altos contando con la falta de integridad del sistema nervioso que te he comentado antes.

¿Podría detallar cuáles son los daños físicos que sufre el toro durante la lidia, qué órganos se le dañan, qué sufrimiento le producen las heridas así como también, el maltrato psicológico que padece el animal durante todo el proceso?.

Pues son muchos y estoy seguro que los grandes aficionados a la lidia los desconocen. Lo pude comprobar en el programa 360º de Antena 3 cuando pregunté cuántos de los allí presentes sabían la profundidad de penetración de una puya en el cuerpo del toro. El único que me respondió demostró su desconocimiento: dijo que 10 cm., que según él es lo que mide una puya. Erró por dos veces: la puya mide 9 cm. y en el 90% de las ocasiones se coloca fuera del lugar que los cánones taurinos dicen (morrillo) y provoca heridas de 20 o más cm. de profundidad. Habrá quién no comprenda como un instrumento cortante con un filo similar al de una cuchilla de bisturí del número 20, puede penetrar dos veces su tamaño o más, ya que han identificado puyazos de hasta 30 cm. de profundidad. La respuesta es sencilla: los picadores con el objeto de mermar lo más posible la capacidad física del toro, la utilizan como un sacacorchos, o hacen lo que se llama “mete-saca” y además, impiden la salida del toro del caballo cuando siente dolor con una maniobra ilegal que se llama “carioca”.
Las puyas lesionan apófisis espinosas de vértebras, pueden lesionar la parte alta de las costillas, provocan hemorragias que pueden llegar al 18% del volumen sanguíneo del toro, pueden traspasar la pleura provocando neumotórax y como consecuencia insuficiencia respiratoria. Seccionan y por tanto lesionan ramas dorsales de nervios, en especial los que forman parte del plexo braquiocefálico que es el encargado de inervar los miembros anteriores. Esta es una de las razones de que los toros se caigan o cojeen a la salida del caballo.
Las banderillas también hacen su trabajo, provocando lesiones de músculos, vasos sanguíneos y nervios no sólo en el momento en que son colocadas, sino durante el resto de la lidia, debido al movimiento constante que tienen sobre el dorso del animal.
La estocada casi nunca es colocada en el hoyo de las agujas, lo que permitiría la muerte rápida del toro por corte de la vena cava caudal o de la arteria aorta posterior y de algunos vasos de la entrada del pecho. En vez de eso, es capaz de lesionar el pulmón o el bronquio derecho del toro lo que provocará el paso de sangre de pulmón a bronquio, de éste a la traquea, de aquí al esófago y a las vías respiratorias altas y el toro morirá expulsando sangre por su boca. En toros brevilineos el estoque puede llegar a pinchar el corazón. Cuando vemos al toro tener hipo y dar marcha atrás es porque la estocada ha traspasado el diafragma, habiendo podido llegar incluso a pinchar la panza o el hígado. De esta manera se produce la parálisis del nervio frénico. En otras ocasiones el estoque tocará las zonas laterales de los pulmones y veremos unos hilillos de sangre que salen por sus ollares y su boca. Esto significa que el toro se está ahogando en su propia sangre. Y la mayoría de las veces la estocada cortará cordones nerviosos laterales a la médula espinal, que se ocupan de la inervación de la caja torácica, lo que provocará una parálisis con insuficiencia respiratoria que hará más agónica su muerte si es que cabe.Para terminar la sangría, que siempre se hace por amor al toro, faltaría más, se procede al descabello que consiste en seccionar la médula espinal. No se hace casi nunca una vez, sino varias, hasta que se acierta y si no, pues se usa la puntilla, que corta la médula con un cuchillo de 10cm.
Además de las lesiones que te he descrito, no debemos olvidar el sufrimiento de diversos órganos durante la lidia. Al toro se le somete a un esfuerzo para el que no está preparado. Las analíticas sanguíneas de estos animales revelan datos que en cualquier animal serían considerados como patológicos. Tengo recopilados varios estudios al respecto y no tardaré mucho en hacerlos públicos.

http://servicios.eldiariomontanes.es/tu-noticia/tu_noticia_ver/Entrevista-sobre-Tauromaquia-Jose-Enrique-Zaldivar-Veterinario/11147/1.htm

10.4.09

Deputados Participam em Acto Ilegal

Quarta-feira, 8 de Abril de 2009

Associação Animal denuncia: Tertúlia Tauromáquica da Terceira realizou espectáculo proibido por lei

(Por Carlos Tavares, com Redacção da Antena 1 – Açores. A 8 de Abril de 2009)

"Foi ilegal, imoral e, ainda por cima, validada por depudados da Assembleia Regional dos Açores, a tenta comentada que teve lugar Sábado, na Praça de Touros da ilha Terceira" no último fim-de-semana, diz a Associação dos Amigos dos Animais.A Associação considera ainda que a Tertúlia Tauromáquica terceirense, à conta de ganhar apoiantes para a sorte de varas, realizou um espectáculo proibido por lei.A sorte de varas é proibida em Portugal e as tentas de touros, ou seja, uma corrida de novilhos, depois da ferra e da enchocalhação para experimentar a disposição do animal para as lides tauromáquicas, só podem ser feitas em Ganadarias.Por essa razão, a Associação Animal diz que o acontecimento na ilha Terceira foi ilegal, adiantando Miguel Moutinho que o mais grave foi a presença de deputados regionais nesse evento que serviu para mostrar a importância da sorte de varas, onde foram picados novilhos.

A Associação Animal considera ter sido vergonhoso e referiu à Antena 1 / Açores que tem vindo a receber várias queixas dos Açores, sobre a possível legalização da sorte de varas, dizendo ser apenas do interesse só de alguns. Apesar de considerar a tenta ilegal, a Associação Animal não vai apresentar queixa, até porque, quando o legislador esta presente, é inútil fazê-lo.Miguel Moutinho assegura, no entanto, que a Associação Animal não vai baixar os braços: vai enviar protestos para a Assembleia Regional dos Açores para fazer sentir aos deputados que a introdução da sorte de varas destruirá a imagem dos Açores.

Fonte: Blogue da Animal

9.4.09

A Propósito dos Charlatões que afirmam que o Touro não Sofre


O touro sofre, e muito!

Há quem diga que o touro não tem sensibilidade nervosa, isto é, que não sente dor quando é picado pelos bandarilheiros. Isto é impossível cientificamente (já se mataram suficientes bovinos para se ver que os nervos estão lá...). Se um touro é picado por uma mosca, mexe a cauda para a enxotar: como é que ele faria isso se não sentisse a picada? Do mesmo modo, também sente os arpões ! Também há os que afirmam que não lhes dói tanto como a outros animais: a carga de adrenalina libertada devido à excitação e à dor fomenta a produção de endorfinas que reduzem a sensibilidade dos terminais nervosos do animal. Afirma-se que esta teoria provém de um estudo feito por uma faculdade de veterinária...que nunca ninguém viu (!).O touro é um mamífero superior; e tem um sistema nervoso muito parecido com o humano...mesmo que não sentisse tanta dor como nós (como pretendem alguns tauromáquicos), de certeza que o sofrimento proveniente das feridas é brutal (voltando à comparação com os humanos - imaginem a grandeza da dor infligida por um par de bandarilhas e, no caso dos touros de morte, uma estocada no coração mal dirigida). E se ainda há dúvidas, pode-se verificar que, à medida que a corrida avança, o touro tem cada vez menos força e vontade de reagir. Isto deve-se não só ao cansaço...mas à dor.

Sara Peres GERA (Grupo de Estudos de Recursos Ambientais)
In http://www.ajc.pt/cienciaj/n16/gera.php

O óbvio sofrimento dos touros

É óbvio que os touros sofrem quer antes, quer durante, quer após as touradas. A deslocação do animal do seu habitat, a sua introdução num caixote minúsculo em que ele se não pode mover e onde fica 24 horas ou mais, o corte dos chifres e as agressões de que é vitima para o enfurecer; ao que se segue a perfuração do seu corpo pela bandarilhas que são arpões que lhe dilaceram as entranhas e lhe provocam profundas e dolorosas hemorragias; e finalmente, na tourada à portuguesa, o arranque brutal dos ferros; e tudo isto já sem se referir a tortura das varas e do estoque na tourada à espanhola – representam sem quaisquer dúvidas sofrimento intenso e insuportável para um animal tão sensível que não tolera as picadas das moscas e as enxota constantemente com a cauda quando pasta em liberdade.
A SIC exibiu há tempos um documentário sobre o que se passa na retaguarda das touradas. Quando chegou à fase final do arranque das farpas o funcionário da praça não permitiu a filmagem por a considerar demasiado impressionante. Mas pudemos ouvir os horrendos uivos de dor que o animal emitia dos seu caixote exíguo e que eram de fazer gelar o sangue dos telespectadores.
Na tourada à espanhola com picadores o quadro ainda é mais cruel: o touro é perfurado ainda mais profundamente pela comprida e afiada ponta da "puya" que lhe rasga a pele, os músculos e os vasos sanguíneos, provocando-lhe intencionalmente uma dor intolerável e uma abundante hemorragia, enquanto um cavalo, de olhos vendados, é corneado pelo touro enraivecido e com frequência derrubado e ferido – e tudo isto para gáudio de uma multidão que a cada novo ferro cravado e a cada nova e mais profunda perfuração da vara, vibra com um gozo em que a componente sádica é óbvia.
Perante a evidência de que o touro sofre - e sofre intensamente - ao ser toureado, os aficcionados desdobram- se em atabalhoadas tentativas de justificação que não obedecem a um mínimo de razoabilidade, atingindo alguma vezes as raias do surrealismo.

António Maria Pereira
In http://www.eco-gaia.net/forum-pt/index.php?topic=222.0

O touro é um mamífero capaz de sentir emoções fortes como dor, medo e até ansiedade. Possui um sistema límbico, um sistema nervoso complexo e terminações nervosas superficiais que lhe permitem sentir dor e sofrer (segundo estudo de John Webster, Veterinário Catedrático da Universidade de Bristol, 2005). É um herbívoro territorial, e como tal apenas se defende quando é atacado ou quando o seu espaço é invadido.

in http://www.centrovegetariano.org/Article-495-Touradas%253F....html

No entanto, os estudos científicos (http://articles.animalconcerns.org/ar-voices/archive/pain.html) feitos até agora apontam no sentido de que as agressões sofridas antes e durante as corridas sejam não só dolorosas mas incapacitantes. O touro fica com nervos e músculos rasgados, e a quantidade de sangue que perde continuamente enfraquece-o. Não parece ser sensato pensar que isto pode ser agradável para o Touro, ou mesmo indiferente.O touro, tal como os outros mamíferos, ao ter sistema nervoso central tem capacidade para sentir dor, ansiedade, medo e sofrimento. E os sinais exteriores que mostra na arena denuncia.

In http://www.fightbull.com/2006/pt/argumentos.html

8.4.09

Autoridades Regionais Coniventes com Ilegalidades ?

Ouçam a primeira notícia e ficarão a saber as ilegalidades cometidas pelos defensores da sorte de varas.

Esperamos que os senhores deputados tenham o bom senso de impedir que o bom nome dos Açores seja machado pela introdução de algo que nada tem a ver com a tradição e cultura açorianas.

http://acores.podcasts.sapo.pt/media/not-08h30-08-04-2009.mp3
Eles não desistem, nós tambem não!

7.4.09

Deputados Vão Aprovar Tortura Animal?

Sorte de varas promete dividir Assembleia

Depois de anunciar que iria apresentar ainda esta semana na Assembleia Regional, uma iniciativa legislativa para implementar a sorte de varas na Região, Paulo Estêvão adiantou ao Açoriano Oriental que prefere por agora esperar algum tempo para que a iniciativa surja de um grupo de deputados, tal como aconteceu em 2002. A decisão do deputado do PPM foi tomada após uma reunião na Terceira onde participaram vários deputados e personalidades que defendem a introdução desta prática no arquipélago.Paulo Estêvão esclarece que lhe foi solicitado “que aguardasse e que se fizesse um diploma que não terá um cunho partidário”. Por isso, salienta o monárquico, o diploma “será apresentado por um conjunto o mais alargado possível de deputados, para evitar a partidarização desta questão e evitar ainda que algum partido possa tirar dividendos desta iniciativa”. Por agora, esse documento conjunto está a ser preparado e deverá ser conhecido ainda este mês.

Recorde-se que a sorte de varas já foi aprovada no parlamento açoriano em 2002, mas o diploma acabou por ser vetado pelo Ministro da República e enviado para o Tribunal Constitucional, que o considerou inconstitucional. O diploma voltou ao parlamento açoriano, onde foi reconfirmado mas acabou novamente vetado pelo Ministro da República. A proposta foi assim aprovada e reconfirmada pela maioria dos deputados, mas sem o consenso partidário. Na primeira votação, o diploma passou com os votos favoráveis de quinze deputados do PS, nove do PSD e dois do PP, com os votos contra de nove parlamentares socialistas, dois sociais-democratas e dois comunistas, e a abstenção de um deputado do PS e de três do PSD. Depois de vetado, o diploma voltou a ser confirmado na Assembleia mas com uma votação diferente da inicial: vinte e três deputados do PS, onze do PSD e dois do PP votaram a favor, tendo havido cinco socialistas, dois sociais-democratas e dois comunistas que votaram contra, para além da abstenção de um deputado do PS e de quatro do PSD .

Actualmente, o cenário de divisão deve manter-se nos grupos parlamentares. Do lado dos socialistas, o actual líder parlamentar lembra que esta questão já foi debatida a nível interno por duas vezes e nunca houve consenso. Por isso, Hélder Silva não antevê “uma alteração desse quadro e muito provavelmente o grupo parlamentar estará dividido”.No caso de haver propostas legislativas concretas, o líder parlamentar socialista afirma que “o mais provável é que os deputados tenham liberdade de voto, dado tratar-se de uma matéria que é de consciência”.

Já o PSD prefere por agora não falar sobre este assunto. António Soares Marinho, líder parlamentar, justifica o silêncio porque a questão ainda não foi abordada internamente.A terceira maior bancada parlamentar na Assembleia Regional vai ter liberdade de voto. O líder parlamentar dos populares entende que “nestas matérias não deve existir disciplina de voto. Acho que é uma das matérias onde se deve dar liberdade de voto aos deputados para livremente expressarem a sua opinião”.

Aníbal Pires, deputado do PCP, embora reconheça que “de facto a Ilha Terceira e algumas ilhas do Grupo Central têm uma grande tradição e cultura pela festa taurina há que respeitar, preservar, divulgar e até acarinhar”. Já no que diz respeito à introdução de outras componentes deste tipo de espectáculo, “nomeadamente aqueles em que se vai exercer ainda uma maior violência e causar um maior sofrimento ao animal que é objecto do espectáculo, parece-nos profundamente errado”.

Opinião idêntica tem Zuraida Soares: a líder parlamentar do Bloco de Esquerda refere que “em termos pessoais, tenho que dizer-lhe que votarei contra, em qualquer circunstância, e participarei em todas as formas de manifestação, em termos da sociedade civil, contra esta proposta de decreto legislativo regional”.A líder do Bloco entende a legalização da sorte de varas como “um atraso civilizacional marcante”.

Helder Blayer (Açoriano Oriental, 7 de Abril de 2008)

4.4.09

O deputado Boleeiro Marrou



Sorte de Varas

José Manuel Bolieiro
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O touro é elemento destacado na heráldica da Região Autónoma dos Açores, designadamente no Brasão. Faz parte da nossa história e cultura. É parte da nossa idiossincrasia. Em várias das suas manifestações, a cultura taurina tem, nos Açores, a sua expressão máxima na ilha Terceira. A festa brava é vivida com paixão e conhecimento.Não sou um aficionado e sou Micaelense. Sinto, por isso, alguma independência na afirmação da convicção que aqui declaro.A sorte de varas ou a reintrodução das corridas picadas na festa taurina terceirense justifica-se e tem enquadramento civilizacional, cultural, político e jurídico.Afinal, a terceira revisão do Estatuto Político-Administrativo tem importância e dirá muito às pessoas, aos seus interesses de cidadania em geral, e em coisas concretas de ordem recreativo-cultural.Não me convencem os que pautam as suas posições por fundamentalismo, e, nesta situação, por acusações de barbárie no trato do touro. Não é este o caso e não podem proceder argumentos contra as corridas picadas por impróprias razões de ordem civilizacional e de defesa dos direitos dos animais. A qualidade do toureio que a sorte de varas expõe assegura, de facto, o respeito pela bravura do animal e pela sua dignidade, sem barbárie. É certo que não se acaricia o animal, mas há razoabilidade no sofrimento que se impõe ao animal. O toureio a pé é de grande qualidade e a reintrodução cultural da sorte de varas pode colocar a ilha Terceira, e com ela os Açores, num centro de excelência de uma específica manifestação tauromáquica.Venha o projecto legislativo e por iniciativa cívica e sem cores partidárias.

Fonte do texto: Página Web do PSD-Açores
Imagem extraída do Blog Mercearia César

Comentário-Leiam os argumentos do deputado do PSD-Açores e em próximas eleições votem noutro para nosso "representante".

3.4.09

A Universidade dos Açores legitima Tortura Animal?


A Tertúlia Tauromáquica Terceirense (TTT) vai realizar no próximo sábado uma “tenta comentada” e uma conferência sobre a importância da Sorte de Varas na lide.A Tertúlia espera, com estas iniciativas, promover um debate “esclarecedor e didáctico” sobre a necessidade da reintrodução da Sorte de Varas nos espectáculos de toureio a pé regionais.Arlindo Teles, presidente da Tertúlia, disse ao nosso jornal que as iniciativas anunciadas são abertas à população e que esta é uma tentativa de dotar os menos esclarecidos sobre o assunto de argumentos. “Mesmo quem não gosta de toiros ou as pessoas que se manifestam contra esta Sorte devem participar para poderem ajuizar sobre o tema”. A Tertúlia continua a defender que o regresso desta sorte aos espectáculos taurinos realizados nas ilhas “beneficiaria em muito a excelência qualitativa” e permitiria que a tauromaquia açoriana se situasse ao nível dos grandes centros taurinos.A Tenta Comentada realiza-se na Praça de Toiros Ilha Terceira (pelas 18H00) e de seguida (pelas 21H00), no auditório da Universidade dos Açores, no Pico da Urze, será a conferência sobre a “Importância da Sorte de Varas”. A Tertúlia conta com a presença de José Carlos Arévalo, director da revista 6toros6; João Folque de Mendonça, ganadeiro Português (da Casa Palha); Rafael Trancas, o mais conceituado Picador português; António Castañares, autor de uma obra sobre a Sorte de Varas e Gomez Escorial, matador de toiros.

(Extracto de texto do Jornal "A União")
Solicita-se o envio de mails de protesto ao reitor da Universidade dos Açores Professor Doutor Avelino de Freitas Meneses (reitor@notes.uac.pt) e ao Coordenador das Actividades no Campus de Angra do Heroísmo, Professor Doutor Alfredo Emílio Silveira de Borba (borba@notes.angra.uac.pt).

1.4.09

Tortura não é Cultura- A posição dos Amigos dos Açores

Ex.mos Senhores e Senhoras

Em 1998 foi apresentada, em Plenário do Governo Regional dos Açores, uma proposta legislativa através da qual se pretendia que nos Açores fossem introduzidas touradas de morte. Na altura, os Amigos dos Açores – Associação Ecológica organizaram uma campanha internacional que culminou com a apresentação de uma petição ao Parlamento Europeu.A intenção não avançou, tendo o Presidente do Governo Regional dos Açores comunicado ao Director do Eurogroup for Animal Welfare que a legislação não avançaria devido às “reacções negativas da opinião pública”.A 21 de Outubro de 1995, na ilha Terceira, realizou-se uma tourada à espanhola numa quinta particular, onde foram toureados e mortos dois touros. Na ocasião, tal acto foi contestado por várias pessoas singulares e colectivas, como os Amigos dos Açores – Associação Ecológica, algumas sociedades protectoras de animais e pelo Partido “Os Verdes”, na Assembleia da República.A 18 de Outubro de 2002, a sorte de varas viria a ser aprovada na Assembleia Regional dos Açores por maioria multipartidária. Esta legislação viria a ser entretanto “chumbada” pelo Ministro da República, já que não se revestia de interesse específico regional, de acordo com o Estatuto Político-Administrativo vigente. Nessa altura, os Amigos dos Açores – Associação Ecológica manifestaram-se contra aquele tipo de touradas já que, para além da barbaridade e da violência que promovem, nada têm a ver com a tradição regional.Com a aprovação do novo Estatuto Político-Administrativo dos Açores, em 2009, os “espectáculos e os divertimentos públicos na Região, incluindo touradas e tradições tauromáquicas nas suas diversas manifestações” são considerados “matérias de cultura e comunicação social”, as quais compete à Assembleia Legislativa Regional dos Açores legislar (Artigo 63º da Lei n.º 2/2009, de 12 de Janeiro).Começam-se a sentir pressões de adeptos destas práticas de tortura animal para que se legisle no sentido da regulamentação da sorte de varas e touros de morte.Mais uma vez, os Amigos dos Açores – Associação Ecológica não podem deixar de cumprir uma tradição que é a de estar na linha da frente desta luta pelos direitos dos animais.

Com os nossos cumprimentos,

Diogo Caetano

Presidente da Direcção