3.4.09

A Universidade dos Açores legitima Tortura Animal?


A Tertúlia Tauromáquica Terceirense (TTT) vai realizar no próximo sábado uma “tenta comentada” e uma conferência sobre a importância da Sorte de Varas na lide.A Tertúlia espera, com estas iniciativas, promover um debate “esclarecedor e didáctico” sobre a necessidade da reintrodução da Sorte de Varas nos espectáculos de toureio a pé regionais.Arlindo Teles, presidente da Tertúlia, disse ao nosso jornal que as iniciativas anunciadas são abertas à população e que esta é uma tentativa de dotar os menos esclarecidos sobre o assunto de argumentos. “Mesmo quem não gosta de toiros ou as pessoas que se manifestam contra esta Sorte devem participar para poderem ajuizar sobre o tema”. A Tertúlia continua a defender que o regresso desta sorte aos espectáculos taurinos realizados nas ilhas “beneficiaria em muito a excelência qualitativa” e permitiria que a tauromaquia açoriana se situasse ao nível dos grandes centros taurinos.A Tenta Comentada realiza-se na Praça de Toiros Ilha Terceira (pelas 18H00) e de seguida (pelas 21H00), no auditório da Universidade dos Açores, no Pico da Urze, será a conferência sobre a “Importância da Sorte de Varas”. A Tertúlia conta com a presença de José Carlos Arévalo, director da revista 6toros6; João Folque de Mendonça, ganadeiro Português (da Casa Palha); Rafael Trancas, o mais conceituado Picador português; António Castañares, autor de uma obra sobre a Sorte de Varas e Gomez Escorial, matador de toiros.

(Extracto de texto do Jornal "A União")
Solicita-se o envio de mails de protesto ao reitor da Universidade dos Açores Professor Doutor Avelino de Freitas Meneses (reitor@notes.uac.pt) e ao Coordenador das Actividades no Campus de Angra do Heroísmo, Professor Doutor Alfredo Emílio Silveira de Borba (borba@notes.angra.uac.pt).

1 comentário:

  1. Não percebo onde foram buscar essa ideia???
    A Universidade é um espaço de liberdade, que vai desde o menos infinito ao mais infinito. O facto de no seu recinto se discutir essa questão, para a qual a própria tertúlia, quem organiza, ter convidado publicamente os que tem oposição contrária, vem demonstrar a abertura de espírito da instituição. É a vossa atitude que não percebo.....e olhe que não sou defensor dessas touradas, nem dessas nem de outras, mas creio ser possível dialogar, tal como já o fez a Universidade aquando da questão do aborto e outros assuntos politicamente incorrectos.
    A forma como está organizada essa sessão, dá pouco azo ao debate, mas não o inibe.
    Quanto à liberdade ela tanto pode ter um sentido amplo como um sentido mais restrito. É a lei que nos permite enquadrá-la enquanto instrumento de gestão de sensibilidades. Neste momento essa questão tem contornos semelhantes à da lei do aborto: onde começa e acaba um crime. Daí que legalmente, a tertúlia tem esse direito, até que a lei, aceite por todos os cidadãos seja mudada. O espírito democrático obriga-nos a aceitar essa realidade, mas não a alterar as nossas convicções. Existe uma linha muito ténue entre uma coisa e outra, mas os princípios da democracia obrigam-nos a aceitar a diferença de opiniões até que se "acorde" também democraticamente que assim não será. è nesse sentido que digo que não percebo o boicote. O que talvez seja necessário é contrapor outra sessão com contornos distintos dos que nessa sessão serão abordados.

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