Que tristeza
As tradições, quando reproduzem fielmente as práticas do passado, conferem identidade cultural a uma localidade ou região e atraem o turismo, são sempre bem vindas. E é na Primavera/Verão que as tradições mais genuínas nos Açores têm uma grande visibilidade: tome-se o exemplo das romarias, das festas do Santo Cristo e do Espírito Santo e dos santos populares, como é o caso de São Pedro. As comemorações em honra do padroeiro da Ribeira Grande, a 29 de Junho, assinalam o feriado municipal da elevação da Ribeira Grande a cidade, há 28 anos, e a realização das Cavalhadas de São Pedro. A tradição centenária inspirada num desfile equestre até poderia ter a sua piada se os cavaleiros soubessem...lidar com os cavalos. Mas não é esse o caso. Todos os anos (pelos menos os mais recentes) dezenas de animais habituados a pastar nos prados verdes da ilha são sujeitos a um enorme stress de fazerem (parece...) cada vez mais quilómetros à volta da cidade nortenha, em cima uns dos outros, ao som de cornetas, debaixo, por vezes, de um calor intenso que lhes deixa transpirados por todos os lados e sem poderem matar a sua sede, fustigados por golpes de chicote e porrete até à sua quase exaustão. Como se não bastasse, os pomposos cavaleiros, alguns num estado alcoólico deveras lamentável, puxam os apertados freios do animal até relincharem e levantarem as patas da frente. É por isso que alguns cavalos morrem no final do triste espectáculo. Tradições assim é preferível que não hajam, para que os turistas não pensem que os animais afinal não são os cavalos, mas sim os seus cavaleiros e promotores das Cavalhadas... ||
Paulo Faustino
Fonte:Açoriano Oriental, 24 de Junho de 2009
23.6.09
PETIÇÕES PELA CULTURA, PELO RESPEITO
PETIÇÕES
Por iniciativa do Blogue Costa Norte, abaixo apresentamos duas petições:
Destinatário: Sr. Presidente do Governo Regional dos Açores, Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores, Sr. Presidente da Câmara Municipal da Ribeira Grande
Petição "NÃO à Tourada na Ribeira Grande"
Foi recentemente divulgado o programa das festas da cidade da Ribeira Grande na ilha de S. Miguel. No programa consta a realização de uma Tourada no dia 27 de Junho. Sendo a tourada um evento criticado por promover a tortura de animais e não tendo qualquer tradição na ilha de S. Miguel, contestamos a realização da mesma e exigimos que apesar de estar programada seja cancelada.
Numa Europa em que se defende cada vez mais os direitos dos animais, consideramos que a intenção de realizar este evento por parte da organização das festas da cidade e da Camara Municipal da Ribeira grande em nada contribui para dignificar os cidadãos deste Concelho. Pelo contrário, serão interpretados como um povo decadente e bárbaro! O Sr. Presidente Ricardo Silva como responsavel máximo por esta autarquia, deverá, num acto de compreensão para com os animais envolvidos, proceder ao cancelamento do evento.
http://www.peticao.com.pt/nao-tourada-ribeira-grande
Destinatário: Exmo. Sr. Presidente da República, Exmo. Sr. Presidente do Governo Regional dos Açores, Exmo. Sr. Presidente da Assembleia da República, Exmo. Sr. Presidente da Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores
Touradas Onde Não São Tradição, Não!
Por todo o mundo e nomeadamente na Europa tem crescido o número de pessoas com preocupações com o bem-estar animal, de tal modo que a própria União Europeia já aprovou um conjunto de medidas com vista à sua implementação nos vários estados membros.
Não tendo qualquer tradição fora das ilhas Terceira, e eventualmente, Graciosa e São Jorge, as touradas à corda têm vindo a realizar-se na ilha de São Miguel, com o patrocínio quer de entidades públicas, quer a elas associadas ou apoiadas financeiramente.
Hoje, a tentativa desesperada de introduzir touradas em São Miguel tem como objectivo garantir a sobrevivência de uma indústria que necessita de crescer, e que só sobrevive graças a apoios governamentais e autárquicos, e fazer com que aquelas passem a realizar-se regularmente e se transformem em tradição para que venham a ser legalizadas, no futuro, as corridas picadas e os touros de morte.
Considerando que a riqueza dos Açores está na diversidade da cultura das suas ilhas, não fazendo qualquer sentido touradas em São Miguel como Cavalhadas de São Pedro na Terceira ou donas amélias no Corvo, vimos exigir para que:
1- Não sejam promovidas nem apoiadas, com recurso a dinheiros públicos, quaisquer touradas nos Açores:
2- Seja aprovada legislação que proíba a realização de touradas em ilhas onde as mesmas não são tradição.
http://www.peticao.com.pt/touradas-nao
Por iniciativa do Blogue Costa Norte, abaixo apresentamos duas petições:
Destinatário: Sr. Presidente do Governo Regional dos Açores, Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores, Sr. Presidente da Câmara Municipal da Ribeira Grande
Petição "NÃO à Tourada na Ribeira Grande"
Foi recentemente divulgado o programa das festas da cidade da Ribeira Grande na ilha de S. Miguel. No programa consta a realização de uma Tourada no dia 27 de Junho. Sendo a tourada um evento criticado por promover a tortura de animais e não tendo qualquer tradição na ilha de S. Miguel, contestamos a realização da mesma e exigimos que apesar de estar programada seja cancelada.
Numa Europa em que se defende cada vez mais os direitos dos animais, consideramos que a intenção de realizar este evento por parte da organização das festas da cidade e da Camara Municipal da Ribeira grande em nada contribui para dignificar os cidadãos deste Concelho. Pelo contrário, serão interpretados como um povo decadente e bárbaro! O Sr. Presidente Ricardo Silva como responsavel máximo por esta autarquia, deverá, num acto de compreensão para com os animais envolvidos, proceder ao cancelamento do evento.
http://www.peticao.com.pt/nao-tourada-ribeira-grande
Destinatário: Exmo. Sr. Presidente da República, Exmo. Sr. Presidente do Governo Regional dos Açores, Exmo. Sr. Presidente da Assembleia da República, Exmo. Sr. Presidente da Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores
Touradas Onde Não São Tradição, Não!
Por todo o mundo e nomeadamente na Europa tem crescido o número de pessoas com preocupações com o bem-estar animal, de tal modo que a própria União Europeia já aprovou um conjunto de medidas com vista à sua implementação nos vários estados membros.
Não tendo qualquer tradição fora das ilhas Terceira, e eventualmente, Graciosa e São Jorge, as touradas à corda têm vindo a realizar-se na ilha de São Miguel, com o patrocínio quer de entidades públicas, quer a elas associadas ou apoiadas financeiramente.
Hoje, a tentativa desesperada de introduzir touradas em São Miguel tem como objectivo garantir a sobrevivência de uma indústria que necessita de crescer, e que só sobrevive graças a apoios governamentais e autárquicos, e fazer com que aquelas passem a realizar-se regularmente e se transformem em tradição para que venham a ser legalizadas, no futuro, as corridas picadas e os touros de morte.
Considerando que a riqueza dos Açores está na diversidade da cultura das suas ilhas, não fazendo qualquer sentido touradas em São Miguel como Cavalhadas de São Pedro na Terceira ou donas amélias no Corvo, vimos exigir para que:
1- Não sejam promovidas nem apoiadas, com recurso a dinheiros públicos, quaisquer touradas nos Açores:
2- Seja aprovada legislação que proíba a realização de touradas em ilhas onde as mesmas não são tradição.
http://www.peticao.com.pt/touradas-nao
21.6.09
CEDER À TTT
Caros/as
Sou uma açoriana que tive o prazer de viver na V. ilha 5 anos e saí daí com a certeza que muito essa ilha evoluiria socialmente, economicamente e ainda toda a parte da sensibilidade das pessoas. Acompanhei o inicio de um São Miguel em progresso que tendia a acompanhar as grandes cidades dentro da sua dimensão de ilha.
Durante 5 anos vivi as cavalhadas como uma festa que fosse das minhas origens e uma das razões prendia-se com um manifesto de respeito e bom trato aos animais, neste caso os cavalos, que via-se serem bem tratados.
Muito me surpreendeu o V. cartaz de festas ao deparar-me com a introdução de uma prática que não tem qualquer tipo de tradição. As touradas à corda não são a vossa tradição e deviam ter orgulho de não terem em prática um acto que é tão cruel como tantos outros que se condenam no quotidiano.
Calculo que saibam mas tenho todo o prazer de V. relembrar que grande parte do mundo se une contra esses actos, que os turistas já não acham piada porque a Europa alargou os horizontes e com isso permitiu que as pessoas pensassem e reflectissem nas barbaridades que se têm infligido aos animais, que os touros não estão no seu habitat natural, que são mantidos em gaiolas de tamanho reduzido, que sofrem lesões profundas porque ao contrário de outros anos as estradas têm alcatrão o que lhes proporcionam quedas severas, que muitas pessoas se magoam, e que acima de tudo São Miguel está a ceder à tentiva de um grupo de interessados económicamente terceirenses de popularizarem as touradas nos Açores manchando um arquipélago que se preza de serem intitulados como "boa gente".
Podem questionar-se quanto à razão de não viver aí e me manifestar contra. É simples, manifestar-me faz parte de um dos meus deveres como cidadã, além de saber ler, escrever e falar inglês ter um papel activo na sociedade é uma das minhas obrigações e como tal assim o farei, porque considero que bastam 3 ilhas a infligir maus tratos aos touros e porque tenho um grande respeito pelos micaelenses e gostaria de continuar a divulgar o bom povo que são.
Lembrem-se que pertencer a UE não é só receber subsidios, é também respeitar as normas e em nada a UE apoia esse tipo de manifestação em lugares cuja tradição não existe.
Novamente apelo ao V. bom senso para que não concretizem a tourada. Já está em cartaz..é simples, planeiem algo de criativo e didáctico. O modelo pedagógico que pretendem passar às crianças prende-se com esse tipo de atitudes?? Tenho a certeza que não.
Voltem atrás e não contribuam para essa popularização que está a ser pretendida pela TTT.
Nunca se esqueçam que o grau de civilização de uma sociedade pode ser medido pela forma como tratam aos animais.
Com todo o respeito.
Alexandra Manes
19.6.09
Tourada de São Pedro Mancha Cavalhadas
Touradas voltam a causar polémica nos Açores
Depois da iniciativa legislativa para a realização de corridas picadas nos Açores, que foi chumbada pelo Parlamento açoriano, a polémica em torno da festa brava regressa com a realização de uma tourada à corda no âmbito das festas do concelho da Ribeira Grande, promovidas pela câmara municipal.
A iniciativa não é bem recebida pela associação Amigos dos Açores, que afirma a sua indignação pela introdução de espectáculos relacionados com o sofrimento animal onde estes não são tradição.
De acordo com os ecologistas, numa época em que a Comunidade Europeia tende a reduzir os espectáculos taurinos aos locais onde estes são tradições e em que Portugal vai dando respostas positivas nesse sentido, “nos Açores procura-se incessantemente maximizar e generalizar estes espectáculos ao arrepio de um progresso civilizacional reconhecedor do bem-estar animal”.
Para os Amigos dos Açores, a introdução de touradas à corda em ilhas onde não têm qualquer ligação histórica ou cultural “não é mais do que a procura da constituição de precedentes para a generalização da tauromaquia, na totalidade dos seus diversos espectáculos, a toda a Região, em resposta aos interesses económicos do sector, tal como ficou expresso na recente iniciativa do Parlamento , que projectava a introdução das corridas picadas em todo o arquipélago”.
Por isso, ao tomarem conhecimento da realização de uma tourada à corda no âmbito das festas do concelho da Ribeira Grande, promovidas pela câmara municipal , os Amigos dos Açores vêm demonstrar, através de um comunicado de imprensa, a sua indignação pela introdução de espectáculos relacionados com o sofrimento animal onde estes não são tradição.
Lamentam, também, a associação desta iniciativa a uma manifestação cultural própria do concelho ribeira-grandense, que se assume pelo respeito pelos animais, como são as Cavalhadas de São Pedro.
Ainda recentemente os Amigos dos Açores se insurgiram contra a introdução no arquipélago das corridas picadas (Sorte de Varas), uma proposta legislativa que veio a ser chumbada no Parlamento regional por dois votos (28 contra, 26 a favor e duas abstenções).
Para aquela associação, “tratou-se de uma “manifesta vitória do povo que se movimentou contra uma proposta maioritariamente indesejada, mas também uma vitória dos animais, que foram poupados à tortura”.||
Fonte: Açoriano Oriental, 19 de Junho de 2009
Depois da iniciativa legislativa para a realização de corridas picadas nos Açores, que foi chumbada pelo Parlamento açoriano, a polémica em torno da festa brava regressa com a realização de uma tourada à corda no âmbito das festas do concelho da Ribeira Grande, promovidas pela câmara municipal.
A iniciativa não é bem recebida pela associação Amigos dos Açores, que afirma a sua indignação pela introdução de espectáculos relacionados com o sofrimento animal onde estes não são tradição.
De acordo com os ecologistas, numa época em que a Comunidade Europeia tende a reduzir os espectáculos taurinos aos locais onde estes são tradições e em que Portugal vai dando respostas positivas nesse sentido, “nos Açores procura-se incessantemente maximizar e generalizar estes espectáculos ao arrepio de um progresso civilizacional reconhecedor do bem-estar animal”.
Para os Amigos dos Açores, a introdução de touradas à corda em ilhas onde não têm qualquer ligação histórica ou cultural “não é mais do que a procura da constituição de precedentes para a generalização da tauromaquia, na totalidade dos seus diversos espectáculos, a toda a Região, em resposta aos interesses económicos do sector, tal como ficou expresso na recente iniciativa do Parlamento , que projectava a introdução das corridas picadas em todo o arquipélago”.
Por isso, ao tomarem conhecimento da realização de uma tourada à corda no âmbito das festas do concelho da Ribeira Grande, promovidas pela câmara municipal , os Amigos dos Açores vêm demonstrar, através de um comunicado de imprensa, a sua indignação pela introdução de espectáculos relacionados com o sofrimento animal onde estes não são tradição.
Lamentam, também, a associação desta iniciativa a uma manifestação cultural própria do concelho ribeira-grandense, que se assume pelo respeito pelos animais, como são as Cavalhadas de São Pedro.
Ainda recentemente os Amigos dos Açores se insurgiram contra a introdução no arquipélago das corridas picadas (Sorte de Varas), uma proposta legislativa que veio a ser chumbada no Parlamento regional por dois votos (28 contra, 26 a favor e duas abstenções).
Para aquela associação, “tratou-se de uma “manifesta vitória do povo que se movimentou contra uma proposta maioritariamente indesejada, mas também uma vitória dos animais, que foram poupados à tortura”.||
Fonte: Açoriano Oriental, 19 de Junho de 2009
18.6.09
Diversão à bruta, lá na aldeia.
Diversão à bruta, lá na aldeia.
A Câmara Municipal da Ribeira Grande, em São Miguel, vai organizar pela primeira vez uma “Tourada à Corda de S. Pedro”, integrada dentro das festas do concelho de 2009.
Confrontamo-nos com duas hipóteses: ou a brutalidade e a tacanhez são uma doença contagiosa, ou existem escuros interesses a promovê-las (ou então, é claro, as duas hipóteses ao mesmo tempo).
- Caso se trate de uma doença contagiosa, é muito preocupante. Há poucas semanas, no dia 25 de Maio, realizou-se, pela segunda vez, uma tourada à corda nas instalações da Associação Agrícola de São Miguel, na Ribeira Grande. E agora é a própria Câmara Municipal a cair nesta mesma doença. O vírus, portanto, parece expandir-se a uma velocidade alarmante!
- Caso se trate de interesses económicos, devíamos perguntar-nos por que é que os organizadores de touradas da Terceira estão tão empenhados no apoio desta tourada. Ou por que razão tentaram legalizar a “sorte de varas”, felizmente sem sucesso.
Seja por doença ou por dinheiro, a Câmara Municipal da Ribeira Grande vai oferecer uma imagem lamentável e degradante da cidade e dos seus munícipes. É triste que, quando se trata de arranjar uma diversão para o povo, se pense numa actividade que consiste, nem mais nem menos, em maltratar animais. É essa a ideia do povo que tem a Câmara Municipal? São esses os valores culturais que quer potenciar? E ainda por cima, o que se faz é importar uma diversão aberrante ainda praticada noutra ilha.
É pena que uma tradição, essa sim autêntica e cultural, como são as Cavalhadas de São Pedro seja agora ensombrada pelo degradante espectáculo duma tourada. O símbolo das festas do concelho –o cavalo nobre, ricamente enfeitado– será agora substituído por um outro símbolo: o touro enraivecido, acossado e maltratado. De certeza que a grande maioria dos munícipes vai sentir-se orgulhosa de ver esta mudança nas suas festas, viradas agora para a agressão e desrespeito pelos animais. Isto é, vão sentir-se orgulhosos de ter uma boa festa à bruta!
Se se quer encher o programa das festas com novos eventos, basta um pouco de imaginação, bom gosto e… civilização. Neste sentido, a recente criação da Feira Quinhentista foi uma iniciativa brilhante e digna de louvor. Mas, sabe-se lá por quê, a Câmara Municipal resolveu agora recuar ainda mais no tempo e recriar uma época muito anterior: o Paleolítico. E como já não há mamutes para matar, tocou aos touros a sorte grande de ser as novas vítimas da crueldade humana.
Caro turista, visite as festas da Ribeira Grande e admire a brutalidade e a tacanhez das suas gentes. Participe connosco nos maus tratos aos animais e divirta-se à bruta. É esta a mensagem da Câmara Municipal, e dos seus amigos terceirenses, para estas festas.
Fonte: http://osverdesacores.blogspot.com/2009/06/diversao-bruta-la-na-aldeia.html
A Câmara Municipal da Ribeira Grande, em São Miguel, vai organizar pela primeira vez uma “Tourada à Corda de S. Pedro”, integrada dentro das festas do concelho de 2009.
Confrontamo-nos com duas hipóteses: ou a brutalidade e a tacanhez são uma doença contagiosa, ou existem escuros interesses a promovê-las (ou então, é claro, as duas hipóteses ao mesmo tempo).
- Caso se trate de uma doença contagiosa, é muito preocupante. Há poucas semanas, no dia 25 de Maio, realizou-se, pela segunda vez, uma tourada à corda nas instalações da Associação Agrícola de São Miguel, na Ribeira Grande. E agora é a própria Câmara Municipal a cair nesta mesma doença. O vírus, portanto, parece expandir-se a uma velocidade alarmante!
- Caso se trate de interesses económicos, devíamos perguntar-nos por que é que os organizadores de touradas da Terceira estão tão empenhados no apoio desta tourada. Ou por que razão tentaram legalizar a “sorte de varas”, felizmente sem sucesso.
Seja por doença ou por dinheiro, a Câmara Municipal da Ribeira Grande vai oferecer uma imagem lamentável e degradante da cidade e dos seus munícipes. É triste que, quando se trata de arranjar uma diversão para o povo, se pense numa actividade que consiste, nem mais nem menos, em maltratar animais. É essa a ideia do povo que tem a Câmara Municipal? São esses os valores culturais que quer potenciar? E ainda por cima, o que se faz é importar uma diversão aberrante ainda praticada noutra ilha.
É pena que uma tradição, essa sim autêntica e cultural, como são as Cavalhadas de São Pedro seja agora ensombrada pelo degradante espectáculo duma tourada. O símbolo das festas do concelho –o cavalo nobre, ricamente enfeitado– será agora substituído por um outro símbolo: o touro enraivecido, acossado e maltratado. De certeza que a grande maioria dos munícipes vai sentir-se orgulhosa de ver esta mudança nas suas festas, viradas agora para a agressão e desrespeito pelos animais. Isto é, vão sentir-se orgulhosos de ter uma boa festa à bruta!
Se se quer encher o programa das festas com novos eventos, basta um pouco de imaginação, bom gosto e… civilização. Neste sentido, a recente criação da Feira Quinhentista foi uma iniciativa brilhante e digna de louvor. Mas, sabe-se lá por quê, a Câmara Municipal resolveu agora recuar ainda mais no tempo e recriar uma época muito anterior: o Paleolítico. E como já não há mamutes para matar, tocou aos touros a sorte grande de ser as novas vítimas da crueldade humana.
Caro turista, visite as festas da Ribeira Grande e admire a brutalidade e a tacanhez das suas gentes. Participe connosco nos maus tratos aos animais e divirta-se à bruta. É esta a mensagem da Câmara Municipal, e dos seus amigos terceirenses, para estas festas.
Fonte: http://osverdesacores.blogspot.com/2009/06/diversao-bruta-la-na-aldeia.html
Tradição das Cavalhadas Manchada
Ex.mos/as Senhores/as
Foi com bastante desagrado que recebi a noticia de que haverá, pela segunda vez este ano, uma tourada na Ribeira Grande.
Em profundo contraste com o que se está a passar em algumas cidades de Portugal e da Europa onde as Autarquias proíbem Touradas e Espectáculos com Animais, trabalhando para um progresso de mentalidades e civilizacional, a Ribeira Grande parece ir no exacto sentido oposto, insistindo no retrocesso civilizacional.
Sabendo a CMRG ainda, do desacordo gerado a nivel regional, nacional e internacional, traduzindo-se em milhares de e-mails de protesto enviados ao Governo Regional e da Republica, Petições, protestos na Comunicação Social e internet, há menos de 2 meses aquando da tentativa de legislar a as Touradas Picadas nos Açores, é triste que tudo isto seja ignorado pelo Sr. Presidente da Câmara Municipal da Ribeira Grande, prevalecendo mais uma vez a vontade de uma minoria com interesses económicos.
Esta intenção de introdução desta actividade sádica, mancha a tradição das Cavalhadas, que foram sempre o maior atractivo das festas da nossa cidade. Tentar implantar outras actividades, ainda para mais como esta, é desvalorizar um dos maiores simbolos da Ribeira Grande.
É também lamentavel que a CMRG se dê ao luxo (mais um) de gastar dinheiros públicos em sucessivas tentativas de implementar em São Miguel as Touradas. Uma actividade que em nada dignifica o Concelho muito menos quem nela participa, pois sujeita o animal a constantes maus tratos para entretenimento de meia dúzia de pessoas que têm prazer em ver o sofrimento alheio.
É Inadmissivel e Inteloravel que o Sofrimento faça parte das Festas Municipais pelas mãos da Autarquia.
Existem prioridades para o gasto de dinheiros públicos, como a Educação (pergunto-me se a Educação já não terá deixado de ser uma prioridade para a CMRG)!!
Deixo-vos em anexo um video que demonstra bem o que os agente politicos desta cidade tentam fazer à mentalidade dos municipes.
Fico na esperança de que no próximo ano as Festas da Cidade não contem com espectáculos de apredejamento a mulheres, tal não tem sido o retrocesso.
Deixo também os meus votos de uma devastadora derrota nas próximas eleições autarquicas a todos que permitem maus tratos a animais em prol de interesses económicos de meia dúzia de "senhores" e para diversão pública.
Cumprimentos,
Cassilda Pascoal
Carta Aberta ao Presidente da Câmara Municipal da Ribeira Grande
Exmo. Senhor
Presidente da Câmara Municipal da Ribeira Grande
Ontem, não queria acreditar no que ouvi: a Câmara Municipal da Ribeira Grande irá promover ou patrocinar (o que é a mesma coisa) a realização de uma tourada à corda durante as festas do concelho deste ano.
Foi com alguma esperança que assisti à chegada de um novo elenco camarário que veio, pensava eu, acabar com o marasmo anterior e abrir uma nova era para os destinos do concelho onde vivo à quase trinta anos.
Acreditava que com V. Exºa, pessoa de cultura, sensível ao património cultural e natural da sua terra e conhecedor das tradições do povo concelhio, iríamos assistir a um fomento da participação cívica, à tomada de iniciativas com vista à melhoria da qualidade de vida dos cidadãos, respeitando os restantes seres vivos e ao apoio do tecido económico do concelho.
A promoção de uma tourada à corda, de que não sou adepto mas respeitador como tradição terceirense que precisa de evoluir no sentido de minimizar o sofrimento animal e os riscos para os homens, é um sinal de que estava, de algum modo iludido. Com efeito, a tourada associada às Cavalhadas só vem manchar esta manifestação cultural única, que não precisa de qualquer outro chamariz, não contribui para a educação cívica dos cidadãos e é única e exclusivamente um apoio da Câmara Municipal da Ribeira Grande a uma indústria económica não concelhia.
Face ao exposto, venho manifestar o meu repúdio por esta iniciativa, de que V. Exª é o responsável máximo, e comunicar que terei em conta este facto nas próximas eleições autárquicas.
Com os melhores cumprimentos
Teófilo José Soares de Braga
Presidente da Câmara Municipal da Ribeira Grande
Ontem, não queria acreditar no que ouvi: a Câmara Municipal da Ribeira Grande irá promover ou patrocinar (o que é a mesma coisa) a realização de uma tourada à corda durante as festas do concelho deste ano.
Foi com alguma esperança que assisti à chegada de um novo elenco camarário que veio, pensava eu, acabar com o marasmo anterior e abrir uma nova era para os destinos do concelho onde vivo à quase trinta anos.
Acreditava que com V. Exºa, pessoa de cultura, sensível ao património cultural e natural da sua terra e conhecedor das tradições do povo concelhio, iríamos assistir a um fomento da participação cívica, à tomada de iniciativas com vista à melhoria da qualidade de vida dos cidadãos, respeitando os restantes seres vivos e ao apoio do tecido económico do concelho.
A promoção de uma tourada à corda, de que não sou adepto mas respeitador como tradição terceirense que precisa de evoluir no sentido de minimizar o sofrimento animal e os riscos para os homens, é um sinal de que estava, de algum modo iludido. Com efeito, a tourada associada às Cavalhadas só vem manchar esta manifestação cultural única, que não precisa de qualquer outro chamariz, não contribui para a educação cívica dos cidadãos e é única e exclusivamente um apoio da Câmara Municipal da Ribeira Grande a uma indústria económica não concelhia.
Face ao exposto, venho manifestar o meu repúdio por esta iniciativa, de que V. Exª é o responsável máximo, e comunicar que terei em conta este facto nas próximas eleições autárquicas.
Com os melhores cumprimentos
Teófilo José Soares de Braga
17.6.09
Tourada na Ribeira Grande, Não dá pão nem é tradição
Caros Amigos,
Seguindo a estratégia de educar para a aceitação das touradas e para a banalização do sofrimento animal o presidente da Câmara Municipal da Ribeira Grande, anuncia uma tourada à corda que vai manchar uma tradição única, as Cavalhadas de São Pedro que se realizam no próximo dia 29 de Junho
Está em causa a introdução de touradas numa ilha onde não são tradição e o uso de dinheiros públicois. Assim, apela-se a que todos enviem mails de protesto, mandando uma cópia para acoresmelhores@gmail.com.
Contacto da Câmara Municipal da Ribeira Grande: geralcmrg@cm-ribeiragrande.pt
Contacto da Assembleia Municipal da Ribeira Grande: rosameneses@cm-ribeiragrande.pt
José Soares
Cavalhadas infantis vão voltar às ruas
Embora perdido no tempo, reza a história que as Cavalhadas infantis já foram um quadro visto em tempos pelas ruas da freguesia da Ribeira Seca da Ribeira Grande. Por essa razão, a edilidade nortenha e a comissão de festas daquela localidade estão empenhadas em resgatar essa tradição.
Na edição deste ano das festas da cidade (que incluem as festividades em honra de São Pedro) perto de meia centena de crianças, devidamente trajadas e montadas em cavalos de madeira, deverão trazer um colorido diferente às já tradicionais Cavalhadas de São Pedro, no feriado municipal de 29 de Junho.
Ainda no que respeita às festas na Ribeira Seca, outra das novidades prende-se com o número de marchas que irão participar no desfile.
Orlando Casanova da comissão de festas diz contar com 13 marchas, sendo que apenas quatro delas vêm de outros concelhos.
De fora, vêm os ingredientes para uma atracção inédita nas festividades da Ribeira Seca: uma tourada à corda. Toiros, capinhas e até o ganadeiro viajam da Terceira até São Miguel para, segundo a comissão, proporcionar um “entretenimento diferente”. E ainda que esta não seja uma tradição destas festas, a organização mostra-se convicta no potencial deste evento enquanto “chamariz” de público.
Esta quarta-feira, na conferência de imprensa promovida pela Câmara Municipal da Ribeira Grande para divulgar o programa das Festas do Concelho deste ano, ficou-se ainda a saber que o grande atractivo musical deste ano será o conceituado cantor português João Pedro Pais que irá actuar no dia 4 de Julho no Passeio Atlântico. Ainda no domínio musical, de destacar, por exemplo, o III Concurso de Música Moderna 2009, e um espectáculo musical a cargo dos vencedores do Concurso Novos Talentos do bar “Ala Bote”.
O programa festivo conta ainda com duas estreias em matéria de entretenimento. Uma delas é a primeira edição do “Ribeira Grande Classic Rally de Regularidade 2009”, que promete reunir o melhor do automobilismo clássico de São Miguel, sendo a outra, a I Mostra Gastronómica e de Artesanato da Ribeira Grande.
Como vem sendo hábito, a sessão solene comemorativa dos 28 anos de cidade, a ter lugar no Teatro Ribeiragrandense no dia 29 de Junho, vai contar com a atribuição de várias medalhas de Mérito Municipal. Este ano, os galardoados são Onésimo Teotónio de Almeida, Armindo Melo Moreira da Silva, Aurélio Botelho Couto, a Associação Agrícola de São Miguel e a Casa do Povo de Rabo de Peixe.
Quanto aos custos, atendendo ao actual período de contracção financeira, o edil diz ter preferido recorrer à “prata da casa”, não entrando “em valores financeiros exorbitantes que pudessem pôr em causa alguns dos compromissos autarquia. Ricardo Silva adiantou que as festas deverão custar à volta de 100 mil euros.
Texto e foto: açoriano Oriental, 17-6-2009
10.6.09
Partido Pelos Animais, também nos Açores?
O Partido pelos Animais tem nova página Web que pode ser consultada aqui
É, também, do nosso conhecimento que estão a ser recolhidas, nos Açores, assinaturas com vista a viabilizar à legalização do referido partido. O que desconhecemos é se há alguém, no nosso arquipélago, disposta a integrar o mesmo.
7.6.09
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