3.2.10

Festa Brava como património cultural (?) de Angra do Heroísmo


Aqui está uma boa razão para denegrir o nome de Angra do Heroísmo, da Terceira e dos Açores.

A autarquia de Angra candidata-se a ser Barrancos dos Açores.

Estão de parabéns os promotores da iniciativa e todos os seus apoiantes. Mataram o Lusitânia, por que insistem em suportar uma indústria que só sobrevive com dinheiros públicos?

JS



Depois de ter sido apresentada e aprovada na Assembleia Municipal da autarquia angrense em Abril de 2009, a classificação da Festa Brava como património cultural concelhio entra agora na fase final para vigorar com o objectivo de reafirmar a festa tauromáquica terceirense.
Até dia 12 de Março, os documentos para consulta pública estão disponíveis na edilidade e após a recolha do parecer da tutela, aguarda-se o uso de mais este epíteto para projectar Angra.
O processo teve início em Abril de 2009 quando o grupo municipal do PS apresentou e fez aprovar na Assembleia Municipal de Angra do Heroísmo a Festa Brava como Património Cultural Concelhio, ou seja, a sua classificação como um bem de interesse municipal.
Agora, o processo encontra-se em fase final, estando os documentos desta iniciativa em consulta pública até dia 12 de Março na edilidade angrense e aguardando o parecer da Direcção Regional da Cultura.
Segundo os promotores, trata-se de um título que quer reafirmar a cultura tauromáquica terceirense: “esta classificação será mais um factor de atractividade para o concelho e para a ilha”, disse Francisco Barros.
O socialista explicou que este epíteto poderá ser “um chamariz”, trazendo mais pessoas à ilha e à Festa Brava.
“É, acima de tudo, um factor de identidade da ilha Terceira”, explicou.
Na fundamentação desta classificação está o enraizado sentimento de atracção entre os terceirenses e a festa brava: “a Terceira e o concelho de Angra do Heroísmo têm vindo a afirmar-se como uma das mais aficionadas terras de Portugal com um povo que ama o toiro e faz da sua admiração um verdadeiro culto. Quer seja nas suas vertentes mais populares, quer seja na corrida de toiros, a tauromaquia é o espectáculo cultural mais rico que se conhece porque encerra em si mesmo estética, expressão plástica, movimento, cor, rito, representação cénica, ética, respeito, galhardia, valor, emoção!”.

Perpetuar paixão
pelo toiro

“Neste contexto”, refere a argumentação da iniciativa, “faz todo o sentido que o município de Angra do Heroísmo declare solenemente como património cultural concelhio a Festa Brava nas suas diversas manifestações, com a convicção de que tal classificação é de todo merecedora pois perpetuará a paixão pelo toiro e pela nossa festa mais amada, a tauromaquia!”.
Os promotores recomendam que “todas as entidades públicas e privadas assim o entendam e contribuam para a sua manutenção e projecção”.
“A Festa Brava é uma das mais ancestrais culturas dos Açores e a sua introdução ou origem perde-se na memória dos tempos. A vivência cosmopolita a terra e a posição geográfica das nossas ilhas fizeram a que aqui confluíssem saberes e experiências, naquilo que representa uma manifestação cultural grandiosa que, graças à sua inequívoca transcendência histórica, cultural, filosófica, turística, económica, política e social é uma realidade local e até mesmo regional, espelho de vivências nacionais e internacionais, mais concretamente europeias e latino-americanas”.
Segundo informações fornecidas pela Câmara Municipal de Angra do Heroísmo, depois da classificação de interesse municipal, a autarquia notifica o departamento do Governo Regional com competência na área da Cultura para efeitos de registo e inscrição no respectivo inventário desta classificação.
A deliberação da Assembleia Municipal tem como enquadramento legal a Lei n.º 107/2001, de 8 de Setembro e o Decreto Legislativo Regional n.º 29/2004/A, de 6 de Abril.
Humberta Augusto
haugusto@auniao.com

http://www.auniao.com/noticias/ver.php?id=18839

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